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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Dúvidas mais frequentes sobre nascimento dos dentes

Assunto que mexe com toda a família né? Antes mesmo do primeiro dentinho despontar nas paradas de sucesso já fica todo mundo tenso. Será que vai dar febre? Será que vai alterar o sono? Será que ele vai morder meu peito (pras mamães que amamentam)? Enfim, resolvi fazer um resuminho sobre algumas questões interessantes que envolvem o nascimento dos dentes do bebê e, de repente, sanar alguma dúvida que vocês tenham. Se tiverem mais podem mandar que farei o máximo para responder.

1- Quando o bebê começa a babar muito já é sinal de dente?

Nem sempre. O mais comum é que os primeiros dentes nasçam por volta do sexto mês de vida (alguns bebês um pouco antes e outros até bem mais tarde, depois de um aninho), mas geralmente por volta dos dois ou três meses o bebê começa a salivar muito. Com certeza algum parente ou amigo vai sugerir que tem dentinho chegando por aí, mas sem sempre é bem assim. Até essa fase as glândulas salivares do bebê ainda são muito imaturas, e, quando começam a se organizar começam então a produzir muita saliva. Como o bebezinho não tem maturidade neuromuscular pra engolir toda a baba, aquele aguaceiro começa a escapar da boca. É plenamente normal. Com o passar dos meses ele vai pegar o jeito de engolir.

2- Coçar a gengiva e levar tudo à boca é sinal de dente chegando?

Novamente não necessariamente. Mas (de novo) pode esperar um parente dizer que sim. Desde o nascimento até os 18 meses mais ou menos o bebê vive a sua fase oral. A boca faz parte do tato dele, ele prova texturas e sabores. Por volta dos dois ou três meses ele começa a ter mais firmeza na mão e passa a levar objetos à boca, inclusive suas próprias mãozinhas, e os adultos tendem a associar que ele está coçando a gengiva. Não necessariamente é mentira, mas, assim tão novinho, é mais comum que seja somente pra experimentar o mundo que o cerca.

 

3- Nascimento dos dentes pode causar febre e diarreia.

Não há evidências científicas que liguem febre acima de 38ºC ao nascimento dos dentes ou até mesmo diarreia. O que vemos é que, como a imunidade do bebê ainda não está muito estruturada, e há aquela porta de entrada na boca (a gengivinha rasgando), com o hábito de levar as mãos e objetos à boca, o bebê pode adquirir uma infecção secundária, e, por coincidência temporal, acabamos associando ao nascimento do dente. Isso é o mais comum. Febre acima de 38ºC deve ser sempre comunicada ao pediatra e investigada.

 

4- Como limpar os dentinhos do bebê?

Mesmo antes do primeiro dentinho nascer é importante se fazer a higiene na boquinha do neném, com uma gaze, que pode ser seca ou umedecida com água filtrada. Assim que nascer o primeiro dentinho, uma dedeira de silicone ou a própria gaze facilitarão a limpeza das superfícies dele. Mas, assim que possível, compre uma escova de dentes adequada à idade do bebê. Durante muitos anos se orientou não usar creme dental com flúor, mas essa recomendação mudou. Desde 2015 a Associação Americana de Pediatria se alinhou com a recomendação que já era dada pelo órgão brasileiro de odontopediatria anteriormente de se utilizar creme dental com flúor desde o nascimento do primeiro dentinho do bebê. A quantidade? O equivalente a um grão de arroz. Segundo a Associação, com essa quantidade não há risco da criança desenvolver fluorose (falarei de fluorose em outro post, pode ser?)

 

5- Como ajudar o bebê nessa fase?

Primeiro de tudo, muita paciência. O neném tende a ficar um pouco impaciente pelo desconforto (imagine um siso nascendo no adulto, é a mesma situação), dengosinho, então primeiro de tudo, bastante colinho (e peito, se a mamãe estiver amamentando). O pediatra pode deixar prescrito um analgésico como SOS num caso mais emergencial (não vamos deixar o bebê sofrer né?), e, o que ajuda muito, é oferecer mordedores, principalmente aqueles que podem ser colocados na geladeira, pois a temperatura mais baixa dá uma acalmada na gengiva. Frutinhas geladas (caso o bebê já tenha começado a introdução alimentar) também são bem vindas.

 

6- Meu filho já tem um ano e não nasceu nenhum dente, devo me desesperar?

Calma, fia, não se descabele ainda! Há muitos bebês que têm apresentado a dentição um pouquinho mais atrasada que os demais, mas isso não é motivo para desespero. O que é provável, porém, é que ela demore, sim, para trocar a dentição decídua pela permanente no futuro. Passando um pouco além de um ano, sem sinal de nenhum dente na boca, aí sim cabe levar esse questionamento ao pediatra e ao odontopediatra para exames mais específicos que avaliem a presença dos germes dentários. O mais comum é que, até o final dos três anos a criança tenha todos seus dentes de leite, que são vinte no total (dez em cima e dez embaixo). E aí, já conseguiu contar?

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

Telefone: (21)3342-3931

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Bebê na barriga

Ensaio gestante em dupla!

Você já esteve grávida na mesma época que sua irmã, prima ou amiga? Já imaginou registrar esse momento lindo fazendo um ensaio fotográfico com as duas barrigudinhas? Hoje trouxemos uma matéria e uma inspiração como ideia para esses casos que coloquei acima. Agora irei contar um pouco da minha experiência de fazer um ensaio gestante junto com a minha irmã que também estava grávida! Vem conferir…

Eu estava tentando engravidar já fazia 1 ano e meio e minha irmã resolveu dar um irmão/ã ao filho dela de 10 anos que tanto pedia… Um belo dia ela me escreve uma mensagem me parabenizando porque iria ser titia e como ela tem 4 cachorros e eu sou “dinda” de todos, imaginei que ela tivesse arranjado mais um. Mas não, ela estava grávida! Foi pura alegria…

Duas semanas depois fui visitá-la na casa nova (ela está morando na região serrana atualmente) e confidenciei a ela que minha menstruação estava atrasada fazia duas semanas, mas que os testes de farmácia davam negativo. Lembro das palavras dela: “irmã acho que você está grávida sim!”, não deu outra, eu estava grávida também com uma diferença de 15 dias dela.

Não conseguíamos acreditar em tal façanha, grávidas juntas, sem combinar! A família ficou muito feliz, meus pais teriam dois netos, quase gêmeos e eles seriam primos, quase irmãos.

Decidimos fazer um ensaio juntas (além de fazer os ensaios com os respectivos companheiros também), tínhamos que celebrar essa benção de muitas formas. Entrei em contato com a Letícia Tupper (nos conhecíamos de um colégio que trabalhamos juntas), ela estava fotografando e eu seguindo seus registros, adorava ver as fotos de ensaio gestante e família que ela fazia.

Combinamos no Aterro do Flamengo e no final de fevereiro estávamos lá, em um dia ensolarado muito felizes, cheia de apetrechos e disposição para as fotos. Ficamos muito contentes, pela Letícia ter sido muito atenciosa, além de pesquisar possibilidades de fotos que ficassem legais com irmãs grávidas. Algumas são o meu xodó: como a foto dos rostinhos na barriga, das fitas métricas e do nosso selinho.

Então mamães, escrevo para inspirar e incentivar às irmãs, primas ou amigas grávidas a fazerem um book juntas, são momentos únicos que não voltarão mais e tenho certeza que não irão se arrepender.

Lilica.

 

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Bebê – 1 a 2 anos Chegou ao mundo

Por que crianças mordem e são mordidas na creche?

O assunto é dolorido! Mordida na creche!
Já aconteceu de você ir buscar seu filho na creche, perguntar como foi o dia e se deparar com uma baita marca redonda e até dolorida num bracinho fofinho do seu neném? É uma situação horrível! Mamães leoas não veem nada a sua frente e já vão logo tirar satisfação com as educadoras. Calma!!! Não precisa surtar! É obvio que você leva seu filho para a creche por mil outros motivos e jamais quer vê-lo machucado, mas por incrível que possa ser, mordida entre as crianças pequenas são mais comuns e mais natural do que você possa imaginar. Vamos a algumas explicações pedagógicas.
A primeira coisa que precisamos saber é que crianças pequenas não sabem falar, estão aprendendo a se expressar, suas emoções são variáveis e precisam ser expostas. A criança ainda está aprendendo a se comportar no mundo. A mordida fatalmente ocorre entre crianças de 1 a 3 anos, não só pela imaturidade das emoções e a necessidade de expô-las, mas também por nesta fase elas estarem vivenciando seus prazeres através da via oral. É pela boca que crianças dessa faixa etária sentem prazer e aprendem coisas. Já reparou o quanto colocam brinquedos e diversos objetos na boca?
Outro ponto a se esclarecer é que as mordidas podem não ser só fruto de descobertas da aprendizagem, mas também identificam emoções como irritabilidade, dificuldade de interação no meio social com outras crianças, ou até hábitos que foram desenvolvidos em casa. Quer um exemplo de hábito? Qual mãe não teve vontade de morder seu filho por ser um excesso de gostosura? Se a criança está acostumada a levar mordidinhas da mãe como demonstração de afeto, carinho, talvez ela esteja levando isso para os amigos na creche.
Quando a mordida na creche acontece, o importante é manter a calma e perguntar aos educadores como ela ocorreu. Apesar de ser algo natural, a mordida deve ser combatida, as crianças precisam compreender que morder não é a solução dos problemas. Ao combatê-las, as crianças vão amadurecendo a forma de lidar com as emoções e assumem outras formas de expressá-las. Vale lembrar que as mordidas cessam conforme a fala vai se desenvolvendo, justamente por conseguirem externalizar seus sentimentos.
Portanto, se seu filho foi mordido, procure saber como foi, qual foi o motivo, e não quem foi o “mordedor”, na verdade a criança que mordeu não tem culpa, não podemos vê-la como vilã.  Agora, se o seu filho é a criança que morde, fique mais atenta e sempre o repreenda imediatamente a mordida, caso contrário ele não vai compreender, no momento da mordida mostre a ele que dói, machuca, que não é uma situação agradável. Mordida não é vilã, é conhecimento e paciência!
Até breve com mais esclarecimentos pedagógicos pra vocês!
 
Bianca Santiago
Pedagoga

Adaptação da mãe à creche, saiba aqui. 

Como adaptar seu filho sem mistérios na creche?

Se quiser ler a carta pelo primeiro dia do meu filho, clique aqui.

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Quando levar seu(ua) filho(a) ao ortodentista?

Qual a idade ideal para começar tratamento ortodôntico? Muitos pais se perguntam (e nos perguntam) se há uma idade correta para começar um tratamento ortodôntico. Esta é uma pergunta muito subjetiva pois cada criança pode ter fatores predisponentes ou não, que indiquem que ela precisa ou precisará fazer uso de aparelho nos dentes. No entanto acho seguro aconselhar que há sim uma boa idade para fazer uma PRIMEIRA AVALIAÇÃO ortodôntica que é ainda quando a criança está com seus dentinhos de leite.

O ideal é que toda criança tenha acompanhamento clínico de um odontopediatra, pois assim são maiores as chances de os dentinhos permanecerem saudáveis, e mantendo os espaços adequados para a chegada dos dentes permanentes. Muitas vezes o próprio odontopediatra detecta possíveis problemas ortodônticos e encaminha seu paciente para a avaliação de um ortodontista.

Por volta dos seis anos de idade começa a troca dos dentes de leite pelos permanentes, e entramos na fase que chamamos de dentição mista. Ainda antes de entrar nessa fase uma avaliação com algumas vezes solicitação de uma radiografia panorâmica nos ajuda a prever possíveis problemas, identificando se todos os dentinhos permanentes estão se formando e se estão se posicionando para nascer. Nessa idade também é possível adotar algumas medidas preventivas, como remoção de hábitos ruins (chupar dedo ou chupeta) e até pequenas movimentações, como descruzar um dente mal posicionado.

Caso não haja necessidade de intervenção imediata, uma boa época para reavaliação é por volta dois oito, nove anos. Nessa fase já é possível às vezes prever quando começará o crescimento puberal da criança, e aproveitar essa fase de amadurecimento ósseo para aparelhos ortopédicos, que resolvam discrepâncias ósseas. Sem contar que a criança geralmente já tem mais maturidade e ânimo para se tratar nessa época.

Conclusão, o acompanhamento de um odontopediatra sempre será proveitoso para a criança, prevenirá perdas precoces de dentes, e trará mais segurança aos pais de não deixarem que problemas bucais se prolonguem e demorem mais que o necessário para serem tratados.

Dra Livia Mayer

Endodontista Ortodontista CRO-RJ 32763

Graduada pela UFRJ/ Especialista em Endodontia pela UERJ/Especialista em Ortodontia pela INCO

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Expectativas Maternas

Não, o filho não é só da mãe!

“O filho é da mãe”. Já escutei muito essa frase durante toda a minha vida. Ela sempre me incomodou, mas só recentemente (quando fui mãe) que parei para tentar entender o que ela diz explicitamente e implicitamente, para nós mulheres. 
Em uma sociedade patriarcal como a que vivemos, o papel do homem se resume basicamente em ser o provedor da casa. Muitas vezes não se preocupando nem mesmo com a educação dos filhos. Por esse motivo, a mulher se imbuía em cuidar da casa e dos filhos. 
De 60 anos para cá, elas começaram a sair do reduto da casa, começaram a trabalhar, seja por desejo, por ideologia (de que a mulher pode muito mais do que cuidar de casa e filhos), seja por abertura social ou até mesmo por crises financeiras em que ela se sentiu responsável pelo provimento da casa também. 
A verdade é que a sociedade mudou bastante, principalmente em relação ao papel da mulher na sociedade. Mas as tarefas que até então eram tidas somente como delas, não foram divididas igualmente. A mulher foi para a rua trabalhar e dividir o sustento do lar com o companheiro mas suas funções como dona de casa e mãe se mantiveram exclusivos dela, acumulando mais funções.
O fato de um dos dois sustentarem a casa ou mesmo os dois saírem para trabalhar fora, não significa que fiquem sem obrigações com o lar, principalmente com a criação e educação dos filhos. Quando um casal decide ter um filho (ou mesmo que ele venha “sem querer”) a responsabilidade pelo ato é dos dois.
Colocar na mulher a responsabilidade única e exclusivamente do filho porque ela gerou, vai amamentar ou tem o instinto materno não combina em nada com as mudanças que estão acontecendo na sociedade atual! Primeiro, porque como citei anteriormente, grande parte das mulheres vão para a rua e trabalham como os companheiros, segundo porque mesmo que elas não trabalhassem fora de casa, a responsabilidade pela criação e educação dos filhos são dos pais, tanto a mãe quanto o pai. E se estamos discutindo e revendo tantas questões sociais, por que não mais essa?
Ouvimos desde pequenas que a obrigação com os filhos são nossas, que nós somos capazes que criar bem um bebê e o homem não. Somos “doutrinadas” a brincar de bonecas mesmo que prefiramos carrinhos, porque “a mulher já possui um instinto maternal” e etc. Fico imaginando o que se passa na cabeça de algumas mulheres que simplesmente não têm esse desejo. Como ela é cobrada socialmente e até mal dita. Algumas frases como: “se você não tiver filhos não conhecerá o verdadeiro amor”, “uma mulher sem filhos é uma mulher incompleta, uma mulher seca”, “espere mais um pouco porque essa vontade vai aparecer em algum momento”, “você não terá ninguém na sua velhice”, “a mulher nasceu para ter filhos” e muitas outras que nos moldam e nos podam diariamente.
O tema da matéria de hoje passa por diversas questões (patriarcado, machismo, discussão de gênero e, enfim, o papel da mulher na sociedade), por isso venho abordando um pouco de cada coisa para finalmente chegarmos ao cerne da discussão. Não se admite mais hoje falarmos o jargão “o filho é da mãe” sem o mínimo de raciocínio e pensamento crítico sobre ele. Legalmente os pais deveriam se ocupar do sustento e educação dos filhos, não só a mãe, mas como citei acima, por uma série de questões sociais esse papel é colocado somente para a mulher. E quando isso é questionado, muitos olham com “cara torta”, como se ela fosse menos mãe por querer dividir com o pai essa tarefa bem árdua que é criar filhos. 
Tanto em uma família de pais casados ou separados, o papel é dos dois. Já se sabe da importância da figura masculina na criação dos filhos tanto para meninos quanto para as meninas. Isso é indiscutível. Então cabe a nós, principalmente mulheres, questionarmos esse antigo pensamento e principalmente educar nossos filhos a começar a pensar diferente, pois se quisermos uma sociedade mais justa, nosso primeiro passo é educar em casa para que futuramente a sociedade comece a mudar através dos atos deles. 
O pai pode e deve dar banho, almoço ou jantar, colocar para dormir, estudar, brincar, levar para passear, passar valores, conversar, educar e quem sabe em algumas gerações paramos de ouvir essa frase que me faz arrepiar “o filho é mal educado por culpa da mãe”. Não, o papel é dos dois, é dos pais, e não vamos mais aceitar que toda a conta seja colocadas em nossas costas porque muitas das vezes nos sentimos péssimas por não dar conta de tudo!
 
Lilica. 
 
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Bebê na barriga

Por que devemos cuidar da alimentação antes da gestação?

A nutrição adequada é essencial em todos os momentos da vida. Normalmente, as pessoas reconhecem sua importância durante a gestação, mas não sabem da sua enorme influencia no período pré-gestacional. O que será que o estado nutricional nesse período determina para o bebê e para a mãe?

Se o feto cresce e se desenvolve em ambiente adverso, ele pode ter consequências fisiológicas e metabólicas ao nascimento, na primeira infância ou até mesmo na vida adulta. Isso porque, a nutrição fetal (dependente da mãe) influencia na expressão futura do binômio saúde/doença do indivíduo.

Esse ambiente não é construído no momento em que a mulher já está grávida e sim ao longo de toda a sua vida. O estilo de vida, que inclui a alimentação e o estado nutricional, da mulher antes da gravidez (assim como na gestação) pode interferir no crescimento, desenvolvimento e na construção de hábitos alimentares da criança, a curto ou a longo prazo, por modificar expressões genéticas no feto.

A mulher que possui um cardápio variado e uma alimentação equilibrada nutricionalmente, antes de engravidar, constroi seus estoques de nutrientes e prepara melhor seu corpo para receber seu bebê. Além disso, fica mais fácil de manter hábitos saudáveis durante a gestação, possibilitando que o bebê tenha contato com os diversos sabores dos alimentos ainda na barriga e facilitando sua introdução alimentar no momento oportuno.

A nutrição adequada pré-concepção é extremamente importante para a mãe também. Ela pode evitar, entre outros, parto prematuro, anemia, pressão alta e diabetes gestacional, além de facilitar o seu retorno ao peso inicial e minimizar sintomatologias digestivas na gravidez.

Cuide de você e do seu filho antes mesmo dele existir! Antes de engravidar, reflita sobre seus hábitos de vida. Procure um profissional de saúde especializado para um bom acompanhamento a fim de garantir a sua saúde e do seu bebê!

Anna Carolina Ghedini e Priscila La Marca

Nutriped

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Crianças (a partir de 2 anos)

Desfralde sem mistério

Bianca Scorza

Pedagoga.

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Expectativas Maternas

Expectativas, cobranças e frustrações na maternidade

Qual é a mãe que nunca se pegou criando expectativas em relação ao filho(a)? Já na gestação esperamos que o nosso filho(a) cresça e se desenvolva dentro da “normalidade”. Quando nasce, esperamos que ele mame, coma, desfralde, ande, fale, como todas as outras crianças fizeram. Criamos mil expectativas com relação a esse pequeno ser que estamos gerando dentro de nós: será que se parecerá com a mãe ou com o pai? Vai ter minhas habilidades? Meus defeitos?

Nos esquecemos que mesmo com todas as nossas vontades e desejos (e são as melhores, disso eu não duvido) cada ser é único e que mesmo existindo o padrão que ele deveria se encaixar, existem crianças que crescem menos, engordam mais, falam menos e com muito mais idade, andam com uma idade mais avançada do que a maioria. Levamos as tabelas pediátricas ao pé da letra e quando nosso filho(a) está um pouco diferente do que mostra o gráfico, ficamos ansiosos, nervosos e começamos a nos cobrar como pais, a cobrar nossos pequenos pelo seu desenvolvimento.

A mãe que nunca criou expectativa que atire a primeira pedra! Gosto sempre de me usar como exemplo para mostrar a vocês que erramos sim, não somos perfeitas. Mas os erros podem ser usados por nós para aprendermos com eles e tentarmos melhorar sempre. A minha primeira grande expectativa com o meu filho foi em relação a introdução alimentar (já publiquei um texto sobre a minha experiência com a introdução alimentar do Antonio) e foi um fiasco! Justamente porque ele não estava pronto para receber os alimentos (mesmo após os 6 meses de vida) e quando eu parei de me cobrar e consequentemente de cobrá-lo, ele passou a comer. Ele levou 2 meses para aceitar os alimentos, hoje com quase 10 meses, come absolutamente tudo que eu coloco para ele.

Lembro de um episódio em uma consulta de rotina com o pediatra, do meu marido perguntar ao médico se meu filho estava dentro da curva de crescimento esperado. Ele olhou bem para o meu marido e disse: essa curva existe para termos uma noção do quanto ele deveria estar medindo com tal idade de vida, mas e se você fosse baixinho? E se sua esposa fosse mignon? Esses detalhes genéticos não entrariam na jogada? Bebês da China medem o mesmo que bebês holandeses? Como lidar com esse padrão que criamos para ter um parâmetro?

A questão que quero trazer para a reflexão hoje é: será que precisamos cobrar de nós e principalmente de nossos filhos o desenvolvimento que existe nas tabelas padrões? Será que não devemos aguardar o curso normal de cada criança e esperar que ela ande ou fale sem pressão dos pais e dos familiares? A cada exemplo que fico sabendo de amigos, parentes e vizinhos, tenho mais convicção que cada criança é única e não vai ser pela ansiedade que os pais estão tendo que ela irá mudar o curso do seu desenvolvimento e história para satisfazer nossos desejos.

Devemos sim, estar de olho se ele/ela possa ter algum atraso ou retardo, para procurarmos um médico especialista em determinada área para tratarmos assim que desconfiarmos de algo diferente. Mas a maioria dos pais que vejo nos círculos sociais estão despejando ansiedade e expectativas em seus filhos, gerando assim mais pressão em cima destes.

Não precisamos comparar nosso filho(a) ao amigo da escola, nem ao irmão, muito menos ao primo. Precisamos estar atentos aos sinais, se eles estão bem e se não qual o motivo para agirmos assim que detectarmos algo diferente, mas as expectativas em exagero só nos frustram e pressiona quem mais amamos, nossos pequenos! Pense nisso.

Lilica.

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A gente testou

Canapé festivo – dica de comida para a festa de final de ano

A saúde é construída a partir do estilo de vida que se leva todos os dias, e não apenas das escolhas alimentares realizadas nas festas de final de ano. Esses momentos devem servir para reflexão, amor, carinho e união, não para angústias geradas pela rabanada “detonada”. A nutrição não se baseia apenas na composição nutricional dos alimentos, mas também nos sentimentos envolvidos no ato de comer ou cozinhar, por exemplo. Consumir as preparações típicas de uma data festiva, em uma mesa de família, na qual todos encontram-se reunidos trocando carinho é nutrição. Elogiar o familiar ou amigo que preparou a comida é nutrição.

A quantidade calórica da preparação deve ser a menor das preocupações nesse momento. O importante é a apreciação unida à moderação. Aprecie a refeição e a consuma com moderação, dando esse exemplo às crianças. Não é preciso e nem se deve extrapolar, só porque está disponível uma variedade enorme de pratos salgados e doces.

Junto às preparações típicas, é legal adicionar alguns alimentos que estão no hábito familiar e vão agregar ainda mais valor. Ao invés do arroz branco, porque não preparar um arroz de lentilha? Ao invés de uma farofa de bacon, porque não uma farofa de talos de vegetais? Dessa forma, a tradição da data é mantida e o estímulo aos hábitos saudáveis também.

A NutriPed se uniu à nutricionista Alexandra Vargas e desenvolveu uma receita muito especial para a sua festa de final de ano. Que tal testá-la? Pode ser o prato de entrada da sua festa de reveillon.

 

Canapé Festivo

Molho Pesto

Ingredientes:

– 1 maço de manjericão

– 1 1/2 xícara de chá de azeite

– 1/2 dente de alho pequeno

– 5 castanhas de caju cruas

– 1 pitada de sal

Modo de preparo: Higienizar o maço de manjericão e reservar as folhas. Bater com os outros ingredientes no liquidificador.

Creme de ricota

– 1 peça de ricota

– 1/2 dente de alho pequeno

– Sal e ervas aromáticas a gosto

– Leite integral (suficiente para dar a consistência de creme)

Modo de preparo: Amassar todos os ingredientes sólidos com um garfo. Acrescentar o leite aos poucos para dar a consistência de um creme firme.

Para a base do canapé, utilizar fatias de pão de forma. Descartar as cascas do pão e depois cortar cada fatia em seis quadrados. Em cima de cada quadrado de pão, acrescentar o creme de ricota (primeira camada), depois o molho pesto (segunda camada) e finalizar com meio tomate sweet grape. Bom apetite!

Nutriped

Anna Carolina Ghedini e Priscila La Marca

 

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Bebê na barriga

Curso de banho e primeiros cuidados

Qual mãe e pai de “primeira viagem” não fica com receio de dar banho, trocar roupa e cuidar do pequeno(a) nos primeiros dias? Pensando nisso, existem cursos que te introduzem nesse mundo, com informações importantes e o mais legal, te faz se sentir seguro para você cuidar do bebê sem medo.

Neste post eu venho falar sobre a minha experiência no curso que fiz (junto com meu marido) de banho e primeiros cuidados do bebê. O curso é ministrado pela Stephanie, uma senhora muito atenciosa e preparada que ministra vários tipos de curso sobre recém nascido em Copacabana, no Rio de Janeiro. Stephanie fez vários cursos (inclusive na França) de maternagem e acompanhamento de partos, e há mais de 30 anos ministra cursos para pais grávidos.

Descobri esse curso através da indicação de um grupo virtual de mães que participo.

O curso funciona da seguinte maneira:

  • Dependendo do tema abordado: 2 ou 3 horas de duração;
  • A Stephanie entrega um material escrito com as principais lições que iremos ver no módulo para não ficarmos anotando tudo;
  • O curso é ministrado em uma sala comercial em Copacabana, bem equipada com ar condicionado, tapete, almofadas para nos sentarmos confortavelmente e bonecos que simulam nossos futuros bebês;
  • Cada módulo do curso custa 200,00 o casal (valor do curso em 2015);
  • São somente 7 casais por aula;
  • Ela vende muitos itens importantes e que muitas vezes não achamos com facilidade aqui fora (como por exemplo almofada para amamentação grande de bolinhas de isopor, que pode ser usada com os bebês depois e não tem chance de asfixia, swaddle – aquela mantinha que enrolamos o bebê para parecer que está no útero, só que ele já vem pronto com velcro, calça sem elástico para não apertar o bebê e sim com uma tarja firme, entre outro produtos);
  • Também é servido água, café e um lanchinho para não ficarmos com fome durante as horas de curso.

 

Minha experiência foi a seguinte:

Chegamos lá no horário combinado (as 19:30) de uma quinta feira, pagamos na hora com cheque (ela aceita dinheiro e transferência bancaria também), nesse dia do módulo de banho e primeiros cuidados foram 5 casais, por coincidência todos pais de meninos. Nos apresentamos, falamos quantas semanas estávamos de gestação e o nome do bebê. Os pais também se apresentaram.

Começamos aprendendo a tirar a roupa dos bonecos (sim, eles estavam vestidos com roupas de recém-nascidos!), aprendemos a trocar a fralda e colocar novas roupas. Aprendemos também a dobrar uma fralda de pano caso ocorra uma emergência e tenhamos que usar fralda de pano nos bebês.

O tempo todo tiramos dúvidas, parávamos a sequência do curso e perguntávamos, de forma que todos falaram e tiraram suas dúvidas, de forma leve e espontânea. O legal foi ter uma pessoa bem experiente que sem pressa e com paciência nos sanava as dúvidas sempre com explicações e demonstrações.

Vimos alguns vídeos de banho no chuveiro dado pelos pais, ela falou da importância do contato do pai com o bebê, já que este não amamenta como a mãe. Vimos vídeos também de banho de balde ou ofurô, como preparar, como colocar o bebê novinho, o bebê mais durinho e as vantagens do banho de balde.

Por fim, colocamos a mão na massa (os 5 casais de pais) e demos banho de verdade em uma banheira de pé em um boneco que pesava um pouco mais de 3kg (para simular um bebê de verdade).

Foi uma noite muito agradável, gostei bastante do curso, a Stephanie é bem atenciosa e experiente, o que nos deixa tranquilizada e segura em relação as instruções dadas.

Vou colocar as percepções que tive do curso em resumo:

  • Todos que fizeram o curso eram pais de primeira viagem
  • Todos com 30 ou mais anos
  • Todos atrás de informações pertinentes, falamos de parto e outros assuntos interessantes que inicialmente o módulo não falava, mas a Stephanie respondia à todas as questões sem problemas
  • Apesar de ser pago e não ser baratinho, vale muito a pena, principalmente se você tem insegurança em determinado assunto. O nosso caso por exemplo era a insegurança do pai do Antonio em dar banho e trocá-lo sendo tão frágil e pequeno. Também fiz o curso de amamentação, traremos outra matéria sobre esse módulo.

Então mamães, esse relato foi a minha contribuição de um dos cursos mais famosos que acontecem no Rio de janeiro. Espero ter aguçado a curiosidade de vocês para procurar algum módulo caso tenham interesse. O ideal é procurar o curso com 2 meses ou mais de antecedência, pois como são poucos pais por módulo, eles enchem rápido e por isso vocês podem não conseguir vaga em um determinado módulo que queiram muito.

 

Um beijo carinhoso da Lilica!

 

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Bebê – 0 a 12 meses Bebê – 1 a 2 anos

As vantagens dos brinquedos educativos

Essa matéria inicialmente tratava de brinquedos feitos em madeira mas após escrevê-la, conversei com uma amiga pedagoga que me desmistificou um pensamento que costuma ser comum: “todo brinquedo de madeira é educativo”. Essa afirmativa não é totalmente verdadeira, pelo fato do que o torna educativo é a sua proposta e não o seu material. Para exemplificar, um carrinho de madeira é um brinquedo de entretenimento com o objetivo de distrair e entreter a criança. Ela irá brincar, usará a imaginação em suas brincadeiras, mas não obterá nenhuma aprendizagem efetiva. Os brinquedos pedagógicos, conhecidos como educativos, necessariamente estimulam o cognitivo da criança e consequentemente a aprendizagem. Brinquedos educativos existem para todas as faixas etárias, desde bebê até para crianças maiores, ajudando na alfabetização , conhecimento dos números e até conceitos de quantidades, formas e massas,

Se entendemos que um brinquedo educativo traz uma proposta de aprendizagem, ensinando algo aos pequenos quando eles estão brincando, então, um brinquedo educativo pode ser de madeira, de ferro, de plástico, de pano e de qualquer outro material que a criança possa interagir. Mas, eu confesso particularmente que eu sou doida por brinquedos de madeira! Acho mais bonito, rústico, tem maior durabilidade e é ecológico, pois se descartado no meio ambiente decompõe-se naturalmente, sem componentes químicos que seja prejudicial a natureza, além de ser um ótimo presente já que é  super diferente!

Com os brinquedos educativos a criança é o ator da brincadeira, interage com o brinquedo, monta, puxa corda, empilha blocos, toca instrumentos. Isto não acontece com muitos brinquedos eletrônicos, no qual a criança, muitas vezes observa o brinquedo funcionando e não brinca com ele de fato.

Não quero dizer com isso, que os brinquedos eletrônicos são ruins ou não servem para nada, alguns poucos brinquedos eletrônicos até estimulam o raciocínio da criança mas sinto que estamos deixando de lado a noção da importância dos brinquedos lúdicos (brinquedos que estimulam o desenvolvimentode forma prazerosa) e que realmente agrega o despertar da criança. Com estes, deixa-se brincar; a criança solta a imaginação e mexe no brinquedo da forma como ela quiser, trazendo novas possibilidades e significados. Já o brinquedo eletrônico, direciona as crianças a fazerem determinado movimento ou somente assistí-lo funcionar, tornando a criança um simples espectador da própria brincadeira.

Segundo a psicóloga Carmen Tereza, “os brinquedos de madeira dão a chance de a criança experimentar alternativas. “Quanto mais liberdade, melhor. Os brinquedos eletrônicos são mais definidos, diretos. Os pedagógicos estimulam a criatividade e ajudam no desenvolvimento da linguagem””.

“Ainda de acordo com Carmen Tereza, os brinquedos educativos ajudam na inteligência, na percepção e na noção do espaço e do tempo. A especialista ressalta que ainda existem interações importantes como brincar com os pais e com os amiguinhos. Ela falou que as crianças gostam de trocar de posição com os adultos e costumam assumir o controle da situação. Para Carmen Tereza, os brinquedos educativos são mais atuais do que nunca porque ajudam na constituição psíquica da meninada”.

Os brinquedos educativos de plastico vemos em grande escala nas grandes lojas de brinquedos, já os de madeira e de pano costumam ser mais difícil achar, justamente pelo fato de ser um brinquedo diferente, não se acha facilmente, nas grandes lojas. Como eu gosto muito desse tipo de brinquedo, procuro bastante e achei dois lugares bacanas, com preços acessíveis. Eles são: Mini Einstein (com quiosque em alguns shoppings no Rio de Janeiro e venda online também) e o Quartinho da Dany (mãe empreendedora, vende online). A marca Melissa e Doug também é ótima! Mas não vejo vendendo no Brasil, achei no free shop no Brasil, voltando de uma viagem internacional.

Abaixo eu ilustro essa matéria com alguns brinquedos educativos e brinquedos simples para entretenimento da criança. Meu filho gosta muito de brinquedos educativos, principalmente os de madeira, acredito que seja também pelo meu estímulo. Espero que eu tenha aguçado a curiosidade de vocês, leitores para comprar algum brinquedo lúdico para seus filhos ou até mesmo presentear alguma criança.

Faço um agradecimento especial a minha amiga pedagoga Bianca Scorza, que me ajudou na construção dessa matéria.

 

Fonte:

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/10/brinquedos-de-madeira-ajudam-no-desenvolvimento-das-criancas.html

http://blog.abaratadizqtem.com.br/fique-por-dentro-dos-beneficios-dos-brinquedos-de-madeira/

 

Lilica.

 

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Rótulos dos alimentos – Você sabe o que está comendo?

Os rótulos deveriam ser elementos essenciais de comunicação entre os produtos e os consumidores, e por isso deveriam ser claros a fim de orientar a escolha mais adequada do alimento. Hoje, com a divulgação da importância da leitura dos rótulos, muitas pessoas já têm essa atitude, mas a maioria não entende o seu conteúdo.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA é o órgão responsável pela regulação da rotulagem de alimentos que estabelece as informações que um rótulo deve conter, visando à garantia de qualidade do produto e à saúde do consumidor.

Algumas informações são obrigatórias nos rótulos:

  1. Lista de ingredientes: informa os ingredientes que compõem o produto. A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente deve ser o em maior quantidade. A partir da lista o consumidor consegue detectar algumas substâncias presentes no produto;
  2. Origem: informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante do produto e onde ele foi fabricado. São informações importantes para o consumidor saber qual a procedência do produto e entrar em contato com o fabricante se for necessário;
  3. Prazo de validade: possibilita, em parte, o controle de qualidade do produto;
  4. Conteúdo líquido: indica a quantidade total de produto contido na embalagem;
  5. Lote: é um número que faz parte do controle na produção. Caso haja algum problema, o produto pode ser recolhido ou analisado pelo lote ao qual pertence;
  6. Informação nutricional: é a tabela nutricional.

Outras informações NÃO deveriam estar nos rótulos, por confundirem a cabeça do consumidor, como:

  1. Apresentar palavras ou qualquer representação gráfica que possa tornar a informação falsa, ou que possa induzir o consumidor ao erro. Exemplo: Iogurtes (cheios de aditivos químicos) que demonstram que determinada quantidade equivale a um “bifinho”;
  2. Demonstrar propriedades que não possuam ou não possam ser comprovadas. Exemplo: Determinados produtos demonstrando que seu consumo reduz o risco de doença cardíaca;
  3. Destacar a presença ou ausência de componentes que sejam próprios de alimentos de igual natureza. Exemplo: Óleo sem colesterol. Todo óleo é isento de colesterol por ser de origem vegetal.

Todos estão vulneráveis às mensagens confusas dos rótulos, e por isso, o ideal é dar preferência aos alimentos in natura e deixar para momentos inevitáveis os produtos processados e ultraprocessados. As frutas e os vegetais não apresentam rótulo, porque são originados da natureza, logo não podem nos enganar com informações falsas.

Já os biscoitos, doces e bebidas açúcaradas, por exemplo, passam por processos industriais e sofrem adição de inúmeras substâncias nocivas ao organismo. Esses produtos possuem rótulos que, embora sejam confusos, trazem informações mínimas que podem servir para melhores escolhas.

No mercado, ao realizar a compra de alimentos, é importante separar alguns minutos para a leitura da lista de ingredientes, pelo menos. O açúcar, a gordura e o sal, preferencialmente, não devem estar na lista. No entanto, no caso de detecção de algum deles, devem estar no final, como um dos últimos ingredientes, porque isso significará que estão em menor quantidade.           Quanto menos ingredientes a lista tiver, melhor. Ficar longe de produtos com cinco ou mais ingredientes é fundamental, a não ser que perceba que todos eles sejam alimentos naturais (o que é difícil).

Se o açúcar, a gordura e o sal viessem apenas com esses nomes no rótulo, seria fácil, mas para que evidenciar a grande quantidade desses ingredientes, não é mesmo? Isso, provavelmente, reduziria as vendas e o lucro das indústrias. Existem várias palavras com o mesmo significado, sendo válido saber:

  • Açúcar: xarope de milho, xarope de frutose, xarope de agave, xarope de guaraná, sacarose, lactose, maltodextrina, polidextrose, galapolidextrose, maltose, galactose, dextrose, extrato de malte, açúcar invertido e amido;
  • Gordura: gordura vegetal, gordura vegetal de girassol, gordura vegetal de soja, gordura de soja parcialmente hidrogenada, gordura hidrogenada, gordura hidrogenada de soja, gordura parcialmente hidrogenada, gordura interesterificada, gordura vegetal hidrogenada, gordura vegetal parcialmente hidrogenada, margarina vegetal hidrogenada, óleo de milho hidrogenado, óleo de palma hidrogenado, óleo vegetal hidrogenado, óleo vegetal parcialmente hidrogenado, creme vegetal, composto lácteo com gordura vegetal, margarina e margarina vegetal;
  • Sal: pode estar associado a glutamato, sacarina, ciclamato, caseinato, citrato e propionato.

Com essa base, já é possível uma análise mais crítica no momento da compra dos produtos, certo? Nunca será perda de tempo, mas sim ganho de saúde! Desconfie também de outros nomes que não conhece, provavelmente trata-se de algum aditivo químico, como conservantes, aromatizantes, corantes e/ou edulcorantes.

Atualmente, o consumo de produtos processados e ultraprocessados vem aumentando, e o de alimentos in natura diminuindo. E é isso que temos que mudar! Em determinadas situações torna-se inevitável comprar algum produto industrializado, aí cabe a nós analisar. No entanto, quando não precisamos deles, temos que dar prioridade, SEMPRE, aos alimentos vindos da natureza, cujo consumo deve ser incentivado desde o descobrimento dos alimentos pela criança.

Sabe qual o grande segredo? Desempacotar menos e descascar mais. Consumir comida de verdade! Sejam críticos com as informações e propagandas vinculadas na mídia ou no próprio rótulo dos alimentos.

 

Nutriped

Anna Carolina Ghedini e Priscila la Marca

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Adaptação na creche sem mistérios!

Olá mamães, hoje vamos falar sobre um assunto que traz muita angústia: “Meu bebê vai pra creche, como vai ser? Ele vai se adaptar? Será que vão cuidar bem dele?”

Calma, seu bebê vai ficar bem!!! Toda família que opta por deixar a criança na creche tem seus motivos, e não vamos aqui discutí-los, isto é uma decisão que só cabe à família, mas não se sinta culpada por ter que deixar seu filho na creche, vai dar tudo certo! Vem comigo que eu vou falar sobre como seu filho vai encarar essa nova realidade.

Para começo de conversa, é preciso entender que cada criança tem suas particularidades, ela já entra na creche com sua história, seus costumes, sua educação familiar e até mesmo sua personalidade. Assim como os adultos, cada criança é única, e por isso mesmo não se pode afirmar que toda criança se adapta na creche da mesma forma.

Mas acredite, este momento é bem mais fácil para o seu filho do que para você. Por isso, sugiro que a família veja a situação de forma leve e natural. Crianças são curiosas e geralmente encaram bem as novidades. Ainda há aquelas que já possuem o costume de interagir e/ou conviver com outras crianças seja na pracinha, no momento de lazer ou em família, essas possivelmente vão se adaptar com mais facilidade ao ambiente escolar. O que não significa que não terão problemas, afinal, é um ambiente inicialmente desconhecido.

As creches, em geral, fazem o período de adaptação que normalmente dura cerca de 1 ou 2 semanas. Nesses dias, é muito importante que a mãe, ou alguém da família que seja bem próximo à criança, esteja presente. A criança precisa sentir-se segura nesse ambiente novo. O familiar deve ficar próximo nos primeiros dias e encorajar a criança mostrando a ela o novo espaço, o quanto é divertido, fazendo com que ela interaja com as pessoas e com as demais crianças da creche. Isso pode levar algum tempo e pode não ser tão simples, mas a persistência é imprescindível. É indicado que o adulto responsável diga à criança da melhor maneira possível que ela irá brincar, se divertir, aprender coisas novas, fazer novos amigos e que depois ela voltará pra casa. Assim, a criança não identifica a creche como abandono e separação da família.

É comum que as crianças se incomodem com os primeiros dias e as primeiras horas nesse novo ambiente. Muitas vezes vão chorar e fazer pirraça, essa não é a hora de você se desesperar, ao contrário, é a hora de acalmá-lo, mostrar segurança. Esses momentos podem se repetir por alguns dias seguidos, e, insistentemente, devemos manter o ritual de fazer com que a criança se sinta bem na creche.

A verdade é que a adaptação real dura muito mais do que uma semana, pois interfere bruscamente na rotina conhecida pela criança. Ela deixa de viver a maior parte do dia junto à família para passar muitas horas de convívio único em um lugar ainda desconhecido e com pessoas estranhas. Neste período, é fundamental que a criança vá à creche todos os dias com regularidade, até que ela esteja efetivamente adaptada, caso contrário a criança pode encarar com grande resistência. O importante é que, com o passar dos dias, junto à insistência da família, aos poucos, a criança vai se adaptando a esse novo mundo, às novas rotinas, e no final ela ganhará um universo de novas experiências e todos saem ganhando! E não se esqueçam: a persistência é fundamental!

Bianca Santiago

Pedagoga   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Se quiser ler a carta pelo primeiro dia do meu filho, clique aqui.

Adaptação da mãe à creche, saiba aqui. 

Mordidas na creche: como lidar?

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Dicas de lanches saudáveis para a hora do recreio!

No início da infância, as crianças não têm domínio total sobre suas escolhas alimentares, embora saibam controlar sua saciedade e selecionar aquilo que as agradam mais. Não possuem domínio total sobre suas escolhas por não possuírem autonomia para realizar a compra e o preparo dos alimentos.

Os responsáveis e familiares que residem com a criança ou que estão frequentemente na sua rotina têm o poder de melhorar a qualidade do que é ofertado e incentivar o consumo de alimentos verdadeiros e saudáveis.

Se ao abrir o armário ou a geladeira da cozinha, a criança se depara com alimentos frescos e originados da natureza, em detrimento de produtos ultraprocessados, as escolhas alimentares se tornam mais adequadas naturalmente.

Conforme o tempo vai passando e a idade aumentando, a criança se torna mais ativa nas compras dos seus alimentos. Um exemplo disso é quando ela já recebe um valor em dinheiro para a compra de lanches na cantina escolar.

A partir desse momento ela tem domínio sobre como administrar esse dinheiro de acordo com a escolha dos produtos expostos no local. Em geral, as cantinas escolares oferecem salgados, biscoitos industrializados, bebidas açucaradas e doces. Algumas possuem opções mais saudáveis, como sucos naturais e salada de frutas.

E agora? Será que é possível melhorar o lanche escolar sem retirar a autonomia de escolha e a responsabilidade da criança?

Sim! Lance mão de algumas estratégias. Tente selecionar apenas alguns dias da semana para a compra do lanche na escola, um ou dois dias, por exemplo. Dessa forma, a criança permanece com a responsabilidade de refletir sobre suas escolhas, continua inserida na rotina das outras crianças, e ao mesmo tempo não fica vulnerável a exposição diária de inúmeros produtos industrializados.

Realize uma visita à cantina da escola e verifique quais os alimentos e produtos vendidos, assim como o valor dos mesmos. Em casa, quando a criança retornar da aula, pergunte qual foi a sua escolha e tente incentivar o consumo daqueles mais saudáveis.

Entregue também, a princípio, um valor diário a partir de uma média de preço dos produtos que pesquisou durante sua visita. Assim, minimizará as chances da criança ter troco na compra e pegá-lo em balas ou doces.

Lembrando, que as escolhas alimentares realizadas nessa fase são também consequência da educação alimentar ocorrida desde o início da vida. Então, os exemplos em casa desde cedo ajudam nesse momento.

E quando a criança não realiza a compra do lanche na escola? Quais as melhores opções para levar na lancheira?

É comum, ao abrir as lancheiras escolares, encontrar biscoitos recheados, bolos industrializados, bebidas açucaradas, pães tipo bisnaguinha recheados com embutidos e leites fermentados. Esses produtos apresentam grande quantidade de açúcar, gordura e sódio, e baixo teor de nutrientes importantes para os desenvolvimentos físico e intelectual da criança. Quanto menor a frequência desses produtos na rotina da criança melhor. Vamos falar um pouquinho de alguns deles?

Os pães tipo bisnaguinha são queridos por todos, mas eles contêm o dobro de gordura de um pão de forma tradicional, além de possuírem menos fibras. E se for o bisnaguinha integral? Não adianta muito, pois a quantidade de fibras continua baixa e em algumas marcas a quantidade de sódio nessa versão é ainda maior. As melhores opções para substituição são os pães de forma integrais, de milho, de batatas, e se caseiros, ainda melhor. Que tal convidar a criança para preparar seu próprio lanche escolar?

Os leites fermentados são adorados pelas crianças também. Eles contêm Lactobacilos vivos, que são benéficos ao intestino, porém possuem açúcar. Seu consumo deve ser limitado e moderado, e não deve ser oferecido a crianças menores de dois anos, assim como as outras bebidas açucaradas. Essas bebidas são selecionadas pelos responsáveis, normalmente, por serem práticas e possuírem uma durabilidade maior. Por que será que duram tanto tempo? Reflita!

Por mais que haja uma perda de nutrientes ao manipular a fruta do suco, ela é pequena e continua sendo a melhor opção em comparação aos sucos de caixinha. Faça gelinhos com as polpas das frutas e bata com água antes de sair de casa, para manter a temperatura e deixar menos tempo pronto na geladeira, evitando mais perdas.

Além disso, pingue três gotinhas de limão para cada 200ml de suco a fim de evitar a oxidação da fruta. Quando armazenado em garrafa térmica, melhor ainda, podendo ser consumido até três horas após seu preparo.

Quanto aos embutidos, como presunto, mortadela e peito de peru, são restos de carnes com aditivos químicos. Será que isso é bom para a saúde? As pastinhas caseiras são as melhores opções. Elas podem ser preparadas em um dia e duram em média por até três dias na geladeira. Adicione, por exemplo, frango desfiado, iogurte natural, ricota e legumes!

Monte o lanche escolar com ajuda da própria criança para que ela dê sugestões e possam debater juntos sobre as melhoras escolhas. Em geral, é importante ter uma fonte de carboidrato (pão ou bolo caseiros), uma fonte de proteína (pastas caseiras protéicas, iogurte natural ou queijo) e uma fonte de micronutrientes (fruta ou suco da fruta).

Use a criatividade e capriche no lanche! Essa refeição não é ocasional, ela é um hábito da criança, pois é realizada em grande parte da semana!

 

Priscilla La Marca e Anna Carolina Ghedini

Nutricionistas da Nutriped

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Dicas para criar uma criança de forma saudável

Uma criança tem que ser saudável em todos os aspectos e criando um hábito até a fase adulta. A influência dos pais é muito importante para que ela tenha a noção do como é essencial que pratique sempre os hábitos mais saudáveis e que todos os dias isso aconteça, pois, as crianças não carregam o pensamento e a responsabilidade que faz com que pensem que isso tem que ser efetuado todos os dias.

Isso desde recém-nascido! Pediatras afirmam e dão a dica que um bom pré-natal desde o início da gravidez, leva a um parto saudável, ajuda a prevenir e descobrir doenças com antecedência.

Outro cuidado necessário é a amamentação adequada. O leite materno deve ser o único alimento do bebê nos primeiros meses de vida. A partir dos seis meses, devem ser introduzidos na dieta, frutas e legumes. Mas a amamentação não deve ser suspensa até os dois anos.

Separamos algumas coisas que são essenciais na saúda da criança. Confira:

  • Até os seus três anos, é EXTREMAMENTE IMPORTANTE que as vacinas estejam em ordem e que a criança acompanhe o cartão de vacinas sem nenhum atraso. A vacina é muito importante na saúde da criança, ainda mais quando é muito nova e completamente indefesa.
  • Praticar esportes é algo que deve ser essencial. É muito bom que isso seja influenciado desde pequeno, para que ele não tenha o risco de ter um sobrepeso. O esporte também é muito bom para um estímulo da criança, que é físico e mental. Desse jeito ela se sente melhor e tem o hábito alimentar saudável. Natação, por exemplo, é um esporte que oferece todos esses tipos de benefícios.
  • Saúde mental é algo que toda criança precisa antes de qualquer coisa. Ela se desenvolve com pais presentes, com conversas, com muito amor e carinho para dar ao filho. Um ambiente calmo favorece muito a saúde dela.
  • A higiene contribui muito com a saúde. A partir do momento que o dente da criança nasce, é importante que comece a escovação todos os dias. O hábito de lavar as mãos sempre que ela for comer ou brincar, também é importante. Incentivar a higiene da criança, ajuda na saúde desde sempre e mais para frente, o seu filho vai ter cuidados que aprendeu desde pequeno.

Essas dicas foram absorvidas através de uma pesquisa realizada com um pediatra profissional. O que achou? Você está incentivando a saúde do seu filho? Conte para nós os hábitos dele.

 

Carolina Almeida

É colaboradora do blog Mãe Só Tema Uma e escreve para o blog Família & Cia