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Sobre ser mãe solo

Eu não desejei ser mãe solo. Acredito que a maioria delas também não desejou criar um filho sozinha. Por mais que a guarda seja compartilhada/alternada, quando você está com o seu filho, são vocês e ponto. Não tem um companheiro(a) para dar apoio e suporte. Sabe, não é uma jornada nada fácil, e eu estou experimentado-a dia-a-dia.

Sei que ainda está recente, mas não tem um dia que eu não me lembre que estou sozinha com meu pequeno. Por mais que eu possa contar com a minha mãe, com a minha irmã ou com a minha ex-sogra. Eu sinto que agora somos eu e ele e isso demanda certa força interior e psicológica para dar conta de tudo sem o pai do meu filho(a).

Existem diversos motivos para uma mãe estar solo: às vezes foi escolha dela própria, talvez ela tenha conseguido se livrar de um relacionamento abusivo, talvez ela tenha sido abandonada ou até mesmo escolheu desde o início ser mãe solo, mas a verdade é que não é NADA fácil.

Inicialmente tudo se ajeita e nós mulheres temos a sensação de darmos conta de tudo sozinhas (afinal, a maioria de nós já cuidava sozinha mesmo quando tinha um companheiro/marido em casa!). Mas o tempo passa, as noites cuidando do filho doente, os dias em que estamos doentes e só precisamos que alguém cuide nós ou mesmo os dias que bate a neura de estar sozinha e o psicológico abalado fala mais alto.

Sim, nos sentimos fracas, cansadas, abandonadas e muitas vezes com a sensação de que não vamos dar conta, principalmente se o pai da criança não “chega” junto. Isso de certa forma nos abala por saber que não podemos contar com quem ajudou a gerar aquela vida. É triste, é frustrante, mas é a nossa realidade.

Apesar de sermos mais fortes do que imaginamos, nós não somos mulheres maravilha… Não! Temos dias de fraqueza, de tristeza, de arrependimentos e de carência, principalmente. É importante falarmos dela, falarmos das dificuldades e desmistificar a mãe sozinha que cria os filhos com força e garra, sem tropeços. Temos muitos e a cada dia vamos sobrevivendo a esse turbilhão de sentimentos que é ser mãe sozinha.
Tenho encontrado apoio em um grupo de mãe solos que, apesar de ser virtual, as mães se encontram, fazem amizades, uma ajuda a outra além das palavras, e, principalmente, a empatia dessas mulheres que criam seus filhos sozinhas é fundamental. A gente acompanha cada história de vida, cada mulher guerreira, cada mulher com que eu não tenho adjetivos para descrever, o máximo que consigo expressar é: elas são FODAS! E é nesse apoio e com a família bem próxima que vou sobrevivendo ao primeiro ano sendo solo…

Lilica.

Cria seu filho sozinha? Leia aqui.

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Não serei pequeno para sempre, mamãe

Aproveite, mamãe, aproveite a minha infância.

Crescerei rápido, mais rápido do que você imagina. Você não vai se dar conta disso.

Não será para sempre que você vai se levantar durante as noites para me acudir quando choro porque estou simplesmente com saudades suas ou porque quero receber seus abraços e do papai para espantar os meus medos.

Às vezes, quando passeamos juntos, meus pés, ainda tão pequenos, se cansam de andar e por isso é que eu peço que me carregue. Eu sei que você também está cansada, mas aproveite enquanto eu sou pequeno, pois em breve crescerei e já não precisarei mais de seus braços.

Outras vezes, vou dormir dentro do carro enquanto voltamos para casa e precisarei do seu ombro para que me leve, ainda dormindo, para a minha caminha. É um dos momentos que mais me sinto conectado com você, pois dormirei em seus braços.

Em pouco tempo, mamãe, você não terá mais que limpar o meu rostinho sujo de sorvete de chocolate. Esse rostinho que sempre te faz rir quando estou sujinho.

Sabe, às vezes choro e fico triste porque vocês não me dão o que eu quero, mas tenha paciência comigo, porque estou aprendendo a ter o meu próprio caráter. Por isso, me oriente, me ensine, mas não grite comigo ou me bata por isso.

E lembre-se, que os seus beijos mágicos consertam tudo.

Não serei pequeno para sempre, mamãe, mas te garanto que quando eu crescer, continuarei te amando.

 

Publicado originalmente em Mimitos de Mamá. Texto de Johannes Ruiz. Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte.

 

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Relato do parto do Theo

Em um dos textos do blog, contei sobre a escolha do parto e a importância de se ter em mente que nem sempre a sua escolha poderá ser a ideal.

Agora, quero contar como foi o parto do meu filho. No dia 31 de maio de 2014, com 39 semanas e muita pressão por todos os lados para saber quando o Theo chegaria ao mundo (já que escolhi tê-lo por parto normal), saiu uma parte do tampão mucoso. Eu soube reconhecê-lo pois tem aspecto gelatinoso e uma amiga algumas semanas antes me havia contado que aconteceu o mesmo procedimento com ela.

Bem, o tampão saiu e contei apenas para a minha mãe e meu esposo, pois o médico me informou que depois que o tampão sai, o parto pode demorar até 15 dias para ocorrer. Como não queria mais pressão nos meus ouvidos, não divulguei a notícia aos familiares.

No dia 06 de junho de 2014, ao me levantar de manhã (por volta das 8h), senti um leve corrimento. Ao me limpar, reparei que outra parte do tampão havia saído e entrei em contato com o médico. Como eu não sentia dores e teria a consulta com ele no mesmo dia à tarde, ele me orientou que aguardasse e fosse ao consultório no horário marcado. Porém, uma hora depois comecei a sentir umas cólicas e me lembrei de que essas deveriam ser as famosas contrações. Pedi ao meu esposo que marcasse no relógio a constância e duração que estavam acontecendo. Voltei a falar com o médico e com essas palavras, me disse: “Sua voz está ótima. Se estivesse entrando em trabalho de parto, não estaria aguentando falar comigo. De qualquer maneira, vá para o hospital para que possam te analisar e eu te encontrarei por lá.” Daí, pensei: “Não sei, acho q é hoje que o pequeno Theo estreia ao mundo! Vou tomar um banho e me arrumar porque é HOJE!!!”

Saí de casa com o meu esposo e minha mãe, rumo à maternidade. Mas antes, entre uma contração e outra, aproveitei pra fazer uma chapinha e passar uma maquiagem básica pra esconder as olheiras (eu sei, você deve estar me achando louca. Todos acharam!! hahaha). Chegando ao hospital, dei entrada na emergência e eis que a médica me informa que já estava com 6 cm de dilatação. Como??? 6??? Não pode ser!! Esperava que estivesse no início ainda… Bateu uma tensão!!! Ninguém chegaria a tempo pra vê-lo no vidro da maternidade, tem que ligar pra todos os parentes que queriam rezar pra hora do parto, enfim… bateu uma tremenda ansiedade, porque faltavam poucos minutos para que eu pudesse encontrar o serzinho que mais desejei nos últimos meses.

Neste meio tempo, o médico chegou junto com a sua equipe e me disseram que começariam a me anestesiar pois eu já estava com 8 cm de dilatação em uma hora transcorrida desde que cheguei à maternidade. Quando recebi a anestesia peridural, eu disse que teria uns 50 filhos ao mesmo tempo. Que maravilha!! Não sentia nada! Apenas fazia a força que os médicos pediam, quando contraía a barriga. A ansiedade tomava conta de mim, pois o obstetra me disse que eu já tinha chegado aos 10 cm de dilatação, traduzindo, estava tudo pronto para que o Theo chegasse.

Mas o tempo passou, os médicos faziam os toques no momento adequado e eu sentia uma certa preocupação por parte deles. O meu tão sonhado parto normal estava com dificuldades de acontecer, devido a posição da cabeça do meu filho e minha bacia. Chama-se desproporção céfalo-pélvica. E aí, com todo o cuidado do mundo, os obstetras vieram me dizer que apesar de estarem muito felizes por poderem realizar um parto normal (quase raro hoje em dia, pois as mães preferem a cesárea), eles teria que recorrer a cirurgia pra que meu filho não entrasse em sofrimento, nem tivesse nenhuma complicação maior.

Confesso que fiquei frustrada. =( Foram 9 meses sonhando com esse parto, imaginando como seria, e, de repente, descubro que não conseguiria. Mas disse a eles que fizessem o melhor pro bebê e para mim.

Depois que chegamos ao centro cirúrgico, tomei uma nova anestesia (a raquitidiana) para realizar a cirurgia cesariana. Neste momento, já estava concentrada (mentira!!! Estava tagarelando com os médicos sobre meus últimos “desejos alimentares” de grávida) e aí escutei o médico dizendo para mim: “Se prepara, Aiga.” Ahhhh!!! O coração parou!! Sim, tenho certeza de que ele parou por um instante que para mim durou um infinito de tempo, até que eu ouvisse a melhor melodia do mundo: o chorinho do Theo, e até que eu sentisse aquela mãozinha tão delicada e molhada tocando o meu rosto. As lágrimas eram incontroláveis e eu dizia: “obrigada, Deus! O Theo chegou. Filho, eu te amo, te amo muito!” (pausa: preciso secar minhas lágrimas que surgiram ao relembrar este momento).

De fato, a escolha do parto não dependeu apenas da minha escolha, mas independente de como ele chegou, a emoção de saber que fui capaz de gestar por tantos meses, de saber que eu não estou mais só neste mundo e que agora teria que ser muito mais responsável do que antes, arrebatam o coração e pensamentos.

E foi assim que todos os dias 06 de junho passaram a ser mais importantes na minha vida.

E com você, como foi o seu parto? Divida conosco a sua experiência.

Beijos carinhosos,

Nana

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Contrato de maternidade

 

Essa semana, entrei em um desses sites que temos que nos cadastrar e aceitar os termos de compromisso. Não li as regras, por preguiça de ler as letras minúsculas, falta de tempo e ansiedade em resolver logo a minha situação. À noite, quando fui dormir, me lembrei do que aconteceu e estava pensando que, no fundo, a maternidade é como esses sites que tem o termo de compromisso. Você acessa o você o site, não lê os termos e no final clica em: “Li e aceito os termos do contrato”. É exatamente assim. Por mais que você imagine o que passará, você nunca terá certeza até que passe.

Não entendeu? Pensa só comigo!

Quando a gente pensa em ter filho, sempre imaginamos a parte glamorosa: barriga, fotos do parto, mãe emocionada com cada descoberta do bebê, festas de aniversário, alegria por ter alguém com quem você vai se preocupar por toda a vida e afins, mas, no fundo, ninguém se lembra da parte escura da maternidade. Aquela dos bastidores mesmo que ninguém posta em rede social, que muitos dizem que é frescura e não tem nenhum glamour.

Essa parte pra mim são como as letras do contrato que são pequenas e que dão uma preguiiiiça só de pensar em ler. O que é que a gente faz? Vai lá e clica em “ACEITO”.

Ninguém leu lá nas regrinhas seus direitos e deveres. Ou leram? Quer ver só um exemplo de quando me dou conta de que estava tudo escrito mas eu não li?

Tem dia que chega à noite, eu me deito na cama exausta e, quando dá tempo, paro pra pensar no meu dia e me bate uma sensação de ter fracassado nas minhas metas.
Eu quis ter ficado mais tempo com o meu pequeno, mas os afazeres diários não me permitiram. Foi o trabalho, a lista de compras, as contas a pagar, foi ligar pro pedreiro, resolver problema do condomínio, fazer compras, ir à reunião de pais na escola, escrever textos pro blog, corrigir provas, montar aula, lançar notas, ufa… Meu dia poderia ter 48 horas, mas, é, não tem. Essas mil atividades me fazem lembrar de que não pude ficar com o meu bebê o tempo que eu acho que ele precisa ao meu lado. Estava lá no contrato que eu deveria aprender a fazer 1000 atividades ao mesmo tempo, mas eu não li.

Durante o dia, quando fico com o meu anjinho, o cansaço me consome. É tanta energia em um ser tão pequenino que não sei como é possível! É um sem fim de anda atrás do pequeno, bota todos os objetos pra cima para que ele não tenha fácil acesso, fala ‘não’, ‘não faça’, ‘solta isso’, ‘deixa aquilo’, ‘devolve isso pra mamãe’… São gritinhos, chororô, tudo isso cansa, cansa a rotina, cansa o desgaste. Isso deveria estar lá no contrato, mas eu não li.

Tem dia que eu só desejava dormir até meio-dia, sem me preocupar com nada. Tem vezes que eu só queria achar a minha sala lindinha como antes. Tem momentos que eu só esperava que o bebê tivesse um botão de off pra desligar nas horas dos escândalos. Há vezes que eu só queria voltar a uns minutinhos da minha vida sem filhos, sem as preocupações de antes e poder passar a tarde toda na praia batendo um bom papo com as amigas.
Mas aí vem a danada da culpa, porque mãe que não carrega culpa, não é mãe, não é? Eu acho que essa daí, já vem junto com a barriga do bebê. Fiquei pensando, tava lá no contrato: “A partir de agora, conhecerás o verdadeiro sentimento de culpa por toda e qualquer coisa que lhe aconteça.” E o que eu fiz? Não vi essa cláusula.

Eu juro que deveria ter lido uma parte do contrato que dizia que dormir se tornaria um artigo de luxo, que o cansaço estaria sempre sobre os meus ombros e que mesmo o melhor corretivo facial não conseguiria esconder todas as olheiras que carregarei nos primeiro anos, mas não li.

E eu estou certa de que tinha um outro item que diria que além da culpa, a dúvida me faria uma companhia constante sobre como eu estou criando o meu filho: será que está certo? Será que devo permitir ou proibir isso ou aquilo? Mas o Beltraninho filho da Mariazinha não faz o que o meu está fazendo… é, e eu não li…

Dentre tantas outras cláusulas que poderia enumerar, tem uma que deve estar lá que se chama: Sobre os direitos da maternidade. E essa eu já conheci. Deve dizer assim: é seu direito emocionar-se com pequenos atos, descobertas, novidades, conquistas do seu filho.

É seu direito se sentir a melhor e mais importante de todas as mulheres cada vez que seu filho te trouxer um presentinho que ele mesmo fez ou disser: “Mamãe, eu te amo”.

É seu direito passar a noite admirando a cria, extasiada com a velocidade com que ele cresce e pensar que ele é o melhor presente do mundo.

É também direito da mãe saber que por algum tempo da vida dele, você será o centro do universo.

E disso tudo, quer saber? Eu acho que foi bom não ter lido nenhuma cláusula, descobrir na base da surpresa torna a maternidade muito mais emocionante e deliciosa. Cada fase é repleta de novidades e conquistas pessoais que nos fazem amadurecer diariamente.

E por aí, alguém já leu o contrato inteiro?

Beijos carinhosos,

Nana

 

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O que ninguém te conta sobre a maternidade

Amiga mãe ou futura mãe,

Escrevo hoje para termos uma conversa franca, sobre um assunto que quase ninguém fala ou não gosta de falar: o desgaste da maternidade.

Se você é mãe de primeira viagem ou está tentando engravidar, precisa ler isto! Se você já é mãe de um filho(a) ou mais, vai se reconhecer em muita coisa nesse texto.

Mesmo depois de mais de 1 ano do nascimento do meu filho, eu não consigo entender o por que de não se falar abertamente ou o contrário, de se falar de forma fantasiada a experiência da maternidade.

A maternidade não é algo simples, é bem complexo: envolve pelo menos dois personagens de forma intensa: a mãe e o bebê. Uma mãe “ingênua” em relação a tudo o que está por vir, um bebê que está descobrindo o mundo, está sentindo como é pertencer a um corpo que está em desenvolvimento e muito limitado ainda.

Eu tive algumas experiências bem próximas com bebês e crianças ao longo dos meus 30 anos, mas mesmo assim, nenhuma delas foi o suficiente para saber o que era ter um bebê nos braços, 24 horas por dia, chorando, faminto, cheio de cuidados especiais.

Quando nasce uma bebê nasce uma mãe desesperada, que mesmo tendo lido muito, se informado e feito cursos de cuidados, irá sentir insegurança para amamentar nas primeiras vezes, para dar banho, para deixa-lo dormindo em seu berço sem a preocupação dele estar respirando.

A maternidade não é o mar de rosas que muitos falam e mostram por aí. Primeiramente, só sabe o que é a maternidade quem passa por ela, então amigas,(sem filhos) tios, vizinhas que dão pitacos podem até ter boa vontade para ajudar mas cuidar de um bebê não é algo simples, principalmente no primeiro mês do pós parto que pode bater insegurança, tristeza e até mesmo depressão faz parte.

Você irá engordar na gravidez e não necessariamente irá conseguir perder peso rápido, você irá sentir dor ao amamentar as primeiras vezes, você irá sentir o peso da culpa em alguns momentos que não conseguir fazer o que planejou e acredita para a criação do seu filho. Você irá se sentir sozinha muitas vezes, mesmo tendo seu companheiro, mãe e sogra por perto. Nos primeiros dias depois do nascimento do bebê você se sentirá sem energias com a privação do sono, mal conseguirá tomar um banho decente e tudo isso e mais um pouco irá fazer sua cabeça pirar.

Ser mãe não é tudo de maravilhoso, principalmente nos primeiros meses, no qual você e seu bebê estão se conhecendo e ajustando a uma rotina.

Ser mãe é desgastante, é abrir mão de um monte de coisas, é sentir o peso do cuidado de alguém tão pequeno e indefeso e sentir não “dar conta”.

Ser mãe é ter que ser forte mesmo sem ter essa força toda.

Ser mãe é abdicar do trabalho por conta própria ou mesmo ser demitida na volta da licença maternidade (pois mães faltam mais por causa dos filhos doentes).

Ser mãe é se anular. É se sentir pirada, é se questionar aonde estava com a cabeça quando pensou em ter um filho.

Em contrapartida, apesar de todas as dificuldades, de todas as vezes que abrimos mão de nós, apesar do cansaço, do sono acumulado, existem muitos pontos positivos, acredito que mais do que negativos, senão não teríamos o segundo, terceiro filho… Filhos nos ensinam a amar de forma transcendental, nos entregamos totalmente e recebemos muitos carinhos, beijinhos, dengos. Nós somos o mundo para eles e eles são nosso mundo.

Não, eu não estou te desencorajando e nem dizendo que não vale a pena ter filhos. O texto de hoje pretende mostrar e desmistificar a “maravilhosa” vida de uma mãe. Pois ser mãe pode ser muito desgastante e nós temos que falar sobre isso ao invés de fingir um momento mágico e maravilhoso.

De alguma forma, passamos por tudo isso e saímos, não ilesas. Saímos mais fortes, mais maduras, sabendo o que realmente importa para nós a partir de agora, mas não é nada fácil, nunca foi e nunca será. Ser mãe é isso.

 

Com carinho,

Lilica.

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10 bons motivos por ter me tornado uma pessoa melhor com a maternidade

mãe, pessoa melhor, maternidade

Refletindo um pouco sobre mim, sobre minhas ações e o que estou me tornando depois da maternidade tenho chegado cada vez mais a conclusão que ser mãe tem sido um desafio constante para mim e ao mesmo tempo tenho me tornado uma pessoa melhor. Afinal um intensivão com uma pequeno ser, que requer muitos sacrifícios nossos, muita atenção e dedicação não é moleza não.

Então elenquei 10 motivos porque eu me tornei uma pessoa melhor com a maternidade:

1 – Minha alimentação melhorou: não que eu comesse mal, sempre comi legumes, frutas, verduras mas também muitas porcarias! Com a gravidez dei uma maneirada nas porcarias, na amamentação continuei tentando equilibrar mas quando meu filho começou a introdução alimentar refleti que não queria criar um filho obeso ou com problemas de colesterol por falta de incentivo meu a comer alimentos saudáveis. Então tenho comido bem menos alimentos processados e industrializados, tenho ido muito na onda das frutas e legumes, que é o que o meu bebê mais consome.

2 – Não julgo mais ninguém: já julguei muito os pais em geral quando via alguma cena de birra ou pirraça, mas depois que me tornei mãe, isso mudou bastante. Até porque, temos telhado de cristal! Estou vendo por outro angulo a mesma situação de antes.

3 – Desenvolvi muito mais paciência: eu sou professora do ensino médio, trabalho com adolescentes, mas depois que me tornei mãe, parece que essa paciência triplicou. Ainda estou longe do ideal mais já melhorei bastante!

4 – Penso de forma mais consciente no Planeta que vou deixar para meu filho: sempre me liguei as causas ambientais. Já sou contribuinte de uma ONG que ajuda a preservação da natureza há anos mas depois que meu bebê chegou ao mundo, penso muito como o mundo estará quando ele tiver a minha idade. Será que terá água potável para todos do planeta? E o lixo, como faremos se consumimos cada vez mais? Tenho pensado nisso e tentado me engajar mais nessas questões ambientais.

5 – Desejo um mundo melhor: vivemos em um mundo onde ainda existem guerras, assassinatos, estupros, escravidão e violência contra as minorias (mulheres, homossexuais, negros e índios). Não gostaria que meu filho vivesse em um mundo com intolerância religiosa, étnica ou racial. Penso muito mais sobre isso atualmente e tento de alguma forma introduzir esses assuntos em sala de aula.

6 – Me tornei menos egoísta: eu vivi até os meus 30 anos voltada para mim. Tudo dependia do meu desejo, da minha vontade, dos meus planos pessoais. Aí chegou o Antonio e TUDO mudou. Agora eu estou em segundo plano, e aprendendo muito com isso.

7 – Falo menos palavrão: quando estou com os amigos, familiares e pessoas íntimas, costumo falar palavrões ou até mesmo quando algo sai errado ou estou nervosa. Mas sinceramente, não desejo que meu filho de poucos anos de idade saia por aí falando um monte de palavras com significados fortes sem entender o que ele está querendo dizer. Então estou me policiando para falar menos, bem menos palavrões.

8 – Sou mais solidária: me solidarizo de forma muito mais forte atualmente do que antes da maternidade. Outro dia, vi um bebê de um pouco mais de 1 ano chorando de fome, com a avó na rua. Não contive as lágrimas e só parei de chorar quando entrei no mercado e comprei uma lata de leite para sanar a fome daquela criança. Imaginei meu filho naquela situação.

9 – Meu consumo (coisas para mim) diminuiu: estou comprando bem menos, até porque o foco agora não sou mais eu e sim meu pequeno Antonio. Mas mesmo para ele, tenho consumido de forma racional, utilizando inclusive roupas e brinquedos de terceiros, comprados em brechós ou reutilizado de amigas que tiveram filhos antes de mim.

10 – Sou mais feliz: através dessas pequenas mudanças que citei acima, me sinto tão mais feliz, mais completa. Parece que agora eu tenho um novo motivo para seguir em frente e sorrir, e achar que o mundo pode ser um lugar melhor sim. Por tudo isso e pela existência do meu pequeno que me alegra diariamente eu sou bem mais feliz do que antes de sua chegada.

 

E vocês e mamães? Se identificaram com alguns dos itens acima? Tem outros itens que não citei? Então conte para a gente!

 

Lilica.

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Bebê – 0 a 12 meses Chegou ao mundo

Licença-maternidade: tudo o que você tem que saber!

Você passou a gestação inteira trabalhando e é chegada a hora de receber esse bebê lindinho que está aí dentro. Mas quais são os seus direitos? Vem comigo, que eu te explico tudo.

  • O que é a licença-maternidade? Licença maternidade (ou licença-gestante) é um benefício de caráter previdenciário que consiste em conceder, à mulher que deu à luz, a licença remunerada de 120 dias. Ou seja, durante o período da licença você não deixa de receber. Obs: há um projeto de lei que solicita o aumento de 120 para 180 dias. Algumas empresas já concedem esses 180 dias de licença-maternidade, neste caso, o empregador paga a totalidade desses salários e depois desconta o valor inteiro do imposto de renda.
  • Quem tem direito a receber pela licença?

Todas as mulheres que trabalham no Brasil e que contribuíram por no mínimo 10 meses para a Previdência Social (seja com carteira assinada, terceirizada, autônoma ou que realiza trabalhos domésticos). Isso mesmo, até quem não está trabalhando ou não trabalha com carteira assinada mas contribui, tem o direito.

Mulheres que sofrem um aborto espontâneo ou dão à luz um bebê natimorto, além de, quem adota crianças, bem como        que, obtêm a guarda judicial de um criança com o fim de adoção, neste caso, apenas um dos adotantes (quando a adoção é familiar) tem direito.

No caso, de abortos espontâneos antes de 23 semanas de gestação dão direito a um afastamento de duas semanas.             Perdas após a 23a semana são consideradas pela lei como parto, portanto a licença passa a ser de 120 dias.

  • Qual o valor que se recebe?O mesmo que você recebia enquanto trabalhava. Se você não trabalha, receberá referente ao valor do salário de referência que você contribui.
  • A partir de quando começa a valer a licença?

    Na verdade, o afastamento começa quando a futura mamãe decidir – podendo ser até 28 dias antes do parto, ou então a partir da data de nascimento do bebê.
  • O que devo fazer para solicitar a licença através do meu emprego?Apresente um atestado médico ou a certidão do nascimento do bebê. Para a guarda, é preciso o termo de guarda com observação de que tem por objetivo a adoção, e no caso de adoção, é preciso a nova certidão de nascimento, que sai depois de decisão judicial.
  • E se estou desempregada ou não trabalho, como faço pra solicitar o recebimento da licença-maternidade?
    A partir do parto, busque o INSS, portando a certidão de nascimento da criança e solicite o auxílio. Chama-se, neste caso, salário maternidade.
  • Posso aproveitar a minha licença e juntar com as férias?

Sim, é possível juntar os 30 dias de férias à licença-maternidade. Para isso, a mulher tem de ter direito às férias (depois de um ano de trabalho) e precisa da aprovação da empresa. As férias costumam ser acrescentadas ao final da licença-    maternidade. Vale lembrar que os meses de afastamento da licença equivalem normalmente como trabalho para a   contagem do direito às próximas férias.

  • A licença-maternidade é um encargo direto do empregador?
    Sim, os salários da licença são pagos pelo empregador e descontados por ele dos recolhimentos devidos à Previdência. O empregador deve permitir a ausência da empregada durante o período.
  • Posso ser demitida durante ou após a gestação?
    Desde que o empregador é informado sobre a confirmação de gravidez e até cinco meses após o parto, você não pode ser demitida.
  • Após a licença-maternidade, que direitos eu tenho?
    Até o filho completar 6 meses de idade, a mãe tem o direito a descanso especiais, de meia hora cada, destinados à amamentação do filho. Como muitas vezes a mãe fica impossibilitada de levar o filho para amamentá-lo, algumas empresas concendem 15 dias além dos 120 para lactação desde que se apresente a licença do pediatra que comprove a lactação. Mas atenção, isto NÃO é obrigatório por lei. É muito mais uma boa vontade da empresa em conceder estas duas semanas, pois o INSS não arca com este valor.
  • O pai do meu filho tem direito a licença também?
    Sim, o nome é licença-paternidade e é remunerada por cinco dias corridos, a partir do nascimento do bebê. Entretanto, só vale para funcionários com carteira assinada. Existem projetos tramitando no Congresso brasileiro para ampliar a licença para 15 dias corridos.

 

Ainda tem alguma dúvida? Entre em contato com a Central de Atendimento do INSS pelo telefone 135 (segunda a sábado, 07h às 22h) ou acesse o site http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/salario-maternidade/ .

Espero ter ajudado.

Boa licença para você!

Nana

 

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Como fazer a mala da maternidade

Quando estamos preparando a bolsa da maternidade surge um monte de dúvidas: o que levar? Quantas peças de cada roupa levar? O que levar? Quantas peças levar? O que é essencial? O que é supérfluo?

Todas essas perguntas rondam as cabeças dos papais de 1a viagem.

Com 34 semanas, o ideal é que as roupas do bebê já estejam lavadas pra começar a organização da sua malinha.

Primeiro vamos começar com o que não pode faltar:

  • 4 roupas (geralmente usamos macacões porque são inteiriços e são bem quentinhos para os recém-nascidos)

Explicação: colocamos 4 pois geralmente ficamos 2 dias no hospital mas os bebês recém nascidos costumam golfar bastante, defecar várias vezes e caso ele suje a roupa, tem o dobro para usar nesses dias.

  • 4 Bodys de meia manga (para usar por baixo do macacão)
  • 2 Cueiros (para embrulhar o bebê)

Explicação: 1 para cada dia, seguindo a lógica de que pode sujar com facilidade.

  • 2 pares de meias (para aquecer os pés)
  • Escova de cabelo
  • 2 fraldas de pano (para eventuais golfadas ou para cobrir alguma superfície)
  • 2 panos de boca
  • Pomada anti-assadura (Na maioria das vezes as enfermeiras dizem que o cocô do bebê (mecônio) não assa antes dos quinze dias de vida. A minha experiência, mesmo com pomada foi um bebê com um bumbum bem assado, mesmo nos primeiros dias de vida).
  • 1 pacote grande de Lenço umedecido (da marca que você preferir)
  • 1 pacote de fralda RN/P (da marca que você preferir)
  • Almofada de amamentação (para ficar mais confortável para a mãe descansar os braços e o bebe se apoiar)
  • 1 manta para cobrir

OBS: Algumas maternidades fornecem fraldas e lenços umedecidos, mas não necessariamente será da marca que você gostaria de usar, então por prevenção eu levei esses itens da marca que eu queria.

Dica de como organizar as roupas: Faça um kit com 1 macacão, 1 body , 1 par de meia, 1 pano de boca, 1 fralda de pano e 1 cueiro. Coloque em saco transparente ou tule (os que possuem furinhos) e cole uma etiqueta com nome do bebê e o número da roupa. Exemplo: Antonio, roupa 1. E assim sucessivamente. Quando a enfermeira pedir a roupa, você ou seu acompanhante irá pegar os kits na ordem enumerada. Isso facilita muito a vida!

O que geralmente não precisa (pois o hospital fornece):

  • Sabonete líquido (para o bebê)
  • Toalha (para o bebê)
  • Álcool gel para os visitantes usarem
  • Lençol para o bebê (geralmente os bebês ficam em um bercinho portátil que já vem com o colchão e o lençol.

O que você pode levar mas não é necessário, e sim um mimo para usar:

  • Prendedor de cabelo
  • Laçarote
  • Vestido
  • Bonecos para enfeitar o quarto
  • Enfeite de porta
  • Lembrança para quem for visitar

Elis de Andrade.

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FRATERNIDADE MATERNA

Desde que me tornei mãe tenho percebido algo de peculiar entre as mães. É claro que aqui no texto irei generalizar para abordar o assunto, mas tenho consciência de que não é 100% regra.

Quando engravidei e tornei a notícia pública, comecei a receber uma enxurrada de conselhos e perguntas: quantos quilos já engordou? Faz exercício? Está com a pressão alta? Se alimenta bem? Qual será o parto? O pior é que essas e outras perguntas vinham de pessoas que muitas vezes eu não tinha quase nenhuma intimidade. Depois que o Antonio nasceu as perguntas e conselhos continuaram, sobre a educação dele, amamentação, peso, desenvolvimento.

O que me chamou atenção nesses dois momentos tão significativos da maternidade ( a gestação e os primeiros meses) é que dificilmente as mães conversavam para se ajudarem ou simplesmente ouvirem uma a outra. Fico com a sensação que existe uma competição implícita entre as mulheres, em especial entre as mães. “Meu filho não come açúcar, o meu nasceu de parto natural sem anestesia, o meu andou com 6 meses, o meu usa fralda de pano. Você não dá vitaminas para ele? Ele vai para a creche com 4 meses? Tadinho…”

Eu tive experiências pessoais um pouco diferentes (ainda bem!), uma amiga que teve bebê um ano antes de mim e minha irmã que teve o segundo filho um mês antes de mim, então eu estava afinada com elas. Trocamos muitas informações, anseios, dúvidas, medos, mas sempre respeitando uma a outra. Principalmente com minha irmã, que tivemos escolhas tão diferentes desde o começo da gestação e até hoje é assim.

Ao invés de competirmos quantos brinquedos têm nossos filhos, emprestamos uma para outra, ao invés de julgarmos a escolha da outra tentamos entender, ao invés de criticarmos procuramos uma palavra amiga para ajudar a confortar. Trocamos roupas, brinquedos, experiência e principalmente muito afeto.

Participo de alguns grupos de mães no Facebook e no Whatapp e a regra é essa, um pré-julgamento que não leva a nada, não nos fortalece, não ajuda uma a outra, não cria um laço forte em nossas relações. E o mais interessante é que poderia ser ao contrário, pois só sabe o que passamos diariamente com bebê pequeno ou na educação de nossos filhos é outra mãe que já passou ou ainda passa pelas situações parecidas que você.

Olha que interessante: mesmo que você não concorde com a atitude de determinada mãe, ouvir algo diferente do que você acredita te faz pensar, refletir por outro ângulo. Por esse motivo, e pelo fato de tentar respeitar ao máximo a outra pessoa que está do outro lado é que tento não julgar e por mais que meu íntimo faça isso, não torno público, guardo aquilo para mim, pois já disse que não faria muita coisa mas quando chegou minha vez, fiz exatamente igual.

Acredito que muitas vezes “condenamos” o que outra mãe fala ou faz não por maldade, mas por falta de reflexão e por falta de empatia (não nos colocamos no lugar dela por 1 minuto). Será que se meu filho fosse super ativo eu não deixaria ele ver TV por mais tempo? Será que se ele fosse chorão eu não daria chupeta mais vezes? Se eu não conseguisse cozinhar todos os dias não congelaria papinha ou daria papinha pronta?

A reflexão que trago hoje é como podemos, mães, conhecidas ou desconhecidas, nos ajudarmos. Como podemos conviver em harmonia e somarmos ao invés de nos dividirmos e muitas vezes começar uma competição boba por “melhores” escolhas. Afinal, estamos todas no mesmo barco: gestamos um pequeno ser, que irá nascer, precisará ser alimentado e educado da melhor maneira possível e tenho a certeza que cada mãe dá o seu melhor, mesmo que eu e você não concordemos como isso acontecerá.

Tudo na vida são escolhas e cada uma fará sua escolha baseada em seus princípios e convicções, quando julgamos alguém, estamos julgando o modo dessa pessoa pensar e viver. E como a maternidade é algo bem difícil de exercer, vamos com calma nessa caminhada. Juntas somos mais, somos mais fortes.

Com Carinho,

Lilica.

 

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Desde que eu sou mãe eu aprendi

Aprendi que podemos sorrir e chorar de emoção ao ver pela primeira vez a sua carinha em meio a dor do parto.

Que se ama os filhos sem limites, até mesmo mais do que a nós mesmas.

Que a maternidade é como uma montanha russa, está cheia de subidas e descidas insesperadas… você pode estar repleta de felicidade e, de repente, cheia de preocupações. Pode chorar de alegria e de medo.

Muitas vezes não sabemos como agir, e aprendi que o melhor é seguir o nosso próprio instinto.

Minha melhor maquiagem é o sorriso que meus filhos colocam nos meus lábios. É o mais pleno, o mais autêntico e o mais sincero. É quando sorrio de verdade com o coração.

A gente aprende a ser mãe dia a dia, passo a passo, momento a momento. Não importa a idade que seus filhos tenham. A aprendizagem é contínua.

Com os filhos aprendemos a ser pacientes. Eu não sabia que tinha tanta!

Podemos dar tudo por eles sem esperar nada em troca. Nosso amor é incondicional.

Tive a oportunidade de voltar a ser criança de novo e aproveitar as coisas que lhes causam espanto, como: o voo da borboleta, a chuva, as poças sujas ou um avião que voa pelo céu. Aprendi que não há nada melhor do que rir até cansar, gritar de emoção e dançar ainda que não esteja tocando música de fundo.

Aprendi que posso ser produtiva mesmo dormindo somente 5 horas por dia (ou até menos!).

Sou a melhor companhia que ele pode ter, seu melhor brinquedo, seu lenço para as lágrimas, sua confidente, o ombro que sempre servirá de apoio e as mãos que sempre estarão abertas para quando precise se agarrar nelas para sair de um problema.

Aprendi que sou humana, que às vezes não posso com tudo e que devo estabelecer prioridades. E que não… não tem problema se as coisas não sairem como eu pensei.

Aprendi que um dos meus beijos pode curar muitas coisas: quando são pequenos, feridas no joelho e quando são maiores, feridas no coração.

Agora sei que posso errar e que, por isso, não deixo de ser uma boa mãe.

Minha felicidade e minha harmonia já não dependem só de mim, é parte delas.

Sou capaz de inventar histórias interessantes, que se tornam os seus contos favoritos. E inventar letras de músicas, que acabamos cantando juntos.

Que não é fácil ser mamãe, mulher, esposa, filha, irmã e outros tantos papéis… mas que tiramos de letra (ainda que eu não saiba como, mas conseguimos).

Aprendi que podemos nos comunicar com um olhar. Entender-nos e esboçar um sorriso.

Aprendi, além de tudo, que você chegou não para mudar a minha vida, mas para fazê-la mais completa e feliz.

Que não importa a idade que tenham, sempre sempre sempre serão os nossos pequenos.

Que um beijo seu faz qualquer problema ficar mais leve.

Aprendi que ser mãe, “sua mamãe” eu não trocaria por nada no mundo.

 

Autor desconhecido.

Publicado originalmente em mamanatura.com.  Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte. 

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Maternidade Ideal X Maternidade Possível

Quando uma mulher se torna mãe, junto com a chegada do bebê, vem também muitas dúvidas, ansiedade, desconhecimento, medos e um misto de sentimentos que sozinhas não damos conta de entender. Seria perfeito se viesse junto com o bebê um manual de como “criar um filho” da melhor maneira possível, mas não vem. Por isso, mamães antenadas recorrem aos blogs de maternidade, textos, livros que nos “ajudam” como educar e lidar com as dificuldades que é criar uma criança.

Nós mesmas, antes de engravidar começamos a ler bastante sobre este universo ainda desconhecido. Com isso, já lemos muita coisa e nem sempre dá para colocar em prática tudo ou porque não concordamos ou porque algumas sugestões não são aplicáveis à nossa realidade.

Assim, no dia a dia, vamos adaptando o que acreditamos e desejamos fazer para nossos filhos dependendo do nosso cotidiano, com o que é possível fazer. Além disso, carregamos muita bagagem, seja ela da própria infância ou do que vivenciamos por toda nossa vida até o que nos tornamos hoje. Dessa forma, somos uma mistura do que desejamos e do que conseguimos fazer, e, assim,  vamos exercendo a maternidade.

Acertando, errando, acertando de novo, questionando o que fizemos, refletindo como podemos nos melhorar e observando que cada filho é um e não existe modelo perfeito de criação.

Acreditamos que a maternidade seja assim, não existe uma “receita de bolo” pronta para seguirmos, vamos construindo ao longo da nossa jornada como mães e pais. Até por que alguns conselhos que recebemos de amigos, parentes e até de  próprias nossas mães, não funcionam tão bem assim com a gente, aí você se reinventa, adapta o que dá e vai seguindo a criação de seu filho, cheia de dúvidas!!!

Enquanto tivermos dúvidas, se estamos acertando ou errando na formação dos nossos pequenos, estamos no caminho certo, pois refletir sobre as nossas ações é o primeiro passo para seguirmos o caminho que acreditamos e achamos que seja o mais adequado.

Dúvidas sempre existirão, por isso existem os blogs de maternidade e o Mãe Só Tem Uma! Para trocarmos experiências, trazermos informações, estudos, reflexões acerca de algo tão complexo que é exercer a maternidade e a paternidade em sua plenitude.

Gostaríamos de abrir esse espaço para essa troca tão bacana acontecer e esperamos que vocês, mamães e papais (também, porque não?) se sentissem acolhidos. Para isso, uma de nossas regras de ouro sempre será o respeito mútuo, pois, assim teremos um ambiente agradável para debatermos ideias, ações e métodos que possam nos auxiliar na criação dos nossos filhos.

Sejam muito bem-vindos!

Com carinho,

Lilica e Nana.

 

 

 

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A escolha da maternidade

Ser mãe era uma ideia que estava em meus planos, mas hoje, mãe de 2 filhos acho que eu precisaria ter trocado mais com mães jovens e ouvido suas experiências. Perto de mim havia poucas amigas que tivessem filhso pra que eu pudesse conversar sobre sobre a escolha de ser mãe.
Sim, eu acho que a mulher sempre opta pela maternidade, seja quando a gravidez é desejada e totalmente planejada ou até mesmo quando ela engravida na base do “foi sem querer” e, mesmo com todas as adversidades, topa ir até o final da gestação, ainda que aquele não fosse o melhor momento que ela imaginava.

Para mim, gravidez é escolha, é opção! Uma mulher tem que estar ciente de todas as consequências que a vinda de uma criança gerará em sua vida. Não falo somente da parte maravilhosa: a alegria de se ter uma criança em casa, de saber que você sentirá um amor inimaginável ou de poder acompanhar o desenvolvimento de um serzinho que estava dentro de você ou que você tanto desejou.
Refiro-me ao lado que a gente só descobre depois que o bebê já está lá dentro da barriguinha da gente.
Gestar é lindo, cheio de glamour, mas não é fácil pra todas as mulheres. O corpo dá uma grande modificada, as pernas incham, você geralmente enjoa e vomita, surgem (algumas vezes) doenças inesperadas, a bexiga fica cheia muito mais rápido que o normal. Mas aí você me diz: “Nana, em 9 meses isso tudo passa e o bebê fofuxo estará no seu colo!”É verdade, minha amiga. Mas volto a afirmar: a opção da maternidade não é para todas! E isso não significa que quem não opta seja mais ou menos mulher por isso. Depois que a fofurinha nasce, junto com ela vem uma série de situações que você nunca imaginou.

  1.  Você vai precisar de apoio. Seja físico ou emocional:Muitas recém-mamães não esperam que a depressão pós-parto aconteça com elas. Além disso, o seu corpo levará um tempo até se adaptar a nova rotina do bebê.
  2. Você pode se surpreender negativamente com o seu companheiro:Por sorte, aqui não tive problemas. Porém, conheço muitas amigas que me disseram terem se surpreendido com as reações de desinteresse ou falta de apoio (ou compreensão) por parte dos companheiros. Ou seja, toda aquela idealização de família comercial de margarina vai embora na primeira semana de vida do bebê.
  3. Você inevitavelmente dependerá do outro:
    Seja da creche, da mãe, da sogra, da tia, você aprende que não é mais capaz de se resolver sozinha.
  4. A sua liberdade já não é mais só sua (no início): Tem dia que dá vontade de sair pra dançar a noite toda, acordar às 11h da manhã e não se preocupar com o que você fará até de noite. Experimente fazer isso com uma criança pequena de 1 aninho. Você verá que o ítem 4 será fundamental ou que esta opção durante um momento da sua vida não é possível de acontecer.
  5. Um filho doente acaba com a sua noite, mas a sociedade não está preocupada com isso.Só quem já viu um filho ter febrão por toda a madrugada ou chorar a noite inteira de dor saberá o que é ter uma péssima noite de sono mas mesmo assim ter de acordar, botar a cara na rua e trabalhar como se nada tivesse acontecido. O mundo não quer saber o que houve na sua casa.

Sabe, eu poderia enumerar diversos outros tópicos, mas a ideia de hoje é ressaltar que quando escuto mulheres dizendo que são loucas pra serem mães, sempre friso que existe um lado B, um lado que não aparece nas redes sociais e nas fotos lindas com o bebê, um lado que se chama desgaste físico e emocional, que se chama resiliência, que se chama amor incondicional.
Se você acha que não está preparada para deixar a sua zona de conforto, não tenha filhos. Porque no futuro você não poderá cobrar nada deles (que deixou o emprego por eles ou se casou obrigada pra ter uma família por eles). Isso foi uma escolha sua! Apenas sua! E escolher não ter filhos não é ruim. É apenas mais uma escolha que se faz na vida.
Mas se você está certa de que as crianças têm de fazer parte da sua vida, vá em frente. Lembre-se sempre que não será um caminho repleto de flores por todo o trajeto, mas seguramente o cheiro delas estará presente nos momentos em que só encontrar espinhos pela sua rota.

Um beijo com carinho,
Nana.