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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

A doce-árdua tarefa de amamentar

Olá, mamães!

Hoje venho falar de algo MUITO importante na vida dos nossos bebês, mas ao mesmo tempo uma tarefa muita cansativa e desgastante: a amamentação.

Temos visto muitas campanhas pelo aleitamento exclusivo do bebê até os 6 meses de vida. Principalmente porque no Brasil temos taxas baixas de aleitamento até os 6 primeiros meses (a taxa média no Brasil é de 41% de aleitamento até os 6 meses).

Todas nós sabemos que não seria fácil amamentar, principalmente se for o primeiro filho. O bico dos seios ainda não estão acostumados a alguém sugando o tempo todo, por isso o sofrimento inicial. Por isso, não desista fácil. Leia, se informe, procure ajuda para conseguir amamentar seu bebê.

Além de todas as dificuldades encontradas no caminho (bico rachado, leite empedrado, mastite, dores, sangramento no bico do seio, sensibilidade, baixa produção, falta de apoio familiar, retorno precoce ao trabalho) muitas vezes a amamentação nos leva à exaustão.

Eu não tenho dúvidas em relação a isso, meu bebê mamou até os seis meses somente no seio e as madrugadas foi a parte mais difícil de todas. Normalmente meu bebê acorda de 2 a 3 vezes a noite para mamar, sem contar as noites que ele acorda de hora em hora. A privação do sono é algo aterrorizante para mim! Mas calma, isso vai passar. É o que todos me dizem. Hoje, com 1 ano e 4 meses ele ainda mama mas bem menos que no começo, a ponto de ser bastante diferente todo aquele cansaço de alimentar exclusivamente no seio.

Confesso que só fui sentir prazer em amamentar depois do primeiro mês, mesmo não tendo problema de pega e nem rachaduras, os bicos dos meus seios ficaram bem sensíveis e eu sentia incômodo. Então, não se desespere, as coisas vão melhorar!

Depois desse período inicial da amamentação comecei a curtir bastante. Com mais ou menos três meses meu bebê começou a interagir comigo, passando a mãozinha no seio, mexendo no sutiã, até que um dia ele mamou olhando nos meus olhos! Me derreti toda, e percebi o quanto tinha valido a pena insistir na amamentação exclusiva.

Quando retornei ao trabalho, com 4 meses e 15 dias de vida do meu filho, o desafio aumentou, pois para continuar a amamentação exclusiva tive que ter muita disciplina para tirar o leite com a bomba, conseguir potes de vidro com tampa de plástico, armazenar no congelador adequadamente com data e hora da coleta. Além da higienização e esterilização de todo o material utilizado. Aliado a isso, um dos dias trabalhava próximo a minha residência, então pedia para a cuidadora levar meu filho até o colégio que trabalho na hora do recreio para amamentá-lo e foi uma experiência única, apesar de todo o esforço.

Se formos pensar em toda a vida de seu filho, o que são 6 meses perto de tudo que ele irá viver (e bem) depois?! Tenho conseguido essa façanha até aqui com muito pensamento positivo e apoio de amigas, mãe, irmã e esposo. Sem contar que ficamos muito felizes e satisfeitas quando vemos o quanto eles cresceram, estão fortes e com saúde por causa do leite materno.

Para te encorajar, irei citar alguns benefícios do leite materno para o bebê:

Evita bebês desnutridos ou obesos

Protege o bebê de doenças

– Desenvolve os músculos da língua e maxilar

Aumenta o vínculo entre mãe e filho

Sem contar os benefícios para as mães também, como auxílio no emagrecimento, recuperação mais rápida do pós parto, diminui risco de câncer de mama e doenças cardiovasculares.

Uma dica valiosa que tenho para dar as mamães que ainda irão amamentar: beba muito líquido, todos os dias. Eu bebo três litros de água e mais suco, vitamina e iogurte. A água abundante ajuda muito no processo de produção, além de nos deixar hidratada e ajudar no emagrecimento.

Caso, tenham dúvidas ou dificuldades com a amamentação entrem em contato com o Instituto Fernandes Figueira (RJ), telefone: 08000 26 88 77 ou com o Grupo Virtual de Amamentação.

 

Fonte de pesquisa:

Data SUS: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/g14.pdf

https://www.sbp.com.br/arquivo/confira-os-beneficios-que-a-amamentacao-traz-a-maes-e-filhos/

 

Lilica.

 

Se você quiser saber mais sobre a importância da informação para a amamentação, clique aqui. 

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Bebê – 0 a 12 meses Bebê – 1 a 2 anos

Como fortalecer o sistema imunológico através da alimentação?

O sistema imunológico humano atua protegendo nosso organismo de invasores externos, como microrganismos ou substâncias tóxicas. Quando esse sistema não está fortalecido e não consegue combater esses invasores, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou até alergias.

Alguns fatores relacionados ao grupo materno-infantil podem ameaçar o sistema de defesa do organismo, como a ansiedade e o sono irregular da gestação e a alimentação inadequada que possibilita o desenvolvimento de deficiências nutricionais nessa fase e na primeira infância.

Proporcionar uma boa nutrição ao corpo é uma ação que deve ser permanente e fazer parte da rotina de todas as pessoas, em especial desse grupo, porque ajuda a manter o bom funcionamento do nosso sistema de defesa. Por exemplo, a alimentação adequada durante a gravidez otimiza a produção de células de defesa, que são passadas para o bebê durante a amamentação.

Existem nutrientes presentes nos alimentos ligados diretamente ou indiretamente ao fortalecimento da imunidade, no entanto, para que todos possam atuar de forma eficiente é preciso que eles estejam em equilíbrio. Vamos descobrir alguns deles?

As vitaminas e minerais são nutrientes envolvidos na resposta imunológica e, em geral, atuam aumentando a produção de células de defesa, reduzindo o estresse causado por invasores ou mantendo a integridade dos tecidos. Dentre as vitaminas destacam-se a E, a A e as do complexo B e dentre os minerais, o ferro, o zinco e o selênio.

Além dos micronutrientes, a alimentação deve estar nutricionalmente completa e equilibrada em relação aos macronutrientes (carboidrato, gordura e proteína). Quando ocorre a deficiência de proteína, há dificuldade em reparação tecidual e formação de novas células. Em relação a gordura, os ácidos graxos ômega 3 e 6 devem estar em proporções adequadas para que consigam responder a inflamação adequadamente. Os carboidratos devem entrar complementando esses dois nutrientes, mas a escolha não deve ser pelos refinados. A ingestão correta de água também faz parte de todo esse processo.

As vitaminas e os minerais citados podem ser encontrados nas frutas cítricas, legumes alaranjados, verduras verde-escuras, carnes em geral e grãos ou cereais integrais. Já os macronutrientes, em leite e derivados, ovo, carnes, peixes, óleos vegetais, oleaginosas, sementes de chia e linhaça.

É fundamental o acompanhamento nutricional para adequadar a proporção de todos os nutrientes e para identificar aqueles alimentos contraindicados para cada faixa etária.

Além da boa nutrição, para que a imunidade esteja fortalecida, deve-se ter uma boa noite de sono, praticar esporte, estar perto de pessoas queridas e desempenhar atividades que façam bem ao corpo e a mente. Nada funciona de forma isolada, mas sim em conjunto! Reflita sobre o seu dia-a-dia!

Anna Carolina Ghedini e Priscila La Marca

Nutricionista da Nutriped

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Primeiros cuidados com o recém-nascido

Assim que uma mãe dá a luz ao bebê, os pais deverão tomar alguns cuidados muito importantes com o recém-nascido. Para esclarecer as possíveis dúvidas, convidamos a querida pediatra Renata Fróes para auxiliar os nossos leitores.

Dentro das primeiras 24 h de vida, o bebê deverá ser examinado por um pediatra, e geralmente receberá alta da maternidade após 48 h, com orientações gerais quanto aos seus cuidados. Depois disso, é importante que retorne a uma consulta entre 7-15 dias de vida (período que pode variar com a necessidade do bebê). Neste retorno, o pediatra irá avaliar questões referentes à saúde do seu filho, como o ganho de peso; discutir tópicos importantes, como as fezes do bebê (sim, você ainda falará muito sobre elas!) e padrão de sono; rever técnica de amamentação; avaliar a possível presença de icterícia (que é aquele tom amarelado da pele e dos olhos do bebê, muito comum em recém-nascidos) e esclarecer possíveis dúvidas. Até lá, alguns pontos importantes devem ser checados:

  • Certifique-se de que as pessoas que te ajudarão nos cuidados com o bebê receberam a vacina dTpa (incluindo você, mamãe, que deve ter vacinado ainda na gestação). Esta vacina é importante para proteger seu filho da coqueluche, doença que tem voltado a acometer os pequenos, que serão vacinados apenas aos 2 meses de vida. Está disponível para as gestantes na rede pública, mas os papais e demais cuidadores deverão procurar a rede particular para recebê-la.
  • Teste do pezinho: importante para a detecção precoce de doenças, deve ser realizado entre 3 e 7 dias de vida.
  • Teste da orelhinha: pode ser realizado ainda na maternidade, ou logo após a alta.
  • Teste do olhinho (reflexo vermelho): na grande maioria das vezes, é realizado ainda na maternidade. Caso contrário, será feito na 1ª consulta com o pediatra.
  • Teste do coraçãozinho (teste de saturação): deve ser feito ainda na maternidade, entre 24 e 48h de vida. As principais maternidades já tornaram o teste uma rotina antes da alta, mas é sempre válido checar se foi feito

É importante saber que a chegada em casa é uma caixinha de novidades, e muitas dúvidas irão surgir. Por isso, é fundamental que você já tenha em mãos o contato do seu pediatra, para que possa “gritar” por ele caso sinta necessidade. Não hesite em fazer perguntas! Você deve esclarecer suas dúvidas para que a maternidade seja mais leve e segura.

Renata Fróes – Pediatra

CRM RJ 52-85 095-0

 

Quer saber mais informações sobre como cuidar do seu bebê nas primeiras semanas de vida? Leia aqui!

 

       Se quiser saber mais sobre a hora do banho, leia aqui!

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Bebê na barriga

Tudo o que você precisa saber sobre Diabetes Gestacional

Olá mamães! Hoje, vamos falar sobre o diabetes gestacional.

O diabetes melito gestacional é definido como qualquer alteração glicêmica diagnosticada durante o período da gestação. Isso não exclui a possibilidade de que uma intolerância à glicose nunca antes reconhecida não possa ser uma alteração anterior à gravidez.

Atualmente, durante o pré-natal, existe um organizado programa de rastreamento, que deve ser feito tanto nas gravidinhas de baixo quanto nas de alto risco para o diabetes gestacional.

Mulheres de baixo risco tem até 25 anos de idade, apresentam peso corporal adequado, não tem parentes em primeiro grau com diabetes, não tem história de metabolismo do açúcar alterado e não possuem um histórico obstétrico ruim (bebês muito gordinhos ou perdas fetais no fim da gestação sem causa aparente). Inferimos, então, que as pacientes de alto risco  são aquelas com sobrepeso e com histórico familiar importante para diabetes tipo 2.

Como chegamos a conclusão de que uma gestante desenvolveu diabetes gestacional?

Na primeira consulta de pré-natal, são solicitados os exames de glicemia de jejum e hemoglobina glicada. Quando a glicemia de jejum está maior ou igual a 126mg/dl ou a hemoglobina glicada maior ou igual a 6,5% identificamos um diabetes não diagnosticado previamente. Mesmo assim, como o diagnóstico aconteceu na gravidez, ele também é classificado como diabetes gestacional.

Gestantes com glicemia de jejum acima de 92mg/dl, na primeira consulta, devem ter o rastreio antecipado.

Todas as gestantes que ainda não tenham tido qualquer alteração glicêmica entre 24 e 28 semanas devem se submeter ao teste oral de tolerância a glicose (TOTG) com sobrecarga de 75 gramas de glicose anidra (dextrosol). Esse teste costuma ser reconhecido como o  “teste do suquinho”. Algumas pacientes sentem-se mal, inclusive, durante esse exame. Imagine chegar ao laboratório em jejum (aliás, é importante que esse jejum seja entre oito e dez horas e que não ultrapasse as dez horas) e, após colher o sangue, ao invés do lanchinho do laboratório, você seja obrigada a tomar um suco super doce. Tem umas gravidinhas que até acham o suquinho gostoso. Bem, além de saborear essa ïguaria”, ainda precisa-se permanecer duas horas de castigo dentro do laboratório. Sim, porque, no TOTG, dosa-se a glicemia uma hora e duas horas após a sobrecarga. Os valores esperados são: inferior a 92mg/dl em jejum, menor ou igual a 180mg/dl na primeira hora e menor ou igual a 153mg/dl na segunda hora após a sobrecarga.

Digamos, então, que você caiu na malha fina do diabetes gestacional. Imagino que a primeira preocupação que vem a sua mente seja: “isso vai prejudicar o meu bebê?” Calma. Lógico que cuidados serão necessários, afinal, o diabetes é uma doença de alto risco materno e fetal.

O principal risco materno é o desenvolvimento de um diabetes após o término da gestação e, com ele, todas aquelas complicações inerentes, como a retinopatia (cegueira), nefropatia (insuficiência renal e diálise) e doença coronariana (infarto agudo).

Para os bebês, quando dentro do útero, os principais riscos são: a macrossomia (bebês que nascem com mais de 4 quilos), polidramnia (muito líquido amniótico), prematuridade (parto antes de 37 semanas completas de gestação) e até o óbito. Vale lembrar que, para os fetinhos de mães diabéticas, a hipoglicemia (açúcar baixo no sangue) preocupa tanto (ou até mais) do que a hiperglicemia.

Durante o parto, os bebês que estão mais gorduchos (pesando mais de 4,5 quilos) tem um risco maior de distócia de ombro, ou seja, da cabecinha sair, mas o ombrinho ficar preso.

Para os bebês já do lado de fora, as principais preocupações são a hipoglicemia neonatal, o desconforto respiratório, a icterícia (quando eles ficam amarelinhos) e a maior necessidade de internação em uma unidade de terapia intensiva.

Após o diagnóstico, a primeira providencia a ser tomada é a mudança do estlo de vida com dieta preferencialmente associada a atividade física aeróbica.

É sempre bom que essas pacientes sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar: obstetra, endocrinologista, nutricionista e professional de educação física.

O tratamento consiste em manter os níveis glicêmicos dentro da normalidade. Espera-se, então, glicemias de jejum e prévias às refeições menores do que 105mg/dl e glicemias na primeira hora após a refeição menores do que 120.

Inicialmente, o tratamento é feito com dieta. Uma dieta hiperprotéica, pobre em carboidratos, com refeições pequenas e em intervalos regulares (em media a cada três horas). O acompanhamento com uma nutricionista é fundamental.

Paralelo à dieta, sabe-se que, durante a atividade física, queima-se muito açúcar. Logo, podendo-se praticar uma caminhada, uma dança, uma hidroginástica, ótimo! Claro que, se houver qualquer contraindicação médica, a gestante mantem-se em repouso, Durante atividade física, olho na frequência cardíaca!

As gestante devem fazer um diário, onde elas devem anotar todas as suas glicemias (fura-se o dedinho meia hora antes do café, do almoço e do jantar e duas horas após essas refeições) para que o obstetra e o endocrinologista possam acompanhar.

Quando as glicemias estão acima dos valores anteriormente descritos, indica-se a insulinoterapia. Na gestação, não se trata o diabetes com hipoglicemiantes orais, somente com insulina nas suas diferentes categorias.

O melhor parâmetro para avaliação do bem-estar fetal em gestantes com diabetes é o bom controle glicêmico. Dai, a importância do hemogluco!

De uma maneira geral, para monitorização dos fetos, a partir de 24 semanas de gestação, é recomendada uma ultrassonografia a cada três semanas, pois, desse jeito, avalia-se o volume de líquido amniótico, o peso fetal estimado e a circunferência abdominal. Líquido amniótico, peso fetal estimado e circunferência abdominal acima do percentil 90 falam a favor de que não está havendo um bom controle glicêmico da mãe e, como isso, muito açúcar chega para o feto, que urina mais e fica mais gordo.

A partir de 32 semanas, considera-se a realização de exames ultrassonográficos a cada duas semanas e cardiotocografia basal (aquele exame em que ficamos um tempão ouvindo o neném) seminal.

Além dos exames complementares, perceber a movimentação fetal é uma ótima vigilância!

Gestantes que evoluem com um bom controle glicêmico podem aguardar o parto até 40 semanas, sempre acompanhando de pertinho o bem-estar fetal.

Gestantes com um controle dietético ruim, vale a pena avaliar o parto entre 38 e 39 semanas, seja por cesariana, seja por indução de trabalho de parto.

Gestantes em uso de insulina ou com outras comorbidades associadas, interrupção de acordo com as condições materno-fetais.

As mãezinhas que receberam o diagnóstico de diabetes gestacional devem repetir o TOTG na sexta semana após o parto. Caso o resultado venha normal, basta a glicemia de jejum. Caso o resultado venha alterado, orienta-se manter acompanhamento com endocrinologista.

Lógico que nenhuma de nós quer ter qualquer intercorrência clínica durante sua gestação. Mas a importância do pré-natal é exatamente essa: descobrir possíveis complicações, tratá-las e vermos uma família linda e saudável se formar.

Espero ter ajudado!

Até a próxima!

 

Dra. Michelle Zelaquett

CRM 52.85064-0

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Bebê – 0 a 12 meses

Introdução Alimentar – dicas essenciais

Amamentar é um ato que fornece o primeiro alimento ao bebê. O leite materno é completo por suprir as necessidades nutricionais do lactente, exclusivamente, até os seis meses de vida, além de proteger contra doenças e aumentar o vínculo entre a mãe e o filho.

O ideal é que o aleitamento materno ocorra exclusivamente até os seis meses da criança e que permaneça até os dois anos de vida, sendo complementado com outros alimentos nesse período. No entanto, em algumas situações, como retorno ao trabalho e uso de medicamentos específicos pode acontecer o desmame precoce.

Dessa forma, há a introdução de novos alimentos, que nesse momento, podem ser prejudiciais a criança. Essa oferta precoce de alimentos está relacionada a riscos de desnutrição ou obesidade, redução da absorção de nutrientes, além do aumento do número de diarréia e hospitalizações por doença respiratória.

O bebê, aos seis meses, apresenta postura ereta, maturidade fisiológica, reflexo lingual e excitação ao alimento. É fundamental que os familiares transmitam à criança carinho, afeto, calma e confiança nessa fase.

A adaptação varia de criança para criança, algumas aceitam os novos alimentos mais rápido outras demoram mais tempo. Essa diferença não deve ser motivo de ansiedade e angústia para a família. No primeiro momento, a quantidade que o bebê ingere pode ser pequena, ele sabe da sua saciedade e, portanto, deve – se cuidar especialmente da qualidade do que é ofertado e sua variedade, em comparação a quantidade.

Ao introduzir a alimentação complementar, quando ainda em aleitamento materno, os alimentos devem ser ofertados gradativamente. Deve-se dar preferência às frutas e legumes da estação, pois são mais nutritivos e saborosos. Às frutas não deve ser adicionada nenhum tipo de farinha ou açúcar e quanto à papa salgada deve conter todos os grupos alimentares. Nesse momento, a criança precisa conhecer o aroma, a cor e a textura de cada alimento.

A alimentação deve ser, desde o início, espessa, não sendo liquidificada ou peneirada. Isso garante a quantidade de energia que a criança precisa para ganhar peso. Os alimentos devem ser oferecidos com regularidade, mas sem horários rígidos para que a capacidade da criança de distinguir a sensação de fome não seja prejudicada.

Caso aconteça da criança recusar algum alimento é importante não desistir e oferecer novamente em outro momento o mesmo alimento. As chantagens ou trocas para a aceitação de qualquer alimento devem ser evitadas.

A partir da introdução dos alimentos complementares, a oferta de água torna-se indispensável. Não deve-se oferecer alimentos adicionados de açúcar, café, enlatados, embutidos, frituras, refrigerantes, sucos artificiais, balas, salgadinhos, biscoitos recheados, outros alimentos industrializados, conservas (palmito e picles) e mel.

Esses alimentos podem gerar ganho de peso excessivo e deficiência de alguns nutrientes, além de conter muita gordura, açúcar e sal, sendo considerados potentes causadores de doenças como hipertensão e diabetes, ainda na infância.

A criação de hábitos alimentares é iniciada ainda durante a gestação, continuando ao nascimento e na primeira infância, o que inclui o momento da introdução da alimentação complementar. A criança observa a rotina alimentar da família e se aproxima dela, sendo necessário dar o exemplo dentro de casa.

Inicie a alimentação complementar do seu filho de maneira consciente e com hábitos alimentares adequados para a idade. Cada criança possui sua individualidade, então, sempre que necessário, procure um profissional de saúde capacitado para tirar dúvidas e receber orientações apropriadas.

Priscilla La Marca e Anna Carolina Ghedini.

Nutricionistas da Nutriped

IMG-20160601-WA0029Se você quiser saber o relato da introdução alimentar do Antonio, filho da Lilica, clique aqui

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Bebê na barriga

Plano de parto: o que é? Para que serve?

Quem está grávida aí e já ouviu falar de plano de parto? Mesmo que você não tenha ouvido falar, é importante saber que ele existe e para que serve. Geralmente quem faz plano de parto está pensando em tentar um parto normal ou humanizado (que foi o meu caso), mas ele também serve para um parto cesárea. Vem, que eu te explico como funciona.

Um plano de parto serve para você deixar claro e registrado as suas escolhas em relação ao parto. Você poderia muito bem conversar com seu/sua obstetra e com o/a pediatra que estará fazendo seu parto, certo? Mas quantos pacientes esses médicos atendem? Então registrar seus desejos e decisões em uma folha, com assinatura e data, irá formalizar suas intenções para os médicos participantes desse momento tão importante de suas vidas.

Mesmo em um parto cesárea existem decisões que quem toma são os pais do bebê, como: Esperar o cordão umbilical parar de pulsar para cortá-lo, colocar o bebê imediatamente no colo da mãe após o nascimento, tentar amamentá-lo na sala de parto, pouca luz, aspirar o bebê ou não e tantas outras coisas.

Assim, você estará segura e consequentemente tranquila, que o processo do parto irá ocorrer dentro do que você está esperando e de acordo com suas escolhas. Por isso a importância do plano de parto. Não demora muito fazê-lo, o mais demorado são as tomadas de decisões que muitas vezes implicam em leituras e muitas conversas com o parceiro para vocês decidirem como vão querer o parto.

É óbvio que nem sempre as coisas saem como o planejado, então temos que ter o plano B e eu o coloquei no plano de parto também, por exemplo: caso não conseguisse ter o parto normal e tivesse que ser cesárea. E graças as conversas anteriores ao parto e com tudo registrado no plano de parto, eu consegui que fosse feita minha vontade e do meu esposo.

Abaixo coloco um modelo de plano de parto para ajudá-las a fazer o de vocês, no que facilita muito, principalmente porque existe um padrão e só vamos mudando conforme as nossas vontades.

 

Modelo de Plano de Parto

“Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos. Abaixo listamos nossas preferências em relação ao parto e nascimento do nosso filho, caso tudo transcorra bem. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, gostaríamos de ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas.

Trabalho de parto:

–  presença de meu marido e doula.
– sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem intestinal).
– sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina
– liberdade para beber água e sucos enquanto seja tolerado.
– liberdade para caminhar e escolher a posição que quero ficar.
– liberdade para o uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro.
– monitoramento fetal: apenas se for essencial, e não contínuo.
– analgesia: peço que não seja oferecido anestésicos ou analgésicos. Eu

 pedirei quando achar necessário.
– sem rompimento artificial de bolsa
 
Parto:

 – prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas).
 – prefiro fazer força só durante as contrações, quando eu sentir vontade, em
  vez de ser guiada. Gostaria de um ambiente especialmente calmo nesta hora.
– não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo.
– episiotomia: só se for realmente necessário. Não gostaria que fosse uma
  intervenção de rotina.
– gostaria que as luzes fossem apagadas (penumbra) e o ar condicionado
  desligado na hora do nascimento. Gostaria que meu bebe nascesse em
  ambiente calmo e silencioso.
– gostaria de ter meu bebe colocado imediatamente no meu colo após o parto
  com liberdade para amamentar.
– gostaria que o pai cortasse o cordão após o mesmo ter parado de pulsar.

Após o parto:

– aguardar a expulsão espontânea da placenta, sem manobras, tração ou
  massagens. Se possível ter auxílio da amamentação.
– ter o bebê comigo o tempo todo enquanto eu estiver na sala de parto, mesmo
  para exames e avaliação.
– liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê junto comigo. Quero
  estar ao seu lado nas primeiras horas de vida.
– alta hospitalar o quanto antes.

Cuidados com o bebê:

– administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos apenas se
  necessário e somente após o contato comigo nas primeiras horas de vida.
– administração de vitamina K oral (nos comprometemos em dar continuidade
  nas doses).
– quero fazer a amamentação sob livre demanda.
– em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa ao bebê.

– alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê caso esteja muito cansada ou necessite de ajuda.
– gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu ou meu marido).

Caso a cesárea seja necessária:

– exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea.
– quero a presença da doula e de marido na sala de parto.

– anestesia: peridural, sem sedação em momento algum.

– na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer.
– gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado desligado.
– após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito e que
minhas mãos estejam livres para segura-lo.

– gostaria de permanecer com o bebe no contato pele a pele enquanto estiver na sala de cirurgia sendo costurada.
– também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento conjunto o quanto antes.      


Agradeço muito a equipe envolvida e a ajuda para tornar esse momento especial e tão importante para nós em um momento também feliz e tranqüilo como deve ser.

Muito obrigada,

Local e data,

Assinatura dos pais 

Assinatura do médico obstetra                  assinatura do pediatra

 

Então, animadas para pensar no seu plano de parto? Estou à disposição caso tenham alguma dúvida nos itens do modelo de plano de parto que coloquei acima.

Lilica

 

Fonte de pesquisa:

http://www.despertardoparto.com.br/modelo-de-plano-de-parto.html

 

E você? Ainda não sabe qual parto deverá escolher? Então clique aqui para saber um pouco mais.

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Expectativas Maternas

Maternidade Ideal X Maternidade Possível

Quando uma mulher se torna mãe, junto com a chegada do bebê, vem também muitas dúvidas, ansiedade, desconhecimento, medos e um misto de sentimentos que sozinhas não damos conta de entender. Seria perfeito se viesse junto com o bebê um manual de como “criar um filho” da melhor maneira possível, mas não vem. Por isso, mamães antenadas recorrem aos blogs de maternidade, textos, livros que nos “ajudam” como educar e lidar com as dificuldades que é criar uma criança.

Nós mesmas, antes de engravidar começamos a ler bastante sobre este universo ainda desconhecido. Com isso, já lemos muita coisa e nem sempre dá para colocar em prática tudo ou porque não concordamos ou porque algumas sugestões não são aplicáveis à nossa realidade.

Assim, no dia a dia, vamos adaptando o que acreditamos e desejamos fazer para nossos filhos dependendo do nosso cotidiano, com o que é possível fazer. Além disso, carregamos muita bagagem, seja ela da própria infância ou do que vivenciamos por toda nossa vida até o que nos tornamos hoje. Dessa forma, somos uma mistura do que desejamos e do que conseguimos fazer, e, assim,  vamos exercendo a maternidade.

Acertando, errando, acertando de novo, questionando o que fizemos, refletindo como podemos nos melhorar e observando que cada filho é um e não existe modelo perfeito de criação.

Acreditamos que a maternidade seja assim, não existe uma “receita de bolo” pronta para seguirmos, vamos construindo ao longo da nossa jornada como mães e pais. Até por que alguns conselhos que recebemos de amigos, parentes e até de  próprias nossas mães, não funcionam tão bem assim com a gente, aí você se reinventa, adapta o que dá e vai seguindo a criação de seu filho, cheia de dúvidas!!!

Enquanto tivermos dúvidas, se estamos acertando ou errando na formação dos nossos pequenos, estamos no caminho certo, pois refletir sobre as nossas ações é o primeiro passo para seguirmos o caminho que acreditamos e achamos que seja o mais adequado.

Dúvidas sempre existirão, por isso existem os blogs de maternidade e o Mãe Só Tem Uma! Para trocarmos experiências, trazermos informações, estudos, reflexões acerca de algo tão complexo que é exercer a maternidade e a paternidade em sua plenitude.

Gostaríamos de abrir esse espaço para essa troca tão bacana acontecer e esperamos que vocês, mamães e papais (também, porque não?) se sentissem acolhidos. Para isso, uma de nossas regras de ouro sempre será o respeito mútuo, pois, assim teremos um ambiente agradável para debatermos ideias, ações e métodos que possam nos auxiliar na criação dos nossos filhos.

Sejam muito bem-vindos!

Com carinho,

Lilica e Nana.