Categorias
Expectativas Maternas

Eles vão crescer

Eles vão crescer.
Um dia, eu terei saudades daquele cheiro de leite que sua pele emanava.
Vou sentir falta de ser a primeira palavra que ele dizia ao chegar em casa (“mamãe”) e até mesmo de ser chamada seguidamente pra que resolvesse as suas necessidades.

Eles vão crescer.
Meu colo será motivo de vergonha quando for na frente dos amigos. Logo aquele que era mágico e curador.
Eles vão me dizer que eu não sei de nada. Logo eu, que sempre fui a pessoa a quem eles sempre confiavam pra saber de tudo.

Eles vão crescer.
Vão me dizer que eu não tenho que ser tão paranóica, que nem tudo é maldade no mundo e que eles precisam viver suas vidas. Imagina! Eu que sempre estimulei sua independência.

Eles vão crescer.
Vou sentir falta de olhar pras camas e encontrar os melhores feitos que tive na vida. Saberei que na madrugada eles estarão em festas, com as namoradas ou até em suas próprias casas. Meu coração vai apertar porque tudo o que eu mais gostaria seria dividir a minha cama com eles, ainda que não coubéssemos os 4 ou que dormir fosse uma missão impossível ali.

Eles vão crescer.
Vão me dizer que estudarão em outras cidades, outros países e que precisam ganhar o mundo. E eu vou sentir falta de quando eu era o mundo deles.

Eles vão crescer.
E me dirão como devo agir, porque agora eles serão os detentores da verdade. Eu já serei a “caduca”, “atrasada” ou “a que não se atualizou”. E fui eu que ajudei a aprender suas primeiras letrinhas.

Eles vão crescer.
Mas eu não quero. Me deixa, tempo, continuar a organizar suas festinhas de aniversário, ir brincar de bola, fazer bolo com eles ou assistir os seus desenhos favoritos.

E quando eles crescerem, se eu tiver sorte, terei netos.
Eles serão a última chance que a vida me concederá para relembrar da infância dos meus pequenos.
Os netos são a oportunidade de experimentar a maternidade suave, aquela em que o amor não carrega tanta responsabilidade, repleto de grandes memórias e que a maturidade já fez com que você entenda que não dá pra haver julgamento quando se fala em maternidade.

Nana.

Categorias
Expectativas Maternas

Não serei pequeno para sempre, mamãe

Aproveite, mamãe, aproveite a minha infância.

Crescerei rápido, mais rápido do que você imagina. Você não vai se dar conta disso.

Não será para sempre que você vai se levantar durante as noites para me acudir quando choro porque estou simplesmente com saudades suas ou porque quero receber seus abraços e do papai para espantar os meus medos.

Às vezes, quando passeamos juntos, meus pés, ainda tão pequenos, se cansam de andar e por isso é que eu peço que me carregue. Eu sei que você também está cansada, mas aproveite enquanto eu sou pequeno, pois em breve crescerei e já não precisarei mais de seus braços.

Outras vezes, vou dormir dentro do carro enquanto voltamos para casa e precisarei do seu ombro para que me leve, ainda dormindo, para a minha caminha. É um dos momentos que mais me sinto conectado com você, pois dormirei em seus braços.

Em pouco tempo, mamãe, você não terá mais que limpar o meu rostinho sujo de sorvete de chocolate. Esse rostinho que sempre te faz rir quando estou sujinho.

Sabe, às vezes choro e fico triste porque vocês não me dão o que eu quero, mas tenha paciência comigo, porque estou aprendendo a ter o meu próprio caráter. Por isso, me oriente, me ensine, mas não grite comigo ou me bata por isso.

E lembre-se, que os seus beijos mágicos consertam tudo.

Não serei pequeno para sempre, mamãe, mas te garanto que quando eu crescer, continuarei te amando.

 

Publicado originalmente em Mimitos de Mamá. Texto de Johannes Ruiz. Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

 

Categorias
Expectativas Maternas

Desde que eu sou mãe eu aprendi

Aprendi que podemos sorrir e chorar de emoção ao ver pela primeira vez a sua carinha em meio a dor do parto.

Que se ama os filhos sem limites, até mesmo mais do que a nós mesmas.

Que a maternidade é como uma montanha russa, está cheia de subidas e descidas insesperadas… você pode estar repleta de felicidade e, de repente, cheia de preocupações. Pode chorar de alegria e de medo.

Muitas vezes não sabemos como agir, e aprendi que o melhor é seguir o nosso próprio instinto.

Minha melhor maquiagem é o sorriso que meus filhos colocam nos meus lábios. É o mais pleno, o mais autêntico e o mais sincero. É quando sorrio de verdade com o coração.

A gente aprende a ser mãe dia a dia, passo a passo, momento a momento. Não importa a idade que seus filhos tenham. A aprendizagem é contínua.

Com os filhos aprendemos a ser pacientes. Eu não sabia que tinha tanta!

Podemos dar tudo por eles sem esperar nada em troca. Nosso amor é incondicional.

Tive a oportunidade de voltar a ser criança de novo e aproveitar as coisas que lhes causam espanto, como: o voo da borboleta, a chuva, as poças sujas ou um avião que voa pelo céu. Aprendi que não há nada melhor do que rir até cansar, gritar de emoção e dançar ainda que não esteja tocando música de fundo.

Aprendi que posso ser produtiva mesmo dormindo somente 5 horas por dia (ou até menos!).

Sou a melhor companhia que ele pode ter, seu melhor brinquedo, seu lenço para as lágrimas, sua confidente, o ombro que sempre servirá de apoio e as mãos que sempre estarão abertas para quando precise se agarrar nelas para sair de um problema.

Aprendi que sou humana, que às vezes não posso com tudo e que devo estabelecer prioridades. E que não… não tem problema se as coisas não sairem como eu pensei.

Aprendi que um dos meus beijos pode curar muitas coisas: quando são pequenos, feridas no joelho e quando são maiores, feridas no coração.

Agora sei que posso errar e que, por isso, não deixo de ser uma boa mãe.

Minha felicidade e minha harmonia já não dependem só de mim, é parte delas.

Sou capaz de inventar histórias interessantes, que se tornam os seus contos favoritos. E inventar letras de músicas, que acabamos cantando juntos.

Que não é fácil ser mamãe, mulher, esposa, filha, irmã e outros tantos papéis… mas que tiramos de letra (ainda que eu não saiba como, mas conseguimos).

Aprendi que podemos nos comunicar com um olhar. Entender-nos e esboçar um sorriso.

Aprendi, além de tudo, que você chegou não para mudar a minha vida, mas para fazê-la mais completa e feliz.

Que não importa a idade que tenham, sempre sempre sempre serão os nossos pequenos.

Que um beijo seu faz qualquer problema ficar mais leve.

Aprendi que ser mãe, “sua mamãe” eu não trocaria por nada no mundo.

 

Autor desconhecido.

Publicado originalmente em mamanatura.com.  Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.