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Festas!

Como abordar datas festivas com as crianças?

Olá famílias,

Hoje o assunto é “Datas festivas Religiosas”

Como devemos falar destas datas festivas com as crianças? Ao longo do ano passamos por Natal, Carnaval e em breve a Páscoa e a festa Junina. Essas festividades são de origem cristã, com base cultural e religiosa. No entanto, a mídia, nos impulsiona a acreditar que são datas necessárias a se presentear as pessoas e a cometermos excessos. Mas e a origem cultural? Os reais significados dessas datas, o porquê delas existirem, muitas das vezes, acabam ficando esquecidas lá no fundo do baú de presentes.

Indiferente à crença de cada um, o que eu indico é que antes de comprarmos um presente, fantasiarmos as crianças, dar um ovo de páscoa, procurar o coelhinho, ou “dançar uma quadrilha e vestir uma caipira”, sempre converse amplamente com a criança sobre toda a história dessas festividades.

Cada família é livre para comemorar como achar mais adequado, mas é bem verdade que esses momentos são celebrados de diferentes maneiras. Algumas famílias preferem viver o sentido mais profundo da festa, se unindo em orações e costumes voltados à religião, enquanto outras valorizam mais o marketing que existe em torno dela realizando festas recheadas de alegria, comidas típicas e presentes.

O importante para a criança, é que ela entenda o que estamos festejando, pois isso ajuda a criança a construir a sua identidade, a conhecer a sua cultura e a compreender melhor o mundo que a cerca.

Para facilitar este entendimento, convidem as crianças a pesquisarem sobre as origens dessas festas junto com vocês, conte a história dessas tradições. Seja em família ou na escola, esse pode ser um momento de despertar a criatividade e o interesse da criança para assuntos diferenciados. São momentos que podem vir juntos com muitas brincadeiras, histórias, criatividade, imaginação, ou seja, despertar desenvolver, usar e abusar de muita ludicidade e por fim desenvolver ainda mais o pimpolho.  

Como exemplo, você pode fazer como a cultura inicial da Páscoa em que se confeccionavam os ovos, pintando os ovos de galinha ou patos e os escondendo para que a criança achasse. Também é possível fazer um teatrinho com a história do nascimento de Jesus ou organizar um baile de máscaras lembrando os carnavais antigos. As possibilidades são muitas, as atividades podem ser das mais variadas, o que vale é a criança tomar conhecimento de sua cultura e de suas tradições.

Mãos à massa?

Bianca Santiago é pedagoga, mãe do Luan e escreve como parceira do Blog.

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Crianças (a partir de 2 anos)

Não dê presentes ao seu filho

Olá, mamães e papais. Hoje vamos falar um pouco sobre consumismo!

Quando você dá presente pro seu filho(a)? O que você dá de presente a ele(a)? Será que dar presente é mesmo tão necessário?

Fim de ano chegando e junto com ele vem duas datas em que gastamos uma boa quantia em presentes para nossos filhos. Temos como tradição presenteá-los no dia das crianças e no Natal, ambas as datas tem grande apelo comercial.

Nesta época somos todos bombardeados por anúncios de diversos produtos para que compremos cada vez mais e mais! Mas já pensou quantos males isso pode fazer a você e ao seu filho? Vamos lá que vou apresentar algumas questões que vão ajudá-los a refletir.

Há algum um tempo atrás, as crianças não davam tanto valor aos bens materiais, elas brincavam de uma maneira diferente. Inventavam seus próprios brinquedos. Uma lata virava um tiro ao alvo, uma meia velha era uma bola, a imaginação voava alto. Eram muitas as brincadeiras que estimulavam a criatividade, a ludicidade e o corpo físico. As crianças mantinham-se em movimento o tempo todo quando brincavam, por exemplo, de pique, de bola, de bicicleta, patins, entre outras coisas.

E hoje? Como as nossas crianças brincam?

Elas estão dando um valor exagerado aos objetos, ao TER/POSSUIR brinquedos caros, industrializados, eletrônicos que as deixam paradas imersas num mundo tecnológico e virtual. São vídeo games, celulares, tablet, jogos on-line, redes sociais, vídeos na internet, desenhos animados em demasia, tudo despertando a criança para um mundo pouco criativo, e, cada vez mais, inerte (atualmente até o skate ganhou uma versão eletrônica que a criança não faz esforço para andar!).

Por tanto, o primeiro aspecto que destaco sobre o consumismo excessivo de brinquedos e eletrônicos é: como eles estão limitando a criança, tornando-as sedentárias e com pouca capacidade criativa, já que muitos dos brinquedos não induzem mais a ludicidade e a criatividade da criança?

A segunda questão igualmente importante é:  quanto esses brinquedos e eletrônicos custam ao nosso bolso? A maioria custa caro, muitos pais acabam contraindo dívidas ou fazendo compras parceladas para conseguir dar um presente de alto custo para o seu filho. Será que vale a pena você se endividar por conta de um brinquedo que provavelmente seu filho usará pouco? Lembre-se que crianças crescem rápido e perdem ou mudam o interesse pelas coisas rapidamente também.

A terceira e (em minha opinião) a mais importante: a aquisição de objetos não nos traz felicidade, não são eternos, não constroem memórias. Os momentos que vivenciamos são para sempre! Aquela viagem, aquela tarde na praia, aquele passeio de bicicleta, aquela ida ao cinema, ao parque de diversão, aquela brincadeira gostosa na cama dos pais num domingo de manhã. Tudo isso (esses momentos em família) é infinitamente mais importante na construção de valores para uma criança do que apenas um presente caro. A ausência dos pais NÃO será suprida com a aquisição de um objeto milionário! A convivência, a conversa, a participação, a amizade, o carinho, o respeito. Tudo contribui para uma relação sadia entre pais e filhos, para a criação de laços afetivos, para a construção de uma família unida e comprometida com a criação de um futuro adulto, saudável, responsável e com valores sustentáveis.

Quero deixar claro que meu objetivo hoje jamais foi proibir os pais de dar presentes aos seus filhos, mas que eles deem seus presentes de maneira mais conscientes, principalmente nessas datas festivas de apelo unicamente comercial e, lembrá-los que os momentos com seus filhos são muito mais importantes do que qualquer presente. Deixo a dica de que se quiser dar um presente de alto valor ao seu filho, faça com que a criança entenda que este objeto custa muito caro, de que não é fácil comprar, que é preciso cuidar, ter responsabilidade, e que acima de tudo ele precisa merecer tal presente, seja com boas notas na escola, tarefas em casa ou coisas semelhantes.

Precisamos criar em nossas crianças o entendimento de consumo responsável. E aí? Já trocou o “overboard” do seu filho por um bom passeio num fim de semana?

Até a próxima!
Bianca Santiago
Pedagoga