Categorias
Expectativas Maternas

Puerpério: sim, é possível sentir falta!

Diario do pai
Data Paternofilial 255.9
Terça-feira, eram 3 da manhã. Data paterna 246, começa a contagem de vida do meu filho, agora data paternofilial 246.1. O susto tinha passado. Minha esposa dormia na maca ao meu lado, logo após um parto complicado, logo após o susto que tive… apenas a via dormir… Mas no quarto faltava alguém. Não tinha a cama que mais esperávamos. Não tinha exatamente aquele que esperavamos desde a data paterna 01. Fiz a coisa mais difícil neste dia, a exatas 2h antes… leva-lo e interna-lo no CTI Neo Natal… nem pestanejei quando a médica sugeriu e agarrei com afinco que esta era a melhor decisão. E era. E foi. Aliás, a pior parte foi dar a notícia para minha esposa quando ela acordou.
Não, não vou falar da condição dele, foi mais um ato preventivo que qualquer outra coisa e isso é algo que condiz a família apenas. Portanto, ao encontrar uma família que o mesmo tenha ocorrido, segure a onda e não pergunte, se a família quiser te falar sobre, falará. Não tente falar do assunto, não tente encontrar justificativa (sempre parece crítica negativa a escolha dos partureintes… sério, sempre), fale apenas de força, se passou por situação parecida, fale da melhora, mas não force. Repetindo, apenas fale de força, fale de melhoras e nada mais. Neste momento, os parturientes só querem abraços e fim.
Mas esta introdução é apenas para relatar uma coisa: “Puerpério! Sim, é possível sentir falta!”.
Eu sei que o puerpério é uma fase complicada, mãe e bebê se adaptando, pai se adaptando a ambos (quando o faz), ninguém dorme, cólicas, dificuldade na amamentação, desespero total, a lista é grande e não quero romantizar nunca esta fase, ela é um caos regado de amor e desespero. Mas antes de dizer que ninguém sente falta do puerpério, eu e minha esposa hoje estamos ensandecidos para que o mesmo aconteça, afinal, ninguém merece os dramas do CTI que relato abaixo:
1- bebê no CTI, primeiro contato, ele está em uma incubadora, com tubos e mais tubos inseridos em um braço, um sistema de monitoramento que observa parâmetros corporais que realmente variam e apitam o tempo inteiro. No nosso caso, ainda tem um respirador no nariz. Você o vê por uma base de acrílico colocando apenas suas mãos no bebê sem poder colocá-lo no aconchego do colo. Não ainda. E quando tem esta autorização… o trabalho de tira-lo é tão grande devido aos tubos, que você não quer devolvê-lo para a caixa quente opressora. Então você começa a torcer que o respirador saia logo e facilite sua vida.
2- o primeiro banho não é seu. Nem a maioria das trocas de fraldas. Quando vão fazer algum procedimento ou revisão do bebê, você não pode ficar do lado. O resto do dia pode.
3- enquanto não sai o respirador do nariz, nada de amamentar. Vários bebês então se alimentam apenas de sonda, enquanto não tiram o respirador. Mas vai lá, a mãe é incentivada a ordenha para que seu colostro e leite fortaleça o bebê.
4- o local é desconfortável para os pais, por mais que as cadeiras sejam confortáveis. Passar o dia lá é mentalmente desgastante, desesperador, cansativo, mesmo que você faça nada, você fica totalmente esgotado.
5- a mãe tem alta, você pega na mão dela a noite e a leva para casa, quase a força, quase no papel do cara monstruoso que a está levando para longe da criança dela, mas porque você sabe que se ela não descansar, será pior.
6- no carro, o bebê conforto está vazio. Você o cobre com um pano para fingir que não a vê ali no fundo.
7- em casa você não dorme no quarto, pois o berço dorme vazio. Seu sono não vem, pois você não quer sair do lado da incubadora.
8- a noite é toda interrompida devido a dores e remédios do pós-parto. Ai você recorda, o bebê não está ali para reforçar que valeu a pena.
9- controlar para quem você fala a situação, dar notícias todo dia e controlar as visitações limitadas.
10- você saber o que seu filho precisa (ele ta com cólica por exemplo) e não poder fazer nada, pois ele está sobre controle rigoroso médico.
11- dia seguinte você volta ao hospital, e a rotina se repete.
Portanto, a única coisa que sentimos falta neste momento é o santo puerpério infernal. Adoraria passar noites em claro com o bebê chorando em casa e não em um esquife quente de acrílico.
Mas tem um alento nesta rotina malévola. Cada dia era uma melhora. Cada dia era uma comemoração. Cada dia você pensa que está mais próximo da alta. Mas a noite, ir para casa era um chute da realidade, pelo menos mais fraco, pois cada melhora era uma injeção de ânimo na esperança.
Por fim, não me dei ao luxo de chorar, este texto é meu choro. Apenas sei que não desejo isso a nenhum pai/mãe. Somente pior que este quadro seria a criança não viver. Repito isso na minha cabeça todo dia para aliviar a dor. Em breve ele estará em casa acabando com meu sono.
Meu próximo texto será sobre a importância do pai no pós-parto, exatamente com minha experiência no CTI. Espero que gostem.
Tulio Queto
É pai e escreve no blog http://jornadapai.blogspot.com.br/
Categorias
Expectativas Maternas

Quero voltar a ser mulher depois da maternidade

A sensação de quem acabou de se tornar mãe costuma ser a de que “nunca mais irá conseguir fazer outra coisa, além de trocar fraldas, dar banho, ninar, amamentar, entre outras coisas que envolvem a rotina de uma mãe. É verdade que por um tempo, pode ser que seja só isso que conseguiremos fazer, e este tempo é muito individual. O que ocorre, é que aos poucos vamos aprendendo a lidar melhor com nosso bebê e as novas tarefas. E com o passar do tempo, e o desenvolvimento dos nossos filhos, que ocorre numa rapidez incrível, estamos sempre numa constante transformação e adaptação.

Nesse turbilhão de mudanças, e de muitas demandas por parte de um bebê, existe uma mulher que está aprendendo a exercer a maternidade, de uma forma muito intensa, e que tende a se deixar em último plano. É importante consultarmos nossas necessidades, afinal, se estivemos bem, cuidaremos muito melhor do nosso filho, e ficará mais fácil lidar com os novos desafios. E para isso existem algumas dicas práticas, que longe de ter a intenção de ser uma receita, tem como objetivo ampliar o seu olhar sobre como você tem se organizado, e o que você tem priorizado.

– Tenha uma agenda: Mesmo que você nunca tenha feito uso, experimente. Faça uma lista de todas as tarefas que precisa realizar, de tudo que gostaria de fazer e distribua durante os dias da semana. Como nem sempre é possível realizar tudo que precisamos e queremos durante o dia, estabeleça prioridades. Reveja o que é urgente, o que pode ficar para depois, e o que pode ser delegado.

– Divisão de tarefas: Como as tarefas aumentaram, e o tempo não, é fundamental que você divida as tarefas com seu parceiro e/ou alguém que possa contar. Isso inclui as tarefas com o seu filho. Além de possibilitar que você tenha mais tempo para outras coisas, seu filho pode aprender a criar vínculos de confiança com outras pessoas.

– Se cuide: Para cuidarmos de nosso filho, e da família, precisamos estar bem. Por isso, não deixe de lado sua saúde. Se alimente bem. Faça uma atividade física, nem que seja aquela caminhada de 30 minutos enquanto o bebê dorme no carrinho. Tire alguns minutos diários para fazer qualquer coisa que lhe proporcione prazer, como um banho demorado, assistir algo que goste, etc.

– Tenha um dia para sair com as amigas: Que seja quinzenal ou mensal. Dê preferência para falar de assuntos diversos. Que sejam pessoas que realmente te ajudem a carregar as baterias.

– Tenha um momento só para o casal: Pelo menos uma vez por mês saia só com seu parceiro para conversar, namorar … Isso pode ajudar a aproximar o casal, restabelecendo a intimidade.

– Rede de apoio: Você irá perceber que é muito mais fácil passar por esta fase quando tem ajuda de outras pessoas. Tenha algumas pessoas de confiança, que possa contar. Seja avós, amigos, profissionais, que possam ficar com o bebê sempre que você precisar.

E por último, paciência… Encare as dificuldades como uma “fase”. Você e seu bebê irá se ajustar. Toda mudança em nossa vida nos convida a sair da zona de conforto, e não é fácil. Mas quem disse que seria?

Tatiana Queiroz de A. Santos CRP 05/42047

Psicóloga-Coach. Terapeuta de casais e famílias. Formação em Psicologia Perinatal e Parental.

Ajuda mulheres que são mães a reconstruírem sua identidade e seu casamento após a maternidade.

Fone: 21-99937-1468

E-mail: contato@tatianaqueirozpsi.com.br

Site: www.tatianaqueirozpsi.com.br

 

 

 

Categorias
Chegou ao mundo Crianças (a partir de 2 anos)

Qual livro meu filho(a) deve ler?

Confira as dicas dos tipos de livros de acordo com a faixa etária da criança e de como eles devem ser apresentados a elas.

A leitura com bebês e crianças estimula e desenvolve diversos aspectos, como por exemplo, estímulo do lúdico e da imaginação, diferenciar mundo real de mundo imaginário, experimentar emoções ao se envolver com a leitura e ainda, estimula o cognitivo, a inteligência textual e o vocabulário, por isso deve ser incentivada desde cedo para que se crie o hábito da leitura.

Enquanto a criança não está alfabetizada, os pais podem mostrar os livros com suas figuras e contar as histórias em voz alta.Vale lembrar que para criar o hábito, não é necessário que a criança fique muito tempo com o livro, mas que tenha um contato diário, com qualidade e com a mediação de um adulto. Uma boa ideia é fazer a “A Hora da História”. Basta cerca de 10 minutos por dia de uma leitura divertida e criativa, como uma grande brincadeira, no entanto, é importante fazer a leitura de acordo com a idade da criança, assim como escolher um livro adequado para a faixa etária, pra isso, vou deixar aqui umas dicas de como escolher o livro mais adequado para cada faixa etária.

De 3 meses a 1 ano: a criança ainda não tem destreza nas mãos, é importante que o livro seja de plástico, como o livro de banho ou de material bem endurecido, cartonados, pois assim as páginas são resistentes e não amassam. Escolha livros pequenos, com muita imagem, cores, personagens simples, frases curtas, rápidas, e histórias que se finalizam dentro de 4 a 6 páginas. O adulto ainda não precisa necessariamente contar a história do livro, (alguns nem possuem histórias e se limitam a imagens), o importante é apontar as figuras (animais, objetos ou coisas semelhantes) que estão no livro falando em voz alta o nome do que aparece e mostrar ao bebê. Vale imitar os sons dos animais e/ou objetos e deixar o bebê também emitir sons, observe e curta o momento, pois pode ser muito divertido.

De 1 a 2 anos: Os livros ainda podem ser do mesmo estilo, uma das atividades desta fase é começar a treinar o passar da página, já que agora a criança possui uma destreza melhor nas mãos. A forma como devemos direcionar a leitura para a criança, também deve mudar. Já é possível ler exatamente a história, desde que seja pequena e de fácil entendimento, (pequenas frases) e ainda, fazer perguntas simples sobre a imagem, já que a criança está desenvolvendo a fala nesta idade. Você pode por exemplo, perguntar, “Onde está o Lobo? Como que o cachorro faz? Nesta fase, normalmente a criança já consegue responder com alguns sons, pequenas palavras ou apontando. Isso já marca o entendimento do que está sendo mostrado a ela e o momento com o livro.

De 2 a 3 anos: é importante continuar com livros ricos em gravuras bem coloridas e textos pequenos, mas agora você já pode ler livros com rimas, repetições, texturas diferenciadas e principalmente livros do tipo interativo e livro de tecido conhecido como “Quiet Book”, onde a criança pode mexer em algumas partes do livro. Este tipo de livro interativo, promove o desenvolvimento da coordenação motora, os sentidos e a concentração na atividade. É nesta fase que a criança explora seus sentidos e sua atenção através do tato, por isso qualquer atividade que possibilite que ela utilize as mãos para tocar, mexer e sentir a diferença, é muito bem-vinda. Já pensou que máximo ler um livro sobre animais marinhos se você estiver com seu filhote na praia onde ele sente a água do mar e a areia? Quanta aprendizagem não é mesmo?

De 3 a 5 anos: Provavelmente seu filho ainda não sabe ler, ou está iniciando o conhecimento de letras e números. Ele ainda precisa da sua ajuda com os livros, no entanto, você já pode optar por histórias cada vez mais ricas conforme for percebendo o entendimento dele sobre a história. As imagens podem ser mais complexas, deixe que ele perceba os detalhes das imagens. Conte a história fiel ao que está escrito no livro, e depois permita que ele reconte para você utilizando o livro da maneira dele. Observe que pouco a pouco ele conseguirá repetir a história mais fiel ao que você contou. Continue incentivando, nesta fase ele vai interagir cada vez mais com o momento da leitura e aproximar ainda mais a relação com o adulto que está contando a história.

De 6 a 8 anos: este é o período ideal da alfabetização, aqui as crianças estão conhecendo palavras, começando a ler e a escrever e por fim juntando frases que fazem sentido em uma leitura. Esta é a hora de incentivar que ele leia seus próprios livros. No começo da alfabetização, volte ao livros iniciais, daqueles que tinham apenas uma frase em cada página, conforme ele for evoluindo na leitura e na compreensão do que está lendo, vá aumentando a dificuldade da leitura, neste momento as imagens já não são tão importantes, seu filho está entrando no mundo letrado. As histórias devem ser de teor emocional, que despertem o medo, a alegria, a tristeza, a solidão, a felicidade e o amor. Esta é a época de incentivá-los no conhecimento do mundo da fantasia, do lúdico, onde existe o bem e o mal, assim ele conseguirá perceber o que é o mundo real e o que é imaginário.

De 8 à 9 anos em diante: é importante que tenha pouca imagem, apenas ilustrativa e não para desenvolver a imaginação. Agora a história/ a leitura, tem grande importância, ela deve ser o foco. Invista em histórias cada vez mais densas. Vale começar com histórias que falem de amizade, família, convívio social com outras pessoas, preconceito, aceitação e principalmente leitura informativa, por exemplo, um livro infantil que conte como surgiram e desapareceram os dinossauros, um tema geralmente curioso para as crianças dessa idade.

Para finalizar, vale lembrar que cada criança desenvolve e amadurece no seu tempo, portanto, não se assuste se o seu filho de 2 anos ainda não interagir com você durante a leitura, o que vale é o incentivo, a persuasão, a persistência. Seja sensível e utilize do bom senso para ir apresentando os livros adequadamente, de acordo com o desenvolvimento da criança. Vale a dica de levar seu filho a uma livraria e deixe ele escolher o que ele quer ler. Aproveitem! Ler é a maior aventura!

Fonte de pesquisa: O que ler e como ler de acordo com cada idade.

 

Bianca Santiago

Pedagoga

Categorias
Questão de saúde

Por que não devo beijar meu filho na boca?

Ahhhhhh… a maternidade… essa fase maravilhosa da vida pra… PAGAR A LÍNGUA!!!!! Imaginem vocês, quantas vezes, eu, a Livia dentista, condenei mentalmente uma mãe dando aquela bitoquinha na sua cria… “nunca que vou beijar meu filho na boca”, eu pensava… Até o dia que aquela criaturinha pequena e angelical veio e “puf”, me tascou uma bitoquinha na boca quando mamãe pediu um beijinho. Claro que achei lindo, mas deixa eu te explicar porque não pode. Mas se você quer saber, sim, ele continua me dando bitoquinhas. E eu continuo babando rs. Mas esquece essa parte do texto, rs.

Já pensou como a gente se cerca de cuidados com algumas coisas e com outras simplesmente esquece? Quando estamos grávidas lavamos toda a roupinha do neném separada, muitas vezes à mão, e assim fazemos por um bom tempo, pra não misturar com a “sujeira” do resto da família. Lavamos e esterilizamos todos os copinhos e mamadeiras do neném. Mas já percebeu que a gente não tem o mesmo cuidado no que envolve nossa saliva?
– dividir talheres
– assoprar comida
– oferecer o mesmo canudo que bebemos
– “limpar” a chupeta que caiu no chão (essa é pacabá com meu coração)
– as famosas bitocas

Quem nunca ofereceu a própria comida pro filho porque ele não queria comer aquela que você serviu pra ele? E com qual talher a gente fez isso? O nosso né?
A nossa saliva é repleta de bactérias, isso não é uma coisa ruim, mas elas podem acabar indo nas bocas dos nossos filhos precocemente. Bactérias cariogênicas, as causadoras de doenças periodontais, além de vírus como o da herpes e muitas outras doenças. Claro que a cárie depende de outros fatores pra acontecer, como a má higiene por exemplo, mas por que dar mais subsídios para que isso aconteça né?

Então, na próxima colher que for dividir com o seu filhote, vamos pensar um pouco sobre o quanto isso é importante?

 

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

Visite a página no facebook: Odonto White

Categorias
Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Como estimular seu filho com atividades até 1 ano

Todo mundo sabe que os bebês exigem muita atenção e realmente precisam dela, mas não é uma atenção que seja exclusiva sobre os cuidados de higiene e alimentação. É importante também que você desenvolva o corpinho do seu neném, o seu cognitivo e a afetividade entre os pais e os bebês. Eles precisam de outras coisas além de mamar e trocar fralda. Bebês precisam de amor, carinho, atenção e estímulos! Muito estímulo! E sabe como fazer isso? Brincando com ele!!

As brincadeiras entre o adulto e o bebê fazem com que ele se desenvolva com qualidade e estabeleça laços afetivos, com isso a relação de vocês só tem a ganhar. Vem comigo que eu vou mostrar algumas atividades bem gostosas pra fazer com o seu filhote durante o primeiro ano de vida!

0 a 3 meses:

Nesta fase inicial é importante fazer diversas brincadeiras que envolvam o contato físico de maneira suave e o nome do bebê. Vale também fazer brincadeiras delicadas com os pezinhos e as mãozinhas . Podemos iniciar com uma bem fácil, de reconhecimento de voz.

Posicione-se ao lado dele de forma que você fique a vista do bebê. Chame-o pelo nome com um tom de voz agradável. Mude de posição, mas continue ficando a vista do bebê, chame-o de novo, ele deve acompanhar você com os olhos ou com a cabecinha. Repita isso três vezes, e cada vez mude de posição e vai se aproximando. No fim acaricie, beije, sorria, pegue no colo com afeto.

Toda essa interação desenvolve a audição, os olhos, o movimento da cabeça, o reconhecimento pela nossa voz e estabelece vínculos entre o bebê e o adulto.

3 a 6 meses:

O bebê agora já tem maior firmeza na coluna e na cabeça, responde as brincadeiras com sorrisos e sons. Próximo aos 6 meses ele já senta com apoio e segura objetos com as mãos. As brincadeiras podem ser mais firmes nos movimentos. É possível colocá-lo sentado em seu colo, segurando-o bem e brincar de que ele está sentado em um cavalinho, para isso suba e desça seu joelho para que ele sinta o movimento enquanto você canta uma música. Você também pode levantar o bebê, segurando pela barriga com firmeza até a altura da sua cabeça e dizer que ele é um avião, comece a sua viagem mostrando o ambiente ou cantando outra música. Lembre-se de não fazer movimentos bruscos e rápidos, pois o bebê pode assustar-se e sentir-se mal.

Essas atividades estimulam a consciência do próprio corpo, seu equilíbrio e ainda a sensibilidade musical.

6 a 9 meses:

Chegamos a fase da descoberta, o bebê já senta sozinho e começa a engatinhar. Demonstra interesse pelos objetos e rejeita aquilo que não gosta. Chama a sua atenção por vontade própria e interage de forma mais precisa com o adulto, atendendo pelo próprio nome e movimentando bem o seu corpo.

Uma brincadeira interessante é fazer com que ele perceba encaixes, formas e cores, diferenciadas. Para isso pegue caixas com cores, tampas, tamanhos e formas diferentes. Mostre ao bebê a maneira certa de fechar e abrir as caixas, depois bagunce tudo, e ajude a ele a fazer corretamente felicitando-o quando acertar e mostrando-o o correto quando ele errar. Faça diversas vezes até ele começar a fazer sozinho sem seu auxílio. Normalmente os bebês demonstram muito interesse por esse tipo de atividade. Você também pode pegar caixas grandes de papelão, e brincar de fazer um túnel, para que ele passe de um lado a outro da caixa.

Tudo isso estimula a percepção e a sensibilidade visual, identificação de objetos diferentes, a coordenação motora e a autoconfiança.

9 a 12 meses:

O bebê está com os movimentos das mãos um pouco mais precisos e é importante continuar a desenvolvê-los. Para isso, pegue uma folha bem grande de papel, (o bebê precisa de espaço, pois ele ainda não consegue dimensionar tamanhos pequenos adequadamente) coloque ele cima dessa folha de papel, mostre giz cera colorido e deixe que ele rabisque o quanto quiser, você pode ensiná-lo a rabiscar ou desenhar junto com ele, mas é importante que ele seja o autor principal e faça os rabiscos sozinhos. Fique ao lado dele durante a atividade para que ele compreenda até onde ele deve rabiscar, assim você evita acidentes como um piso ou uma parede rabiscada. Outra atividade interessante com papel é mostrar-lhe papel macio e colorido como o papel de seda ou papel crepom. Você deve permitir que ele rasgue e amasse e depois jogue pra cima ou faça uma chuva de papel.

Essas atividades exercitam a destreza das mãos, o reconhecimento das cores, inicia o estímulo da criatividade e a sua imaginação, sendo consideradas atividades de bom potencial cognitivo para esta faixa etária do bebê.

Espero que tenham gostado das atividades. No próximo post, falarei sobre atividades de 1 a 2 anos de idade. Aguardem!

Bianca Scorza

Pedagoga

Categorias
Questão de saúde

Chupeta x dedo: qual o MENOS pior?

Quando comecei a escrever aqui pro blog pedi a algumas amigas mamães sugestões de tema para desenvolver, e praticamente todas pediram a mesma coisa: chupeta e dedo estragam a dentição mesmo? Então vamos lá, vamos tentar clarear um pouco as ideias.

Primeiro de tudo vou pedir desculpas a meus amigos dentistas que podem não concordar em alguns pontos que vou colocar. Mas hoje eu digo que sou mãe em tempo integral e dentista em horário comercial, rs.

Segundo quero já pedir desculpa a você, mamãe, se você está achando que vou te dar solução A ou B pra essa questão. Vou, na verdade, citar as problemáticas de cada um deles, para que vocês possam chegar sozinhas a uma conclusão, ok?

Já deixando claro que o ideal ideal mesmo é NENHUM DOS DOIS. Mas também é ideal que o bebê tome só o leite materno até seis meses, que o bebê durma sozinho no berço, que se alimente só com produtos naturais e orgânicos, que não tenha acesso a tecnologias antes dos dois anos, e na prática a gente sabe que nem sempre é assim que a banda toca né?

Agora me sinto pronta pra começar, rs.

Quanto aos danos intra orais:

As duas opções são igualmente perigosas. A sucção demasiada tanto da chupeta quanto do dedo pode afetar na posição da língua durante a fala, alterar o formato do palato (céu da boca), além de modificar a relação entre ossos e músculos. Podem estar associadas com mordidas cruzadas, mordidas abertas e até deformidades faciais. O ideal é remover o hábito no máximo até os três anos da criança. Mesmo a chupeta com bico ortodôntico pode afetar a mordida.

Quanto à disponibilidade e higiene:

Quando o bebê é novinho o dedo parece uma boa opção frente à chupeta. Está sempre ali, disponível, não fica caindo toda hora, não requer esterilização constante,rs. Porém, conforme a criança cresce um pouquinho esses mesmos benefícios viram os vilões. O dedo está sempre ali (a chupeta a gente até consegue esconder ou oferecer em horários críticos), as mãozinhas viram descobridoras do mundo e vivem no chão antes de irem à boca. No longo prazo é mais difícil negociar a remoção do hábito de sucção do dedo que o da chupeta.

Sucção nutritiva x não nutritiva:

Se ofertada muito cedo, a chupeta pode causar confusão de bicos e estimular um desmame precoce no bebê que vinha sendo alimentado no seio da mãe. Não é regra, porém pode ocorrer. O que é mais frequente de ocorrer é a diminuição na produção de leite visto que o bebê não depende só do seio da mãe para se acalmar. E aleitamento é estímulo. Quanto mais se oferece, mais se produz. Meu primeiro filho mamava praticamente de hora em hora nos dois primeiros meses, e eu, cansada, com os seios feridos, tentei ofertar a chupeta a ele. Tentei três marcas e ele acabou não pegando, não se adaptou. Meu coração de dentista se aliviou, mas não julgo quem insiste pois de fato é um momento bastante difícil para a mulher.

Chupeta e infecções no ouvido:

Há estudos que apontam a relação do uso da chupeta com recorrência de otites. A relação está na alteração da pressão no canal que liga o ouvido ao nariz. Se seu filho tem episódios recorrentes de otite e chupa chupeta, talvez seja bom rever isso.

Mas é só notícia ruim?

Não, vou deixar um consolo pros chupadores de chupeta de plantão. A chupeta é um fator que foi apontado em estudos por diminuir a Síndrome da morte súbita infantil. O uso da chupeta durante o sono tende a deixar as vias aeres do bebê livres, dificultando o sufocamento. Mas lembre que após os doze meses do bebê o risco da morte súbita diminui drasticamente, e a chupeta não pode mais ser usada com essa desculpa.

Tirar o hábito:

Nunca será fácil mudar nada em uma rotina de uma criança. Requer muita paciência dos responsáveis, e firmeza na decisão. Usar substâncias de gosto ruim não é uma boa ideia, tampouco criticar ou diminuir a criança. O ideal é sempre o reforço positivo quando ela não estiver fazendo a sucção. Caso não se consiga a negociação em casa, uma equipe multidisciplinar (odontopediatra / psicólogo/ fonoaudiólogo) pode ajudar.

Um abraço pra vocês, se ficaram dúvidas ou tiverem sugestões deixem nos comentários, ok?

 

 

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

Visite a página no facebook: Odonto White

 

Categorias
Crianças (a partir de 2 anos)

“Coisas de menino e Coisas de menina”… Será que é isso mesmo?

Hoje vou falar de um assunto polêmico, GÊNERO. Vamos começar esclarecendo o que é uma educação de abordagem não sexista, ou seja, nós do Blog Mãe Só Tem Uma, acreditamos e batalhamos por uma educação igualitária entre meninos e meninas, sem distinção de sexo. Isso não quer dizer que somos a favor ou contra o Homossexualismo….Calma! Uma educação igualitária não tem nada a ver com o fato do seu filho ou filha vir a ser homo ou heterossexual. O que buscamos é equalizar as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, no ambiente familiar e em alguns setores sociais, independente da sua futura opção sexual. Mas, pra que isso aconteça, é importante que a educação que a criança recebe desde o início da sua vida comece a mudar. Vamos lá que vou te contar tudo sobre educação não sexista.

A educação não sexista não é um assunto novo a ser discutido, mas sim um assunto que vem sendo abordado desde 1979 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Atualmente, tem como parâmetro os acordos internacionais, dentre este, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra as Mulheres o qual aborda todo o conceito de igualdade entre os sexos e em defesa de uma educação igualitária sem distinção de sexo nas práticas familiares e escolares. Você pode conferir o documento na íntegra no site da ONU

Mas onde isso interfere na educação das crianças? O que é preciso mudar?

A proposta do documento em questão é a luta por condições iguais de ambos os sexos na sociedade, não só no mercado de trabalho, mas também no que se refere a posição social de homens e mulheres na família e na sociedade. Para que isso ocorra é necessário que a educação dada aos nossos filhos comece a sofrer mudanças, como a “eliminação de qualquer concepção estereotipada dos papeis masculino e feminino em todos os níveis e em todas as formas de ensino”, seja esta uma educação escolar ou familiar.

Desde muito cedo esperamos e forçamos que meninos e meninas se comportem de uma maneira já pré-concebida. Isto se inicia logo no comecinho da infância quando a criança desperta para as brincadeiras. Assim, os adultos oferecem brincadeiras diferenciadas e “permitidas” a cada sexo. Grande parte das brincadeiras e brinquedos oferecidos estão carregados de expectativas, simbologias e intenções. Uma menina é criticada por gostar de futebol e carrinho, e a ela é dado bonecas e panelinhas. Um menino é criticado por gostar de brincar com bonecas e panelinhas, mas é encorajado a gostar de esportes como futebol e lutas. Coitado do menino que chora porque caiu e ralou o joelho, logo vem o discurso de que homem não chora!

 

Meu filho vai virar gay se ele brincar de boneca?

NÃO!!!

É importante ressaltar, deixar claro, que a educação igualitária entre os sexos, em nada corrobora para a escolha sexual da criança no futuro. Durante a infância e a adolescência, as crianças estão em processo de formação e isso inclui sua sexualidade (reconhecimento do sexo – genitália – masculino e feminino). Maquiagens, vestidos, roupas de princesas e super-heróis não precisam ser proibidos de acordo com o sexo da criança. Isso não irá “sugerir” ou “educar” a criança para que ela seja hétero ou homossexual. Essa descoberta será feita no futuro dela, quando o corpo demonstrar desejos, admiração e preferências pelos atos sexuais da vida adulta, e isto não tem qualquer relação com os brinquedos que utilizou quando criança. É psicologicamente e cognitivamente saudável que a criança explore, conheça e vivencie suas alternativas sem julgamento. “Os pais devem saber entender e estimular as escolhas dos filhos”, diz Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

No entanto, o que ainda acontece é que as práticas simples do dia a dia trazem a ideia de que o menino deve ser superior, não demonstrar seus sentimentos, não participar das atividades domésticas e chegamos a encorajar a agressividade como símbolo de masculinidade, força e soberania. Enquanto que a menina sempre é direcionada a expor seus sentimentos, a ser meiga, carinhosa, dedicada as tarefas domésticas e familiares como, por exemplo, a cuidar dos filhos. Essa prática de diferenciação do que é “permitido as crianças brincarem” é extremamente discriminatória, desde cedo você está ensinando a criança como ela deve se comportar na sociedade e com a sua família.

Brincadeira não tem sexo!

Vale lembrar que toda brincadeira estimula o corpo, a mente e a representação social, por isso, brincadeiras com bonecas, casinhas e atividades domésticas, são indicadas para ambos os sexos, pois representa a vida familiar harmoniosa que a criança pode ter quando crescer, além de desenvolver a responsabilidade, a divisão de tarefas e o zelo com sua família e seu lar, assim como brincadeiras ligadas ao esporte como o futebol tão evidenciado no mundo masculino, também devem ser praticados pelas meninas, pois desenvolvem o movimento do corpo, a liderança, o respeito às regras, a competitividade, o controle da agressividade e a socialização em grupo. Não estamos dizendo aqui que é obrigatório que um menino brinque de casinha ou brinque com qualquer coisa relacionada “a meninas”.

O que defendemos é que é preciso ampliar as opções para as crianças quanto aos seus interesses nas brincadeiras. “Não é obrigatório que um menino brinque de boneca se ele não mostrar vontade de fazê-lo, mas, caso ele tenha a iniciativa, isso deve ser estimulado. Afinal, ele também pode optar por ser pai, no futuro, e está apenas imitando a realidade. Brincar de casinha é uma ótima prática para se iniciar uma discussão sobre o trabalho doméstico – se ambos convivem juntos, por que uma pessoa cuida mais do que a outra? Como todos podem ajudar?” O mesmo se aplica a menina. Porque ela não tem direito de se tornar uma grande empresária ou uma jogadora de futebol? Porque ela não tem o direito de não querer cozinhar, cuidar dos filhos e limpar a casa sozinha? Porque a mulher tem que ser a única responsável pela logística familiar? Quando se tem a ajuda do companheiro (a), as tarefas se tornam mais prazerosas, menos desgastante e mais produtiva.

A medida que a educação não sexista for empregada na educação de nossos filhos, acreditamos que o papel do homem e da mulher na sociedade começa realmente a ficar no pé da igualdade. Ainda hoje, mulheres possuem menores cargos e salários se comparados aos homens. Em alguns setores do mercado de trabalho praticamente não se vê a presença das mulheres. Em muito isto acontece devido a essa educação separatista desde o início da vida da criança. Conforme afirma a ministra-chefe da Secretaria de políticas para as Mulheres, da revista Educar para Crescer “Para a construção de uma sociedade baseada na igualdade precisamos que esse princípio seja inserido na educação, tanto na escola quanto em casa. A educação tem o poder de ajudar a mudar os valores de uma sociedade”, e isso vai desde o ensino no ambiente escolar até a educação em casa. É essencial que as instituições escolares mantenham o diálogo com as famílias sobre a importância da igualdade de gênero e da abordagem não sexista. É preciso acabar com a diferença nas práticas sociais entre homens e mulheres, é necessário haver respeito pelo próximo e finalmente nos permitir uma real igualdade de tratamento e oportunidades entre todos os seres humanos!

Bianca Santiago.

Pedagoga.

Fonte de pesquisa:

http://www.onumulheres.org.br/onu-mulheres/documentos-de-referencia/

http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/03/convencao_cedaw1.pdf

http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/discrimulher.htm

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1521

http://naescola.eduqa.me/carreira/educacao-de-genero-por-um-ensino-sem-coisa-de-menino-e-coisa-de-menina/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332009000200010

Categorias
Questão de saúde

O que você oferece as mães? Apoio ou crítica?

Uma pesquisa americana recente revelou que mais da metade das mães relatam receber críticas pelo modo como criam seus filhos, sendo seus maiores críticos pessoas bem próximas, como os pais, sogros e até parceiros. Será que a realidade no Brasil é muito diferente?

Segundo a pesquisa, dentre as críticas mais frequentes encontram-se questões relacionadas à disciplina, sono, amamentação e nutrição de seus filhos. Confirmamos isso em nosso dia a dia no consultório. Muitas mães, inclusive, recebem críticas por seguir a orientação do profissional de saúde, já que desde sempre a alimentação foi guiada pela família de forma diferente e ninguém “nunca morreu ou passou mal”!

Todo conselho, por mais que seja dado com boa intenção, deve ser avaliado e dado com muita cautela. Alguns deles podem trazer mais estresse do que tranquilização e gerar mais malefícios do que benefícios à criança e à mãe. Imagina todo mundo dando pitaco nas atitudes da mãe? Que confusão!

A maternidade é mágica em muitos aspectos, mas também é difícil e requer cuidados. A mulher muitas vezes encontra-se fragilizada, com mil dúvidas na cabeça, insegura e precisa receber carinho e apoio dos seus familiares e amigos. O excesso de críticas aumenta a tensão envolvida na criação dos filhos e até mesmo os profissionais de saúde devem ser cuidadosos na forma como lidam com a rotina familiar e transmitem suas orientações.

Se você é uma dessas pessoas cujo hábito é criticar, cuidado com seus pensamentos! Todo pensamento gera um sentimento que leva à uma ação. Logo, não analise tanto as atitudes de uma mãe para não criar o sentimento de julgamento dentro de você e acabar apontando o dedo para ela. Caso ela peça a sua opinião, dê, mas pese as palavras e escute sobre sua rotina e suas possibilidades. As mães ficam sobrecarregadas com tantas visões conflitantes sobre qual o melhor jeito de criar seus filhos.

No caso da alimentação e nutrição, observamos que isso acontece muito no período da amamentação e da introdução de novos alimentos. Existem pessoas que criticam as outras por

se prender a mitos mentirosos ou por achar que apenas a sua experiência é determinante para afirmar o que é melhor, como dizer que existe “leite fraco” ou que “um docinho nunca matou ninguém”. Um conselho mal dado e as críticas podem influenciar o crescimento e o desenvolvimento da criança, especialmente nessas duas fases, que são determinantes na infância e na vida adulta.

Em geral, as pessoas confundem duas atitudes: APOIAR e CRITICAR. Você deve apoiar, cuidar, acalmar, trocar experiências e incentivar. Não deve criticar, julgar e apontar. Reflita antes de dar conselhos, especialmente quando são inúteis, porque quando não são solicitados, a mãe pode percebe-los como se ela não estivesse sendo boa mãe e isso pode ferir seu coração.

Já experimentou dar créditos à mãe? Se coloque na posição dela e perceba como é lidar com tantas opiniões e tantas atualizações. Nem se tudo fosse regra seria possível seguir por um caminho previsível, pois cada pessoa é única e possui sua forma de dar os passos.

Anna Carolina Ghedini e Priscila La Marca

Nutriped

Categorias
Questão de saúde

Leite materno dá cárie?

Leite materno dá cárie? Mamadeira dá cárie? Comida dá cárie? Remédio dá cárie?

Primeiro de tudo este não é uma matéria para criar polêmica entre amamentação exclusiva no peito ou mamadeira. Vou deixar só alguns pontos para que as mamães que optarem por uma ou outra via de alimentação possam se preparar para fazê-lo da forma mais benéfica possível, ok?

Segundo, vamos começar com um mantra: LEITE MATERNO NÃO DÁ CÁRIES. Pronto, se essa era sua dúvida já estraguei a surpresa. Mesmo assim vou falar mais disso aqui embaixo.

Confesso que mesmo no meio odontológico ainda há muitos profissionais que acreditam que leite materno dá, sim, cáries. Mas cada dia mais estudos e evidências mostram que não. Posso citar alguns fatos para ajudar a convencê-los.

O leite materno sai em pequenos jatos que vão direto pro céu da boca e são deglutidos. Em geral mal ficam em contato com os dentes (digo a partir dos seis meses em média quando começam a nascer dentes nos bebês). Com a mamadeira temos uma situação um pouquinho diferente pois o bico permite uma liberação maior de líquido, e acaba inundando um pouco a boquinha do neném, permitindo este contato. Além disso, o leite materno não diminui o pH da boca. A cárie depende dessa diminuição (ou seja, aumento da acidez bucal) para acontecer. O açúcar sim diminui o pH bucal.

Quer mais? O leite materno tem cálcio e fósforo, que tornam os dentes mais fortes e menos susceptíveis a cárie! Quer mais ainda? O leite materno tem anticorpos que retardam o crescimento de Streptococcus. E a principal bactéria causadora de cárie é um Streptococcus.

Gente, sério, daria pra escrever um livro pra vocês só com evidências de que LEITE MATERNO NÃO CAUSA CÁRIES (sempre em caixa alta rs) mas imagino que vocês estejam com muita coisa pra fazer. Então deixa eu contar sobre outras coisas.

O leite artificial por sua vez contem aditivos que podem sim diminuir o pH da boca, além, de como citei acima, a mamadeira permitir o enchimento da boca muito rápido, o que deixa líquido em contato com os dentinhos do bebê. O ideal é realmente não deixar o neném mamar e dormir na sequência sem antes fazer a higiene oral. Geralmente recomendamos que a higiene comece com o bebê bem novinho, mesmo antes do nascimento dos dentinhos, com uma gaze embebida em água morna, mas mais como fim de acostuma-lo a este rotina. Após o nascimento do primeiro dentinho sim, devemos colocar a escovação nos seus hábitos. Falarei mais sobre a higiene bucal em outro post ok? Mas enfim, o importante é evitar que a criança crie o hábito de tomar fórmula dormindo ou antes de dormir sem ter feito a higiene. Difícil não é?

Não sei se você já parou para pensar nisso mas o nascimento dos primeiros dentinhos coincide em geral com o início da introdução alimentar (em torno dos seis meses). O bebê começa a ter acesso a outras formas de açúcares, e essas também podem diminuir pH, aumentar acidez, etc, aquele processo todo que pode causar a cárie. Portanto a higiene bucal se faz de extrema importância quando a introdução alimentar começa.

Por fim, mas não menos importante, acho importantíssimo a gente começar a desmistificar essa história de que quem toma muito remédio na infância tem os dentes mais fracos ou susceptíveis a cáries. Não se passa uma semana sem que eu ouça isso no consultório pelo menos uma vez. Na verdade se você for ler os rótulos verá que os remédios possuem muitos aditivos, inclusive açúcares. E a regra é a mesma da fórmula artificial. Se tomar açúcar e não fizer a higiene da boca, está oferecendo um prato cheio pras bactérias. Portanto se seu(sua) filhinho(a) estiver tomando medicamento, não deixe ele (a) dormir sem antes fazer a higiene, ok?

 

Assim, claro, rápido, objetivo, 4 respostas sobre cáries!!!! Espero que tenham gostado.

Deixo aqui meu abraço e se tiverem dúvidas é só mandar tá bem?

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

Visite a página no facebook: Odonto White

Categorias
Crianças (a partir de 2 anos)

Os alimentos mais benéficos para a saúde bucal

De médico e louco todo mundo tem um pouco né? Mas depois da internet todo mundo acha que tem um pouco de nutricionista também, não é verdade? Quando éramos crianças a gente não ouvia nossas mães falando de glúten pra cá, lactose pra lá… Hoje em dia, é tanta informação e essa informação muda tanto a cada descoberta científica, que acabamos ficando um pouco perdidos, mas sempre tentando nos atualizar. Por isso, nada melhor do que a ajuda das nutricionistas da NutriPed!

Se perguntarmos quais alimentos são MALÉFICOS à saúde bucal, a maioria saberá responder pelo menos o “AÇÚCAR!” (alguém arriscou café? Alimentos ácidos?). E se perguntarmos quais são BONS? Você sabe pelo menos um?

Vamos fazer uma listinha do que é bom para suas gengivas e seus dentes? Seus e de sua família?

– Leite e derivados (fontes de cálcio)

Ahá! Meio óbvio né? Mas a gente nem se lembra. Leite e derivados são ricos em cálcio, tão importantes pra construção e manutenção de dentes fortes e saudáveis. Mas você sabe que não só o leite e seus derivados são ricos em cálcio, mas também o espinafre, a sardinha, o brócolis, o feijão… O cálcio também eleva o pH da boca, o que protege os dentes contra as cáries. Logo, incentive desde cedo o consumo de hortaliças verde escuras e do caroço das leguminosas (feijões, lentilha, grão de bico), não adianta oferecer somente o caldo! O leite e seus derivados devem ser ofertados a partir de 1 ano.

– Laranjas (e fontes de vitamina C)

A vitamina C ajuda na produção de colágeno, componente das gengivas. A vitamina C é tão importante, que sua falta pode acarretar na doença escorbuto, com sangramento gengival. Por isso sempre leve a sério o consumo desta vitamina, que você também pode encontrar no pimentão amarelo, brócolis (olha ele aí de novo), morango, mamão, caju, laranja, entre outros. Que tal unir à proteção das gengivas, um aumento da absorção de ferro nas refeições?! Ofereça uma frutinha rica em vitamina C após o almoço e jantar e melhore a saúde bucal e nutricional da criança!

– Verduras, legumes e frutas: maçãs, pêras, cenouras e pepino (fontes de fibras)

Os alimentos ricos em fibras exigem maior esforço da nossa arcada dentária para serem triturados, por isso permanecem mais tempo na cavidade bucal, e vão “arrastando” a sujeira conforme são mastigados, além de exigirem maior quantidade de produção de saliva, e saliva é muito amiga dos dentes!

– Uva passa

Sabiam que a uva passa contém ácido oleanólico, que inibe o crescimento de bactérias que provocam cáries, problemas periodontais e até mau hálito!

– Castanha-do-Pará

A castanha do Pará é tão benéfica à saúde bucal que seu óleo pode até ser encontrado na composição de alguns cremes dentais. Seu óleo é capaz de formar uma película protetora nos dentes, dificultando a formação de placa bacteriana. A natureza é sempre sábia!No entanto, fique atento à faixa etária da criança e evite oferecer até os 2 anos de idade.

 

Além disso, claro, ingira muita água (sempre ela) pois sua ingestão ajuda na produção de saliva, elimina sujeirinhas, além de manter a boca hidratada.

 

Este texto teve colaboração das nutricionistas da Nutriped!

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

Visite a página no facebook: Odonto White

Categorias
Expectativas Maternas

Quando o fim do relacionamento é inevitável

            Ninguém namora, casa, tem filhos e constrói uma vida com alguém, pensando no término do relacionamento. Mas, às vezes, eles acabam e nós precisamos estar preparadas para esse momento, principalmente quando temos filhos, pois aí estamos falando de outras vidas que dependem de nós (pai e mãe).
           Todo término de relacionamento é doloroso. Dificilmente, um casamento acaba com os dois querendo ir embora. Geralmente termina com um gostando mais do que o outro e, assim, a dor é grande. O choque com a nova condição é difícil. Muitas vezes não aceitamos essa situação que se coloca na nossa frente e que vai reformular toda a nossa vida. Infelizmente, eu estou passando por isso e tenho aprendido “na marra” algumas coisas sobre separação com filhos.
            Eu não me imaginava aos 32 anos, estar separada e com um filho. Imaginem o baque que eu levei?! A gente perde o chão, chora, esperneia, grita mas não tem jeito… não temos como obrigar alguém a viver conosco, ainda mais quando existem caminhos diferentes. Mais ainda se houver filhos! Foi só nele que eu pensei o tempo todo e sei que se estou aqui (escrevendo um pouco do meu relato pessoal para auxiliar e dividir com alguém esse momento doloroso) é por causa dele.
Categorias
Bebê na barriga

Mitos e verdades sobre o atendimento odontológico à gestante

O período gestacional é algo que acontece na vida de grande parte das mulheres em idade adulta, mas continua gerando tantas dúvidas, não é mesmo? Algo que gera muita dúvida (quando se precisa, especialmente) é o atendimento odontológico à gestante. Gestante pode ir ao dentista? Pode tratar canal? Pode tomar anestesia? Pode fazer raio-x? Tentei resumir aqui um pouco das dúvidas que venho escutando nos últimos anos de profissão, para tentar sanar algumas delas. Lembrando que aqui, além de uma dentista, está uma mamãe de um esperto menino, e GESTANTE de uma esperada menina. A sua preocupação também é a minha, ok?
1- A mulher está mais susceptível a problemas bucais somente por estar grávida?
Não exatamente por estar grávida, mas em decorrência de outras alterações orgânicas (hormonais, gástricas, etc).
Alterações hormonais facilitam o aparecimento de lesões gengivais chamadas “granulomas piogênicos”, mas essas dependem de placa bacteriana para surgirem. Porém muitas mulheres encontram dificuldade em fazer a higiene adequadamente durante a gestação, devido a enjoos, então com o déficit da higiene de fato a placa bacteriana aumenta.
Outra alteração bucal encontrada não raramente é o aumento da erosão ácida dentária, devido a períodos de náusea e vômitos prolongados.
O meio bucal também fica bem favorável ao aparecimento de cáries (repito, desde que a higiene não esteja sendo feita adequadamente) pois com a compressão do estômago, a gestante tende a comer mais vezes por dia, fracionadamente, alterando muito o ph bucal a todo momento, as bactérias adoram isso.
Até mesmo a compressão pulmonar pode dificultar a respiração e tornar a gestante em uma respiradora bucal, ressecando a boca, e não deixando que a saliva faça seu papel de proteger os dentes.
2- Tem problema tomar anestesia dentária?
Um dos grandes medos da gestante, não é mesmo? Via de regra, para qualquer medicação durante a gestação, temos que estudar o custo-benefício e os riscos da medicação ultrapassar a barreira transplacentária.  Os anestésicos locais ao longo dos anos vêm sendo estudados e se mostraram seguros mesmo a gestantes no primeiro trimestre. O que é importante sempre ter cuidado é com a dose, que deve ser sempre o menor quanto possível, e do tipo de anestesia, que ofereça melhor segurança e conforto para a paciente. A adrenalina decorrente da dor durante o atendimento se mostra mais prejudicial ao feto do que o medicamento em si. Consulte seu dentista qual será o tipo de anestésico que será utilizado na consulta e discutam com o obstetra antes da realização da mesma.
3- Pode fazer radiografia intra-oral?
Vemos com frequência tanto gestantes quanto obtetras muito receosos com relação à exposição da grávida e do feto à radiação intra oral. O ideal, na verdade é evitar exposição à radiação desnecessariamente A QUALQUER PESSOA, gestante ou não. Porém, quando necessária, pode ser realizada a radiografia sem preocupações desde que adotando medidas de segurança já conhecidas pelos cirurgiões dentistas, como uso de filmes ultra rápidos, filtro de alumínio, posicionadores, avental de chumbro, além do uso de um aparelho regularmente calibrado. Para se ter uma ideia, é necessária a exposição de 5 rads para o risco de má formação fetal ou aborto espontâneo, sendo que uma tomada radiográfica intrabucal corresponde a 0,01milirads de radiação, o que corresponde a menos radiação do que a radiação cósmica que recebemos diariamente .
4- Problemas bucais na gestação podem acarretar algum prejuízo ao feto?
Hoje em dia temos conhecimento que doenças periodontais podem sim ter relação com nascimento de bebês prematuros e bebês de baixo peso.
5- Existe época ideal para se tratar na gestação?
Sim. Costumamos recomendar o tratamento odontológico durante o segundo trimestre, pois o desconforto dos enjoos já terá passado (quase sempre né?) e também não será tão desagradável passar um tempinho deitada como seria no último trimestre com aquele barrigão! Porém, em caso de emergência o atendimento pode ser feito a qualquer momento. Acreditam que já tratei canais de uma moça com 38 semanas de gestação? Mas ela estava com dor e não podia deixar para depois do parto (foram 4 dentes!). Sempre a conversa entre dentista e obstetra é fundamental nesse momento. Lembre que depois do parto será bem difícil você se cuidar, pelo menos por um tempo.
6- Posso tomar qualquer medicação?
Não. A maioria dos obstetras recomenda o paracetamol como analgésico de escolha durante a gestação. Alguns variam um pouco disso. Em caso de necessidade, não é proibido tomar antibiótico, porém SEMPRE se faz necessária a liberação pelo obstetra. Então, por mais bem intencionado e atualizado que seja seu dentista, antes de tomar qualquer medicamento dê aquela ligadinha para o médico que está acompanhando sua gestação.
E, você, mamãe, se prepare pois as dúvidas odontológicas só estão começando. Você sabia que a amamentação é importantíssima para desenvolver os maxilares do seu bebê? No primeiro ano de vida, ela ajuda a treinar a respiração nasal e pode prevenir muitos problemas de mordida no futuro. Se acostume pois as conversas com o dentista agora serão bem longas!
Até a próxima!

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

Visite a página no facebook: Odonto White

Categorias
Bebê – 0 a 12 meses Bebê – 1 a 2 anos Chegou ao mundo

A importância de deixar a criança brincar

TÁ NA HORA DE BRINCAR!
 
Vocês já ouviram as expressões “criança precisa brincar” ou “é brincando que se aprende”? Pois é a mais pura verdade. Vamos entender o porquê?
Para começar nossa explicação, vamos decifrar de forma bem simples a palavra LÚDICO, muito falada entre educadores e na educação de crianças, eu mesma já usei esta palavra em textos anteriores.  Segundo o dicionário, lúdico significa “forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, através de jogos, música e dança. O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. ”  E é isso mesmo, uma maneira de aprender por meio da diversão, e o que diverte mais uma criança do que uma boa brincadeira repleta de imaginação, gargalhadas e alegria?  Só por esta definição simplória já compreendemos que as crianças aprendem de maneira lúdica, ou seja, aprendem brincando. É natural do ser humano nascer e crescer com a necessidade de brincar. É por meio dessa ação, que desenvolvemos nossas potencialidades, como também trabalhamos nossas limitações, habilidades sociais, afetivas, cognitivas e físicas. O brincar é ainda uma forma de expressão e comunicação com o próprio, com o outro e com o meio que o cerca. Através da brincadeira a criança representa, cria, usa a imaginação, o faz de conta, e entende a realidade em que vive. Isso tudo nada mais é do que o entendimento de mundo, do meio social, cultural e histórico em que vive, é o entendimento da sua vivência. Para simplificar o entendimento, afirmamos que a criança usa a brincadeira para aprender e entender o mundo.
Quando a criança brinca, ela encontra recursos para enfrentar o que acontece, ela vive e revive seus medos e desejos. Quantas vezes vocês não perceberam seus filhos brincando de sentir medo do escuro ou de monstros e animais imaginários? O que eles estão fazendo nessas horas é aprendendo a lidar com a emoção do medo, experimentando a sensação, se colocando naquela situação e conseguindo ultrapassar essa barreira. Isso é um aprendizado emocional importantíssimo para amadurecimento afetivo e emocional da criança.
 
Percebam também, que crianças mais velhas quando brincam em grupo criam suas próprias regras. Este é o momento que elas estão criando suas regras de convivência e respeito pelos outros. Esta é mais uma etapa de aprendizagem social que as crianças estão experimentando.
 
Vale lembrar que a interferência e participação dos adultos nas brincadeiras das crianças é sempre muito bem-vinda. As crianças menores são as que mais precisam que os adultos brinquem com elas, que também mostrem o ato de brincar. Elas estão em pleno desenvolvimento das suas habilidades básicas e precisam de estímulos para a aprendizagem e de orientação e apoio nas brincadeiras. Por mais que seja uma atividade inata do ser humano, o mínimo de orientação de alguém mais experiente colabora em muito para o desenvolvimento da criança. Já a criança mais velha, por estar mais amadurecida, consegue direcionar suas brincadeiras de forma mais independente e de acordo com seus interesses, o que não impede de o adulto interferir em momentos adequados e também direcioná-las à aprendizagem ou simplesmente ao entretenimento e diversão.
Na maioria das vezes, a criança aceita bem essa interferência dos adultos e não enxerga como intromissão, ao contrário, ela se sente mais próxima, se sente importante na vida daquele adulto, acarinhada e gosta dessa atenção que o adulto está dando as suas brincadeiras, afinal, brincar é algo que a criança entende como parte dela, faz parte da sua vida. A sensação é a mesma de quando chegamos em casa e lhe perguntam sobre como foi seu dia, como foi seu trabalho, estão demonstrando interesse pelas suas atividades e assim começa um diálogo que cria uma aproximação e zelo pelo outro.
Brincadeira é coisa séria, não desvalorize! Brinque com seu filho, tenho certeza que ele vai adorar e vocês vão ficar ainda mais próximos.
 
Bianca Santiago
Pedagoga
Categorias
A gente testou

Molho de tomate caseiro: fácil e nutritivo

Olá, mamães e papais que gostam da cozinha!

Hoje eu trago uma receita fácil de molho de tomate caseiro. Isso mesmo, sem conservantes, corantes e substâncias que podem fazer mal aos nossos pequenos.

Eu fiz uma pesquisa na internet de várias receitas de molho de tomate e testei algumas, chegando a uma conclusão desta que passarei para vocês agora. Observação importante: não precisa ser chefe de cozinha para cozinhar e a receita desse molho é super fácil de se fazer também. Então, se você tem vontade de fazer seu próprio molho caseiro de tomates, super saboroso e nutritivo, mãos à obra!

Anotem os ingredientes:

5 tomates italiano ou débora (são excelentes para molhos)

1 cenoura pequena

½ beterraba

1 cebola

5 dentes de alho

100ml de água

¼ de ramo de manjericão (somente as folhas lavadas e higienizadas)

1 folha de louro

Sal a gosto

Lave bem os tomates e tire a parte escura (onde ficava o caule), corte em quatro pedaços, descasque a cenoura e parta-a em cubos, descasque a beterraba e parta-a em pedaços também, junte tudo e coloque no liquidificador.

Para você conseguir bater bem, acrescente 100ml de água e bata no liquidificador até que fique consistente e sem pedaços. Reserve.

Em uma panela grande, refogue o alho (já descascado e amassado), junto com azeite, cebola (ralada) e sal. Acrescente a mistura batida no liquidificador na panela e deixe em fogo brando, cozinhando por pelo menos 15 minutos. Nos minutos finais do cozimento, acrescente a folha de louro e o manjericão (que pode ser substituído por alecrim ou orégano). Espere esfriar para distribuir em potes para depois congelar, assim você terá o molho pronto para usar quando precisar. Eu retiro a folha de louro quando esfria e o molho fica pronto.

Essa medida rendeu 3 potes pequenos de 250ml. Caso você deseja fazer uma quantidade maior, já para deixar congelado, dobre a receita.

Se quiser acrescentar mais tomates, ficará mais grossinho e com mais gosto deles.  Utilizamos a cenoura para cortar o ácido do tomate e a beterraba para deixar o molho bem vermelhinho. Mas, cuidado para não exagerar na beterraba, senão o molho fica rosa! Como indiquei acima, meia beterraba já é o suficiente para dar cor e engrossar o molho.

Bom Apetite!

Lilica.

Categorias
Bebê – 0 a 12 meses Bebê – 1 a 2 anos Chegou ao mundo Crianças (a partir de 2 anos)

10 Alimentos infantis que parecem INOFENSIVOS

A obesidade infantil vem sendo amplamente discutida e tem gerado grande preocupação para a sociedade. As causas que levam a esse desequilíbrio são inúmeras e incluem, além da genética, fatores sociais, culturais e ambientais.

Há um tempo essa preocupação era direcionada apenas para os adultos, que com o passar dos anos adquiriam mais hábitos de vida inadequados e os transformavam em excesso de peso, consequentemente. No entanto, hoje, há uma massante busca, pelos profissionais e órgãos internacionais de saúde, pela redução da prevalência de obesidade infantil.

Como o número de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade aumentou tanto nos últimos anos? Como o Brasil e o mundo chegaram a esse ponto? A falta de informação ou o excesso da mesma (que confunde os responsáveis); as crenças e costumes passados de geração para geração; o sedentarismo; a interrupção do aleitamento materno e a introdução da alimentação complementar precoces; a oferta de alimentos contraindicados para a faixa etária e ultraprocessados estão entre as causas.

A oferta de produtos alimentícios ultraprocessados e/ou contraindicados para a idade da criança ocorre, muitas vezes, pelas propagandas covardes, a partir da mídia televisiva ou dos rótulos inconsequentes e pouco esclarecidos. A aquisição desses produtos, pelos responsáveis, pode acontecer também por não acreditarem nos reais malefícios para a vida da criança agora e no futuro. ACREDITE, ELES GERAM GRAVES PROBLEMAS DE SAÚDE PARA A CRIANÇA!

Além do excesso de peso, esses produtos impróprios podem levar a fome oculta. Você já deve ter ouvido: “Meu filho come e está com o peso ótimo! O pediatra falou que ele está dentro da curva de crescimento!”. Será que o peso isoladamente basta para uma avaliação nutricional completa? A fome oculta, que é a carência de um ou mais micronutrientes no organismo, também é um mal a ser combatido urgentemente. Os estoques de vitaminas e minerais podem diminuir no corpo sem apresentar, a princípio, sinais e sem mudanças no peso.

E o que dizer dos aditivos alimentares? Ingredientes adicionados aos alimentos intencionalmente, sem o propósito de nutrir, objetivando apenas modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais do produto. Como pode o aditivo químico ser inofensivo se suas quantidades devem ser controladas devido aos riscos que causam à saúde da população?! Imagina o que pode causar à uma criança, cujo trato gastrointestinal não está completamente desenvolvido e formado. Dentre as possíveis consequências estão a hiperatividade, o autismo e o desenvolvimento de alergias.

Voltando aos rótulos inconsequentes e pouco esclarecidos, mesmo aqueles que trazem descritos os ingredientes adicionados, não permitem ao consumidor mais preocupado escolher alternativas mais saudáveis, porque não relatam os efeitos para a saúde humana.

O MELHOR a se fazer, então, é evitar o máximo possível esses produtos ultraprocessados que trazem uma lista imensa de ingredientes, cujos nomes nem conhecemos. Além, é claro, de buscar informações confiáveis e auxílio de um profissional de saúde sempre que surgir alguma dúvida.

A NutriPed listou a seguir, os TOP 10 produtos processados e ultraprocessados oferecidos ao público infantil que devem ser evitados, a partir das experiências vivenciadas em consultório e das dúvidas que surgiram no nosso instagram @nutriped. Nesse momento, o objetivo é esclarecer sobre os rótulos e em um futuro próximo oferecer um material completo com receitas saudáveis e caseiras em substituição a esses produtos.

1 – Achocolatado: está disponível em pó ou em embalagem individual pronto para consumo, na apresentação líquida. Ambos, normalmente, alegam no rótulo ter vitaminas e minerais, mas será que os micronutrientes adicionados pela indústria têm o mesmo papel no organismo que aqueles que já vêm nos alimentos in natura? NÃO! Seus ingredientes mais comuns são açúcar e/ou maltodextrina (equivalente a açúcar), cacau em pó, micronutrientes sintéticos, emulsificantes e aromatizantes. Que tal preparar o achocolatado do seu filho em casa e esporaticamente? Desses ingredientes todos, você consegue usar somente o cacau em pó e melhorar a qualidade do açúcar oferecido.

2 – Iogurte de fruta: há quem diga que ele vale mais que um bifinho. Será? A carne é considerada uma excelente fonte de ferro e proteína, além de inúmeros outros nutrientes, essenciais para o crescimento da criança. Já o iogurte “de fruta” é de fruta por conter em sua composição corantes e aromatizantes artificiais que se aproximam de sua característica. Fruta mesmo você não vê em muitas das listas de ingredientes, mas vê açúcar e/ou maltodextrina (equivalente a açúcar), óleo, amido, micronutrientes sintéticos, corantes e aromatizantes. Você sabia que o iogurte natural só deve conter em sua composição leite e fermento lácteo? Aí se preferir adicionar sabor, é só bater com uma fruta in natura. Esse produto, de qualquer forma, não deve ser oferecido para crianças menores de um ano, sendo assim é possível preparar um “iogurte” de inhame. Você conhece?

3 – Suco “de fruta” de caixinha: Ele está muito presente no lanche escolar, por ser prático e fácil de transportar. Mas, um suco de fruta in natura e sem açúcar é complicado de ser preparado? Só descascar a fruta e bater com água no liquidificador! Dependendo da fruta, nem precisa coar (preferência)! Em um futuro não muito distante seu consumo frequente pode gerar doenças perigosas, dependentes de rémedio, como o diabetes mellitus e a hipercolesterolemia. Em geral, essas bebidas trazem um percentual bem pequeno de fruta e elevado de açúcar, além de estabilizantes e corantes. Lembrando que sempre a melhor opção é a oferta de fruta in natura sem nenhum processamento, especialmente para crianças menores de um ano.

4 – Gelatina: produto que, assim como a geleia de mocotó, confunde até mesmo alguns profissionais de saúde. Já recebemos prescrições de outros profissionais que incentivavam seu consumo por crianças que acabaram de introduzir a alimentação complementar. Seu consumo JAMAIS deve ser estimulado. Você sabia que além de açúcar, micronutrientes sintéticos, aromatizantes e corantes artificiais, a gelatina tem ADOÇANTE? TOTALMENTE contraindicado para crianças NÃO diabéticas.

5 – Geleia de Mocoto: produto muito utilizado como sobremesa ou para ganho de peso em crianças, sendo este último inaceitável. Fazer a criança ganhar peso com açúcar, corante e aromatizante? Sim, esses são os ingredientes desse produto de calorias vazias.

6 – Farinhas prontas: essas farinhas apresentam no rótulo indicação para serem utilizadas como complemento alimentar a partir dos seis meses de idade, mas todas elas seja de multicereais, de arroz, de milho ou de aveia possuem em sua composição o açúcar, contraindicado até, no mínimo, dois anos de vida.

7 – Bisnaguinha: parece um pãozinho inofensivo, que pode ser consumido diariamente pelas crianças, não é mesmo? Muitas marcas trazem em seus rótulos personagens que despertam ainda mais o interesse das pessoas nesse produto. A partir de um ano ou dependendo da rotina alimentar da família, um pouco antes, alimentos complementares são adicionados aos lanches das crianças, o que inclui o pão. Sem problema, mas devemos nos preocupar com sua composição. O pão deve conter basicamente, farinha, água, fermento, sal e óleo ou azeite. O que passa despercebido nessas bisnaguinhas inofensivas é que elas contêm açúcar, contraindicado para crianças menores de dois anos e desnecessário para qualquer faixa etária. Há inúmeras receitas de pães caseiros práticos e nutritivos.

8 – Biscoito polvilho: apelidado por muitos de biscoito de vento. Com certeza você já ouviu: “Esse biscoito é levinho, parece de vento! Dou o pacote inteiro para o meu filho levar no lanche!”. Não é bem assim, pois algumas marcas possuem gordura vegetal hidrogenada em sua composição, gordura modificada pela indústria e que cujos efeitos negativos na saúde cardiovascular já foram bem estabelecidos. Você sabia que é possível fazer um polvilho em casa utilizando uma gordura de melhor qualidade e com pouquinho sal?!

9 – Biscoito maisena – introduzido precocemente por quase todas as famílias, algumas vezes, por orientação de profissionais de saúde desatualizados como forma da criança ganhar peso. Esse produto é oferecido para crianças muito pequenas ainda, porque é considerado apropriado e interessante para o início da alimentação da criança. De onde tiraram isso? NÃO É! Além da farinha, possui açúcar, gordura vegetal hidrogenada, micronutrientes sintéticos, aromatizantes, conservantes e estabilzantes.

10 – Requeijão: é um produto presente nos lanches da manhã e da tarde da criançada e da família. Ele é elaborado a partir da coagulação do leite completada pela ação de bactérias específicas e adicionado de creme de leite. Quando consumido esporadicamente e havendo variação dos recheios para pães e torradas usados nos lanches, não há problema. Isso, desde que haja o hábito de leitura do rótulo das diferentes marcas. Quanto menos ingredientes e aditivos, melhor! Para que esse produto não fique com uma aparência ruim e com duas fases, a indústria lança mão de estabilizantes. É importante olhar os ingredientes e optar por aquela marca que apresenta o menor número de estabilizantes, conservadores e que não contenha maltodextrina (equivalente a açúcar). Basicamente, o produto deve conter leite, creme de leite, fermento, sal e alguns adicionam manteiga também. Que tal preparar uma pasta caseira com vegetais e outros alimentos in natura? BEM MELHOR!

Esses são apenas alguns dos produtos muito difundidos no meio infantil. Quando estão presentes de forma contínua na rotina alimentar da criança ou do adolescente podem contribuir para os agravos na saúde supracitados. Eles devem ser evitados por toda a família!

Não pense duas vezes quando surgir uma dúvida e procure um profissional de saúde capacitado e especializado. Reflita SEMPRE! Não se deixe enganar pelas propagandas e mídia. Lembre-se que o objetivo principal das indústrias é o LUCRO e não seu BEM ESTAR!

Faça com que os produtos ultraprocessados sejam exceção na sua casa. Priorize os alimentos in natura ou minimamente processados, praticando todos os dias a leitura dos rótulos e criando o hábito de cozinhar.

Você pode ter uma alimentação saudável e saborosa, fazendo trocas inteligentes dos ingredientes desses produtos! Se interessou? Fique de olho na nossa página! Iremos lançar em breve o nosso E-book Trocas Inteligentes com muitas receitas interessantes para você experimentar com toda a família!

Anna Carolina Ghedini e Priscila La Marca

Nutriped