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Seio pequeno produz leite?

Quem nunca teve medo de amamentar porque tem seio pequeno? A verdade é que existe um mito muito grande em torno do tamanho dos seios na amamentação.

Muitas mulheres acreditam que não produzirão leite porque tem seios pequenos, quase sem volume, por exemplo. Principalmente porque pessoas dizem para a futura mãe ou recém mãe (já vi casos dentro da maternidade) que ela não terá leite suficiente para alimentar seu (ua) filho (a).

É obvio que isso desestimula a pessoa que as vezes já está tendo dificuldade de pega, de posição ou mesmo o bebê está se ajustando a amamentação passando pelo puerpério. Algumas mulheres relatam que é uma dor emocional horrível ouvir isso de profissionais da saúde que ao invés de desencorajar as mães, deveriam ao contrário, ensinar técnicas, falar coisas boas e positivas para essa recém mãe que também está aprendendo a amamentar.

Mas, ao entender a lógica do funcionamento da produção do leite, percebe-se que independentemente do tamanho do seu seio, você produzirá leite. Pois é, o tecido glandular quem produz leite e não o tecido adiposo (gordura) que dá contorno e volume na mama.

Sem contar que leite é fábrica e não estoque. Então se você estimula o seio colocando o seu bebê para mamar com frequência o corpo entenderá que precisa produzir mais para alimentar o bebê, tornando um ciclo vicioso bom, pois o corpo entenderá exatamente a quantidade de leite que o bebê está demandando.
Caso queira estimular além do que o bebê mamar, você pode fazer isso com uma bomba extratora de leite.

É claro que existem alguns casos de má formação mamária (hipoplasia) que a mulher terá mais dificuldade em produzir leite sim, mas são casos raros e devem ser muito bem analisados e estudados para se chegar a conclusão que aquela mãe não conseguirá produzir muito leite.

Não dá para “condenar” uma mulher olhando superficialmente o tamanho das mamas dela. Até por que os seios incham, aumentam de tamanho com a apojadura, então, o tamanho não será aquele da gestação ou do pós nascimento antes da “descida do leite”.

O que aconselhamos a todas vocês mulheres que estão tentando engravidar ou grávidas: ESTUDEM sobre o tema! Estudem sobre amamentação, como acontece o processo de produção do leite, sobre o colostro, sobre a apojadura, sobre as melhores posições para amamentar, sobre possíveis intercorrências (problemas).

 Pesquisem sobre todo o processo, como o bebê faz para extrair o leite do seio e tudo o que gira em torno dele, para que se alguém tentar te desencorajar com esses tipos de comentários negativos, você saiba que não é verdade e consiga contestar todos os argumentos sem fundamentos das pessoas despreparadas e sem noção que esbarram conosco.

Se é a sua vontade de amamentar e alimentar seu filho com o seu próprio leite busque informações e esteja cercada de pessoas que também irão te apoiar ao invés de te julgar e te botar para baixo, incentivando o uso de leite artificial ou de mamadeira.

É claro que o leite artificial salva vidas mas ele é o último recurso que usamos para resolver questões de dificuldades na amamentação. Uma mãe empoderada com informações e com apoio dentro da sua família, tende a ter maior êxito na amamentação mesmo que passe por alguns percalços

Se você deseja saber mais sobre amamentação clique aqui.

Você também pode se interessar por leite anterior e posterior. Leia a matéria aqui.

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Carta para a mãe que não amamentou

Querida mãe que acabou de parir e está na luta para amamentar, eu queria te dizer umas palavras, diferente do que a maioria das pessoas falam, eu queria te acolher nesse momento delicado.

A maioria das pessoas colocam na mulher a carga por não ter conseguido amamentar seu filho. Apesar de parecer algo fisiológico (afinal somos mamíferos), não é tão simples quanto parece a amamentação.  Primeiramente que a ideia da amamentação de um bebê por pelo menos seis meses e em livre demanda, exige que a família “compre” essa ideia junto com a recém mãe, pois ela precisará de apoio emocional e físico.

Tudo o que o pai não conseguir fazer em relação dar de mamar, o restante ele conseguirá estando presente, dando apoio emocional, físico, encorajando dessa mulher que está num momento frágil da sua vida.

O pai ou a rede de apoio da mulher, pode por o bebê para arrotar, trocar a fralda, pegar água para  a mulher, botar o bebê para dormir pós mamada. A mulher não precisa se sentir sozinha nessa jornada que muitas vezes se torna muito desafiadora.

Eu sei que você se preparou para esse momento mágico com seu filho(a) buscando informação, fazendo cursos, para tudo sair como o esperado e desejado. Mas nem sempre as coisas saem como planejamos, muitas vezes alguns acontecimentos independem de nós.

Eu queria te falar que se por algum motivo de força maior ou até mesmo de necessidade ou escolhas pessoais que fazemos para tentar sobreviver ao caos que é passar pelos primeiros dias com um bebê recém-nascido, NÃO se sinta culpada.

Nós, mães, fazemos de tudo o que está a nosso alcance, mas nem sempre conseguimos beirar a perfeição! Se você amamentou pouco, teve que complementar com leite artificial, sofreu alguma cirurgia de urgência que te impediu de amamentar, ficou doente ou qualquer outra situação que fez seus planos mudarem em relação a amamentação, calma. Nem tudo está perdido.

Podemos nos dar o momento de ficarmos tristes sim, pois nossos planos não foram alcançados mas tente não se culpar, por favor. Já carregamos tantas culpas ao longo dessa jornada que é a maternidade, então, se você puder tirar pelo menos essa culpa dos seus ombros, já irá te ajudar bastante.

Quando damos leite artificial a nossos filhos, por motivo de força maior, estamos dando amor também, estamos dando alimento que o fará ganhar peso, crescer e se desenvolver. Por isso, você está fazendo o melhor para ele(a) dentro das suas possibilidades e não, você não será menos mãe por isso. A sua jornada como mãe, conta com muitos outros fatores ao longo da vida do bebê do que somente a amamentação exclusiva no seio materno.

Tenha orgulho da sua jornada como mãe, por tudo o que você fez e faz pelo seu filho, deixando de lado a culpa que nos assombrar sempre que a palavra “amamentação” surgir. Você tentou, lutou, as vezes, por falta de informação foi levada a situações delicadas mas esteve sempre buscando o melhor para ele. Você não é menos mãe por isso!

Talvez esse texto te interesse: http://www.maesotemuma.com.br/primeiros-dias-da-amamentacao/

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Bebê – 0 a 12 meses

Primeiros dias da amamentação

As mães em geral têm muito receio da amamentação: de ouvir falar situações difíceis dos conhecidos, de não ter leite, de machucar…. Muitas nos procuram para fazer o curso de casais grávidos e gestantes focando mais nessa parte. O que é muito bom porque elas estão buscando informações para esse momento importante.

Para começar, apesar de amamentar parecer ser algo natural, nem sempre é simples e existem muitas informações confusas por aí. Na dúvida, sempre procure por uma consultora de amamentação para ajudar neste momento. Por isso trouxemos algumas dicas importantes para esse momento. Confira abaixo!

•             primeira vez amamentando: o que vai acontecer?

Na primeira vez, ainda não sairá o leite materno, mas sim o colostro. Sai pouco, no início vai dar saciedade por bastante tempo, porém depois de algumas horas o bebê começará a sentir mais fome e pode ser que ele queira mamar em um intervalo mais curto. Tente, se possível, amamentar o bebê assim que ele nascer.

•             posso oferecer o seio sempre que ele quiser?

Claro! O peitinho é sempre bem-vindo. Nas primeiras 24h de vida, o bebê dorme um pouco mais e pode ser mais difícil para vocês acordá-lo. Enquanto você tiver colostro, pode estimulá-lo a cada 3 ou 4 horas.  Mas se ele quiser mamar em menor intervalo, sem problemas. Depois, quando o leite descer, o bebê escolherá o seu próprio ritmo e você pode oferecer em livre demanda.

•             O que fazer quando as mamas estiverem duras?

Massagem e ordenha (manual ou na bomba). O leite materno é um filtrado do sangue, por isso, não se deve colocar compressas mornas, quentes ou frias. Isso porque o calor ajuda a vir mais sangue para as mamas e, assim, aumentar a produção do leite. E se colocar compressas geladas, as mamas que já estão com o leite “gelatinoso”, endurecerão e deixarão o leite mais preso nelas.

•             Como eu faço a massagem?

Deve ser feita em movimentos circulares, com as pontas dos dedos, sem deslizar os dedos sobre a mama. Primeiro, ao redor da aréola, depois ao redor do seio todo, como se fosse um alvo, do centro para fora. A massagem deve ser feita até a mama amolecer, e depois a ordenha. Mas a ordenha não pode ser feita por mais que 15 minutos, para não estimular a produção exagerada.

•             como saber se a pega está correta?

Quanto mais aréola tiver em contato com a língua, melhor será a mamada. O mamilo deve encostar no “céu da boca”. Para isso, encaixe o peito com o bico voltado pro nariz do bebê, em um movimento de nariz pra boca. O lábio inferior do bebê tem que ficar no limite da aréola e a boca deve estar com os lábios voltados para fora, a bochecha redonda, sem covinhas e a mamada sem barulhos.

•             E se aparecerem machucados?

A primeira coisa é corrigir a pega, pois se ela estiver errada, gera as lesões. Depois passe o seu próprio leite, pois além de hidratar e limpar, ele também cicatriza.

Você ir até um Banco de Leite Humano, obter ajuda gratuita ou contratar uma consultora de amamentação que irá até a sua casa.

Clique aqui para achar um banco de leite mais próximo de você! https://rblh.fiocruz.br/localizacao-dos-blhs

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Questão de saúde

Amamentação: guia básico

Olá, papais e mamães.

Se você está perto de ter o bebê ou acabou de tê-lo, pode estar com algumas dúvidas sobre esse momento.

Para isso, trouxe um guia básico sobre as informações mais importantes sobre esta nova etapa: amamentação.

Para começar, apesar de amamentar ser algo natural, nem sempre é simples e existem muitas informações confusas por aí. Na dúvida, sempre procure por uma consultora de amamentação para ajudar neste momento.

 

  • Primeira vez amamentando: o que vai acontecer?

Na primeira vez, ainda não sairá o leite materno, mas sim o colostro. Sai pouco, no início vai dar saciedade por bastante tempo, porém depois de algumas horas o bebê começará a sentir mais fome e pode ser que ele queira mamar em um intervalo mais curto. Tente, se possível, amamentar o bebê assim que ele nascer.

  • Posso oferecer o seio sempre que ele quiser?

Claro! O peitinho é sempre bem-vindo. Nas primeiras 24h de vida, o bebê dorme um pouco mais e pode ser mais difícil para vocês acordá-lo. Enquanto você tiver colostro, pode estimulá-lo a cada 3 ou 4 horas.  Mas se ele quiser mamar em menor intervalo, sem problemas. Depois, quando o leite descer, o bebê escolherá o seu próprio ritmo e você pode oferecer em livre demanda.

  • Ofereço as duas mamas ou apenas uma só?

Não existe regra. Oferecendo uma mama depois da apojadura (descida do leite), o bebê mama mais gordura, ganha peso e fica saciado. Porém, pode ser que suas mamas estejam muito cheias e você queira oferecer as duas mamas a ele. Na mamada seguinte, comece pela última mama que você ofereceu.

  • O que é apojadura?

É o momento em que o colostro é substituído pelo leite. Em geral, acontece entre 3 e 5 dias. Você saberá que o leite desceu através de alguns sinais, como: a mama fica quente, dolorida e dura. Você passará a produzir uma quantidade bem maior de leite do que o bebê consegue mamar. Por isso, o leite acumula virando uma gelatina, dando aspecto mais endurecido ao seio. Isso acontecerá apenas no início, porque depois de uns dias seu corpo perceberá qual é a demanda do bebê e parará de produzir em excesso.

E sempre que você ficar um período grande sem amamentar, suas mamas podem ficar mais duras.

  • O que fazer quando as mamas estiverem duras?

Massagem e ordenha (manual ou na bomba). O leite materno é um filtrado do sangue, por isso, não se deve colocar compressas mornas, quentes ou frias. Isso porque o calor ajuda a vir mais sangue pras mamas e, assim, aumentar a produção do leite. E se colocar compressas geladas, as mamas que já estão com o leite “gelatinoso”, endurecerão e deixarão o leite mais preso nelas.

  • Como eu faço a massagem?

Deve ser feita em movimentos circulares, com as pontas dos dedos, sem deslizar os dedos sobre a mama. Primeiro, ao redor da aréola, depois ao redor do seio todo, como se fosse um alvo, do centro para fora. A massagem deve ser feita até a mama amolecer, e depois a ordenha. Mas a ordenha não pode ser feita por mais que 15 minutos, para não estimular a produção exagerada.

  • Como saber quanto que o bebê mamou?

Repare nas fraldinhas sujinhas em um dia. Se ele sujar seis, ele está mamando bem. Quanto mais ele mamar, mais fraldas vai sujar.

  • Como colocar o bebê pra mamar? Se não fizer direito, machuca?

A pega é realmente muito importante. Se ela estiver errada, pode machucar bastante, além do bebê não mamar o que precisa. E ele acaba emagrecendo, o leite diminuindo, afinal, se o leite não “está saindo”, o corpo não produz mais.

Pra entender sobre a pega, é importante saber que o bebê mexe a mandíbula e a língua pra mamar. Dessa forma, a língua deve massagear a aréola e não o bico. A pega correta não dói e não machuca.

  • Quem tem bico pequeno pode amamentar?

Claro, o bico serve para “tocar o céu da boca” e lembrar o bebê de começar a mamar. Onde o bebê tem que apertar para o leite sair é a aréola.

  • Como saber se a pega está correta?

Quanto mais aréola tiver em contato com a língua, melhor será a mamada. O mamilo deve encostar no “céu da boca”. Para isso, encaixe o peito com o bico voltado pro nariz do bebê, em um movimento de nariz pra boca. O lábio inferior do bebê tem que ficar no limite da aréola e a boca deve estar com os lábios voltados para fora, a bochecha redonda, sem covinhas e a mamada sem barulhos.

  • O que fazer antes de amamentar?

Limpe o seio somente com o seu leite. Além de hidratar, ele limpa melhor que água, removendo as bactérias da pele.

  • E se aparecerem machucados?

A primeira coisa é corrigir a pega, pois se ela estiver errada, gera as lesões. Depois passe o seu próprio leite, pois além de hidratar e limpar, ele também cicatriza.

  • Depois de amamentar, o que devo fazer?

Colocar o bebê para arrotar. Nem sempre ele arrota, somente se tiver engolido ar. O ideal é que mantenha-o em pé por uns 15 minutos e depois pode colocá-lo no berço de barriga para cima.

 

Nana.

 

Fonte de pesquisa: Maternidade Perinatal

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Carta pelo desmame do meu filho

Rio de Janeiro, 22 de novembro de 2015.

Querido filho,

Hoje eu quis deixar registrado o meu muito OBRIGADA por esses 17 meses em que fomos um parte do outro a cada vez que pude amamentar você.

Obrigada por me permitir realizar o meu grande sonho! Obrigada por receber toda a minha dedicação incansável de amamentação.

Sabe, por você eu faria tudo de novo, choraria as mesmas primeiras lágrimas quando te amamentei pelas primeiras vezes e pensava que era uma dádiva ter você em meu colo. Choraria as lágrimas de dor de novo, aquelas quando o meu seio passou pela adaptação do colostro para o leite, ou do bico muito machucado. Doeu, filho! Doeu um bocado! Mas cada vez que te olhava, pensava: “ele merece qualquer sacrifício meu”.

Não tenha dúvidas que eu acordaria três, quatro, infinitas vezes nas madrugadas para te alimentar novamente, se fosse preciso, só para te ver dormindo no meu aconchego depois de estar com a barriguinha cheia.

Esses momentos me fizeram com que eu me sentisse única e especial! Afinal, eu era a sua ÚNICA fonte de alimento. E como você cresceu através do meu leite! Eu me sentia tão orgulhosa por ter conseguido e você foi um dos grandes responsáveis pelo nosso êxito nesta linda e árdua tarefa.

Era mágico ver o seu sorriso toda vez que eu te mostrava o meu seio e te dizia: “Filho, quer peitão??” e você como um pequeno esfomeado, se jogava em mim, louco pra mamar.

Foi com você que dei divertidas risadas, toda vez que minha concha de seio estava cheia e, por ter me esquecido disso, me abaixava e uma cachoeira escorria pela minha blusa.

Você me permitiu doar o excedente do seu leite durante 9 meses para tantos bebês que precisavam. E me mostrou que a gente deve ensinar a caridade para as crianças desde bebês.

Nunca me esquecerei das diferentes posições de amamentação que criamos e que você se divertia. Tampouco as vezes em que seus dentinhos nasceram e você, com toda a delicadeza, evitava me machucar.

E os carinhos que recebi enquanto você se esbaldava de tanto mamar?? Como eu vou sentir falta!! Eles me diziam que você estava muito grato. E eu peço a Deus para que nunca me esqueça do seu olhar risonho e feliz!

Mas hoje… hoje eu sinto que você não precisa mais do meu seio, você não o deseja mais. No fundo, eu queria continuar, porque continuar significa pra mim manter o nosso vínculo afetivo sempre MUITO visível a todos, já que neste momento somos você e eu, eu e você! E só nós dois nos bastamos! A verdade é que sei que mais uma página da nossa história foi escrita e agora caminhamos para uma novinha em folha.

Eu acho que depois que o médico cortou o seu cordão umbilical que nos uniu durante 40 semanas, o desmame é mais um novo marco de sua independência. E sabe, estou muito ORGULHOSA de você! Porque já não te vejo mais como um bebezinho! Você caminha rumo ao mundo que terá pra conquistar! Vai, filho! O mundo é todo seu!

E, se algum dia você tiver um irmão(ã), tentarei ter com ele/a o mesmo empenho que tive por você.

Por tudo isso, só posso te dizer MUUUUITO OBRIGADA!! MUIIITO mesmo!!

Com todo o meu carinho e amor,

Mamãe (Nana).

 

*Dedico este texto ao meu amado Theo.

O desmame do Antonio, filho da Lilica, também foi retratado por aqui.

Se você quiser ler a carta para o primeiro dia de creche, clique aqui!

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

A doce-árdua tarefa de amamentar

Olá, mamães!

Hoje venho falar de algo MUITO importante na vida dos nossos bebês, mas ao mesmo tempo uma tarefa muita cansativa e desgastante: a amamentação.

Temos visto muitas campanhas pelo aleitamento exclusivo do bebê até os 6 meses de vida. Principalmente porque no Brasil temos taxas baixas de aleitamento até os 6 primeiros meses (a taxa média no Brasil é de 41% de aleitamento até os 6 meses).

Todas nós sabemos que não seria fácil amamentar, principalmente se for o primeiro filho. O bico dos seios ainda não estão acostumados a alguém sugando o tempo todo, por isso o sofrimento inicial. Por isso, não desista fácil. Leia, se informe, procure ajuda para conseguir amamentar seu bebê.

Além de todas as dificuldades encontradas no caminho (bico rachado, leite empedrado, mastite, dores, sangramento no bico do seio, sensibilidade, baixa produção, falta de apoio familiar, retorno precoce ao trabalho) muitas vezes a amamentação nos leva à exaustão.

Eu não tenho dúvidas em relação a isso, meu bebê mamou até os seis meses somente no seio e as madrugadas foi a parte mais difícil de todas. Normalmente meu bebê acorda de 2 a 3 vezes a noite para mamar, sem contar as noites que ele acorda de hora em hora. A privação do sono é algo aterrorizante para mim! Mas calma, isso vai passar. É o que todos me dizem. Hoje, com 1 ano e 4 meses ele ainda mama mas bem menos que no começo, a ponto de ser bastante diferente todo aquele cansaço de alimentar exclusivamente no seio.

Confesso que só fui sentir prazer em amamentar depois do primeiro mês, mesmo não tendo problema de pega e nem rachaduras, os bicos dos meus seios ficaram bem sensíveis e eu sentia incômodo. Então, não se desespere, as coisas vão melhorar!

Depois desse período inicial da amamentação comecei a curtir bastante. Com mais ou menos três meses meu bebê começou a interagir comigo, passando a mãozinha no seio, mexendo no sutiã, até que um dia ele mamou olhando nos meus olhos! Me derreti toda, e percebi o quanto tinha valido a pena insistir na amamentação exclusiva.

Quando retornei ao trabalho, com 4 meses e 15 dias de vida do meu filho, o desafio aumentou, pois para continuar a amamentação exclusiva tive que ter muita disciplina para tirar o leite com a bomba, conseguir potes de vidro com tampa de plástico, armazenar no congelador adequadamente com data e hora da coleta. Além da higienização e esterilização de todo o material utilizado. Aliado a isso, um dos dias trabalhava próximo a minha residência, então pedia para a cuidadora levar meu filho até o colégio que trabalho na hora do recreio para amamentá-lo e foi uma experiência única, apesar de todo o esforço.

Se formos pensar em toda a vida de seu filho, o que são 6 meses perto de tudo que ele irá viver (e bem) depois?! Tenho conseguido essa façanha até aqui com muito pensamento positivo e apoio de amigas, mãe, irmã e esposo. Sem contar que ficamos muito felizes e satisfeitas quando vemos o quanto eles cresceram, estão fortes e com saúde por causa do leite materno.

Para te encorajar, irei citar alguns benefícios do leite materno para o bebê:

Evita bebês desnutridos ou obesos

Protege o bebê de doenças

– Desenvolve os músculos da língua e maxilar

Aumenta o vínculo entre mãe e filho

Sem contar os benefícios para as mães também, como auxílio no emagrecimento, recuperação mais rápida do pós parto, diminui risco de câncer de mama e doenças cardiovasculares.

Uma dica valiosa que tenho para dar as mamães que ainda irão amamentar: beba muito líquido, todos os dias. Eu bebo três litros de água e mais suco, vitamina e iogurte. A água abundante ajuda muito no processo de produção, além de nos deixar hidratada e ajudar no emagrecimento.

Caso, tenham dúvidas ou dificuldades com a amamentação entrem em contato com o Instituto Fernandes Figueira (RJ), telefone: 08000 26 88 77 ou com o Grupo Virtual de Amamentação.

 

Fonte de pesquisa:

Data SUS: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/g14.pdf

https://www.sbp.com.br/arquivo/confira-os-beneficios-que-a-amamentacao-traz-a-maes-e-filhos/

 

Lilica.

 

Se você quiser saber mais sobre a importância da informação para a amamentação, clique aqui. 

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A importância da informação para a amamentação

A amamentação é uma assunto muito importância para nós do Mãe Só Tem Uma, sabem por quê? Porque eu (Lilica) e a Nana acreditamos que a amamentação seja ESSENCIAL para os nossos bebês. Por isso, colocamos matérias esclarecedoras, escrevemos e pesquisamos para dar o máximo de informações a você, mamãe que vai amamentar ou está amamentando.

A informação é muito importante para, nós mulheres, encararmos a amamentação de forma mais natural e simples possível, apesar de sabermos que não será fácil. Todas as vezes que conversei com mulheres mais velhas (que amamentaram), elas me falavam a mesma coisa: tem que ter perseverança, muita paciência e força de vontade. Já citei em um outro artigo que fiz, a doce-árdua tarefa de amamentar, as dificuldades que encontramos ao longo do percurso para amamentar e elas não são poucas e nem tão simples de se resolver.

Acredito que com informação podemos ir mais longe, então vou dar dicas para uma amamentação mais tranquila e prolongada possível:

  • Informe-se: assim que engravidar (ou se está tentando) comece lendo artigos, blogs, entre em grupos de mães e grupos de apoio à amamentação.
  • Busque apoio em quem tem prática: aqui no Rio de Janeiro temos o Instituto Fernandes Figueira e o Grupo Virtual de Amamentação que irá te passar informações corretas sobre as principais dúvidas ou dificuldades na amamentação.
  • Faça um curso sobre amamentação: cursos sérios, que irão te passar informações básicas e decisivas para te auxiliar nesse primeiro momento que estamos tão inseguras e sensíveis.
  • Não dê ouvidos a opiniões pessimistas: já ouvi muitas mamães dizerem que não têm apoio familiar, que os próprios parentes acabam dando opiniões que nada ajudam na hora da dificuldade. Então filtre-os! Você não precisa absorvê-los. Além de te fazer mal e se sentir culpada, irá te fazer desistir antes do que você queria.
  • Não tenha preguiça: amamentar é algo cansativo, eu sei, principalmente a noite. Mas se você acredita que amamentar é o melhor alimento que seu filho pode ter e que fará diferença na vida dele toda, faça um esforço, pelo menos durante os 6 primeiros meses de vida do seu bebê.
  • Não desista: mesmo com todas as dificuldades (leite empedrado, pouco leite, bico do seio rachado, bico invertido, pega errada, falta de apoio familiar, cansaço) não desista! Peça ajuda, vá em busca de auxílio especializado (pode ser público ou particular) para conseguir ultrapassar as barreiras e conseguir amamentar.
  • Não se sinta culpada caso não consiga depois de todas as tentativas acima: é óbvio que as mães querem o melhor para seus filhos, mas existem situações limites que não conseguimos chegar aonde almejamos, faça seu melhor e caso algo aconteça fora do planejado, você não será a pior mãe do mundo por isso.

 

Também deixo o endereço com dados de bancos de leite em todo o Brasil. Acredito que essa seja uma das mais importantes informações que podemos passar para vocês leitoras. Como disse acima, a informação é uma das importantes armas para usarmos a favor de nós mesmos no quesito amamentação. Estamos à disposição caso precisem de esclarecimentos sobre amamentação. Boa mamada para seu(sua) filho(a)!

Lilica.

 

Se você quiser saber mais sobre a importância de amamentar, não deixe de ler sobre mais sobre este tema aqui. 

 

Aqui tem uma carta para as mães que não conseguiram amamentar.