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Não deixe o pai te ajudar!

Nas duas últimas décadas, temos reparado um movimento cada vez maior de mulheres que, ao contrário de sua antiga geração (mães, tias e avós) entendem que ao participarem igualmente no mercado de trabalho em comparação aos homens, estão ficando cada vez mais sobrecarregadas. Isso porque somada as suas carreiras, existem as demandas dos cuidados do lar, alimentação e, especialmente depois da chegada de um bebê, cuidados maiores e mais desgastantes com a criança.

Se você que está lendo também se encaixa neste cenário moderno, me diz: Seu marido/companheiro ajuda você com os afazeres de casa e com o bebê?

Se respondeu sim, eu tenho quase certeza de que você está sobrecarregada!

A maioria das mulheres reclama dizendo que ouvem muito a frase de que seu marido é um paizão porque ele troca as fraldas e ATÉ dá banho no bebê!”.

Mas o tempo passa e elas se dão conta de que nunca foram mãezonas porque cuidam bem dos seus filhos 24h por dia, amamentando, introduzindo comidas, lendo e pesquisando sobre a infância, reparando nas roupinhas que cabem ou não nos filhos e pensando em qual destino dará a elas quando ficarem pequenas. Ou mesmo porque estavam entendendo sobre a rotina do sono, a escolha da melhor escolinha, definindo qual vai ser o cardápio do dia seguinte e até se o presente pro aniversário do fulaninho já estava comprado.

Essas mulheres nunca ganharam medalha porque a casa estava organizada (na medida do possível), porque acordavam a cada 2/3h na madrugada, porque passavam pelo baby blues ou porque tinha o contato salvo da pediatra no telefone para os momentos de urgência.

Elas estão se dando conta de que muitas vezes seus companheiros, aqueles “paizões” as ajudam. Ajudar é assumir que a responsabilidade é sua, mas alguém se dispõe a dar uma mãozinha pra você, “quebrar o seu galho”.  Ajudar é aceitar uma migalha de tempo do outro.

Essas mães não querem pais que as ajudem. Afinal, quem ajuda é a vizinha, a amiga ou sua mãe, que de vez em quando te dá uma forcinha para você conseguir fazer algo.

Preferem um pai que divida as responsabilidades dos filhos com elas. Que saibam fazer a mochila pra escola, levar ao pediatra e cuidar (mesmo que não seja da maneira que idealizaram) da melhor forma possível de seus filhos.

Companheiros/pais que tenham autonomia pra ver que as unhas estão grandes e precisam ser cortadas, marcar o dia de cortar o cabelo, saber os aniversários que virão e preparem a lancheira de acordo com o que a rotina familiar estabeleceu antes. Ainda coloco um plus: que saibam identificar aonde está qualquer objeto na sua própria casa sem que nós, mulheres, tenhamos que ser seus personal gps.

Afinal, se elas conseguem dar conta de trabalhar, organizar o lar e cuidar dos pequenos, porque eles não seriam capazes também?

Quando existe a divisão de tarefas ninguém fica sobrecarregado e cansado demais. Por isso, pai não deve ajudar, e sim dividir as atividades.  Muitos relacionamentos melhoram quando a família combina as funções e tarefas de cada um, porque para de sobrecarregar apenas a mulher.

Sim, eu sei que vivemos numa cultura ainda de muito machismo estrutural e que os homens de hoje foram criados em um modelo cultural de uma mulher subserviente. Maaas, se nós tivemos que nos adaptar as mudanças, por que não eles também se ajustarem? E mais, por que não criar os filhos e filhas com esse novo olhar?

Agora me conta, e na sua casa? Como funciona a divisão de tarefas? É 50% – 50%?

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7 comportamentos nocivos que os pais fazem sem pensar

           Quando nascem, os filhos não vêm (infelizmente) com um manual de instruções embaixo do braço nos ensinando a como sermos os melhores pais para eles. E de fato, muitas vezes acabamos tendo comportamentos nocivos que acabam repercutindo negativamente em seu desenvolvimento.
            Nós, pais, sempre tentamos educar da melhor maneira que sabemos ou podemos fazer. Mas temos sempre que ficar atentos a algumas atitudes que reproduzimos todo o tempo, só que não nos damos conta de que não são positivas. 
            Ainda que não acreditemos, apenas boas intenções não são suficientes. É importante que sejamos autocríticos e saibamos identificar todos esses comportamentos tóxicos que podem afetar os nossos filhos. Em especial a sua auto-estima e acabar gerando problemas no futuro.
            Nem sempre a culpa dos pais é consciente ao gerar esses problemas. Nós acabamos reproduzindo tudo o que já vivenciamos em nossas experiências anteriores, como nossos pais fizeram conosco.
            A seguir, listamos 7 comportamentos nocivos que você pode estar cometendo. E atenção: se você estiver tendo algumas das atitudes, não as negue. Tente se melhorar, afinal será muito importante para a criação do seu filho. 
 
1. Ser super crítico:
 
            Muitas vezes não somos capazes de identificar como somos críticos com  os nossos filhos. É importante mostrar seus erros, porque isto auxilia na mudança e para que a criança se dê conta de onde está errando. Entretanto, atenção para as críticas excessivas que não fazem bem nenhum. Ser crítico demais pode provocar inseguranças em seus filhos e fará com que eles mesmos desconfiem de suas próprias capacidades e habilidades. 
 
2. Castigar as emoções negativas:
            
            Costumamos diferenciar as emoções entre negativas e positivas. Só que algumas emoções negativas são, na verdade, positivas. Por exemplo, o medo. Ele pode salvar a nossa vida em diferentes ocasiões, ao não tomar atitudes perigosas, por exemplo. É por isso que devemos permitir que nossos filhos expressem suas emoções, que chorem, demonstrem tristeza e qu, se sentirem medo, digam. Reprimir nunca será bom, porque cedo ou tarde, toda essa repressão terá de sair de alguma maneira. 
 
3. Decidir por eles: 
            
            As crianças são crianças, mas isso não significam que não tenham nem voz, nem voto. É claro que algumas decisões devem ter a intervenção dos pais, mas outras não são tão necessárias. 
            Permita, de vez em quando, que seus filhos aprendam a tomar decisões. Assim, vocês incentivarão a sensação de segurança e não incitarão o oposto. 
 
4. Incentivar o medo:
            As crianças devem viver em um ambiente seguro e confiante, nunca em um espaço onde sintam que o medo os espreita a todo tempo. É preciso que eles possam cometer erros, explorar e começar a experimentar a vida. 
            Se eles sentirem medo todo o tempo, se tornarão pessoas inseguras e que não confiam nem em si mesmas. É importante que não estimulemos esse sentimento, porque viver com medo não é bom para ninguém. 
            
5. Eles não tem culpa:
            
            Às vezes, os pais descarregam suas frustrações nos filhos, fazendo com que eles se sintam culpados de que coisas que não são responsáveis. Isto pode gerar problema no futuro, pois podem interiorizar uma culpa que não é deles. Isto é bem comum, por exemplo, em caso de separações em que um dos pais sempre diz ao filho que ele foi o responsável pelo fim do relacionamento do casal. Pura maldade!
 
6. O amor não tem condições: 
 
            Outro erro comum que os pais comentem é gerar “condições” para o amor que sentem pelos filhos. Dizer algo como: “eu não vou te amar mais se você continuar com tal atitude” ou “você falhou, não amo mais você”, só servirá pra reforçar que o amor depende apenas de conquistas e comportamentos positivos que seus filhos tenham. 
            Isso só gerará que eles não se sintam merecedores de amor e carregarão esse peso para sempre em suas costas. 
 
7. Não dar limites: 
            
            Isso pode acontecer quando temos mais de um filho ou simplesmente não temos a intenção de colocar limites. Isto é um erro. As crianças precisam de limites  que lhes permita estar a salvo desse mundo que estão descubrindo ainda.  
            Dar limites é positivo (e cansativo!), pois sem eles podemos gerar adultos que acreditam poderem fazer de tudo e desenvolverem comportamentos negativos no futuro, tornando-se pessoas indesejáveis. 
 
            Caso vocês tenham se identificado em algum dos exemplos listados, é importante que tomem consciência de suas ações e tentem modificá-las e evitar repetí-las. Afinal, estamos formando pessoas que terão que se relacionar e viver neste mundo e estimular esses comportamentos nocivos, apenas dificultarão a sua criação e seu futuro. 
Nana.
 
Publicado originalmente em www.mejorconsalud.com. Tradução e adaptação livres: Mãe Só Tem Uma. 
Os direitos Autorais no Brasil são regulamentados pela Lei 9.610. A violação destes direitos está prevista no artigo 184 do Código Penal. Este artigo pode ser publicado em outros sites, sem prévia autorização, desde que citando o autor e a fonte. 
 
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Não, o filho não é só da mãe!

“O filho é da mãe”. Já escutei muito essa frase durante toda a minha vida. Ela sempre me incomodou, mas só recentemente (quando fui mãe) que parei para tentar entender o que ela diz explicitamente e implicitamente, para nós mulheres. 
Em uma sociedade patriarcal como a que vivemos, o papel do homem se resume basicamente em ser o provedor da casa. Muitas vezes não se preocupando nem mesmo com a educação dos filhos. Por esse motivo, a mulher se imbuía em cuidar da casa e dos filhos. 
De 60 anos para cá, elas começaram a sair do reduto da casa, começaram a trabalhar, seja por desejo, por ideologia (de que a mulher pode muito mais do que cuidar de casa e filhos), seja por abertura social ou até mesmo por crises financeiras em que ela se sentiu responsável pelo provimento da casa também. 
A verdade é que a sociedade mudou bastante, principalmente em relação ao papel da mulher na sociedade. Mas as tarefas que até então eram tidas somente como delas, não foram divididas igualmente. A mulher foi para a rua trabalhar e dividir o sustento do lar com o companheiro mas suas funções como dona de casa e mãe se mantiveram exclusivos dela, acumulando mais funções.
O fato de um dos dois sustentarem a casa ou mesmo os dois saírem para trabalhar fora, não significa que fiquem sem obrigações com o lar, principalmente com a criação e educação dos filhos. Quando um casal decide ter um filho (ou mesmo que ele venha “sem querer”) a responsabilidade pelo ato é dos dois.
Colocar na mulher a responsabilidade única e exclusivamente do filho porque ela gerou, vai amamentar ou tem o instinto materno não combina em nada com as mudanças que estão acontecendo na sociedade atual! Primeiro, porque como citei anteriormente, grande parte das mulheres vão para a rua e trabalham como os companheiros, segundo porque mesmo que elas não trabalhassem fora de casa, a responsabilidade pela criação e educação dos filhos são dos pais, tanto a mãe quanto o pai. E se estamos discutindo e revendo tantas questões sociais, por que não mais essa?
Ouvimos desde pequenas que a obrigação com os filhos são nossas, que nós somos capazes que criar bem um bebê e o homem não. Somos “doutrinadas” a brincar de bonecas mesmo que prefiramos carrinhos, porque “a mulher já possui um instinto maternal” e etc. Fico imaginando o que se passa na cabeça de algumas mulheres que simplesmente não têm esse desejo. Como ela é cobrada socialmente e até mal dita. Algumas frases como: “se você não tiver filhos não conhecerá o verdadeiro amor”, “uma mulher sem filhos é uma mulher incompleta, uma mulher seca”, “espere mais um pouco porque essa vontade vai aparecer em algum momento”, “você não terá ninguém na sua velhice”, “a mulher nasceu para ter filhos” e muitas outras que nos moldam e nos podam diariamente.
O tema da matéria de hoje passa por diversas questões (patriarcado, machismo, discussão de gênero e, enfim, o papel da mulher na sociedade), por isso venho abordando um pouco de cada coisa para finalmente chegarmos ao cerne da discussão. Não se admite mais hoje falarmos o jargão “o filho é da mãe” sem o mínimo de raciocínio e pensamento crítico sobre ele. Legalmente os pais deveriam se ocupar do sustento e educação dos filhos, não só a mãe, mas como citei acima, por uma série de questões sociais esse papel é colocado somente para a mulher. E quando isso é questionado, muitos olham com “cara torta”, como se ela fosse menos mãe por querer dividir com o pai essa tarefa bem árdua que é criar filhos. 
Tanto em uma família de pais casados ou separados, o papel é dos dois. Já se sabe da importância da figura masculina na criação dos filhos tanto para meninos quanto para as meninas. Isso é indiscutível. Então cabe a nós, principalmente mulheres, questionarmos esse antigo pensamento e principalmente educar nossos filhos a começar a pensar diferente, pois se quisermos uma sociedade mais justa, nosso primeiro passo é educar em casa para que futuramente a sociedade comece a mudar através dos atos deles. 
O pai pode e deve dar banho, almoço ou jantar, colocar para dormir, estudar, brincar, levar para passear, passar valores, conversar, educar e quem sabe em algumas gerações paramos de ouvir essa frase que me faz arrepiar “o filho é mal educado por culpa da mãe”. Não, o papel é dos dois, é dos pais, e não vamos mais aceitar que toda a conta seja colocadas em nossas costas porque muitas das vezes nos sentimos péssimas por não dar conta de tudo!
 
Lilica. 
 
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8 coisas que eu disse que não faria quando fosse mãe

É, papais! Uma vez eu li uma frase que me fez pensar: “eu era uma ótima mãe até ter filhos”. E a verdade é esta aí. Quando não somos mães, temos teorias perfeitas que são facilmente aplicadas a criação de qualquer criança. Mas é só a gente colocá-los no mundo para vermos que muita coisa cai por terra.

Então resolvi relacionar 8 frases comuns que sempre escutei (algumas eu mesma dizia) de mulheres que não tinham sido mães, pra gente rir um bocadinho.

  1. “Não vou deixar meu filho ver televisão por muito tempo”

É verdade, segundo os pediatras, a exposição prolongada da tv, tablets, celulares não faz bem para a vista de crianças, em especial quando são bebês, mas vai me dizer que no momento que você precisa de paz de espírito, fazer uma comida ou simplesmente ir ao banheiro, a Galinha Pintadinha, Peppa Pig, Palavra Cantanda e afins não se tornaram grandes parceiros seus?

  1. “Todas as decisões serão previamente combinadas entre os pais”

Então, antes do bebê nascer os pais fazem quase um tratado sobre como agirão com o filho, mas na prática, a criança começa a gritar por algum motivo e é bem possível que cada um mude de opinião e fiquem tentando provar ao outro que a sua é a mais correta.

  1. “Não vou ceder ao choro do bebê”

Essa é classicona! A gente sabe que o bebê depois de uma idade já acha que sabe o que quer e através do choro “sofrido” e prolongado começa a forçar a barra para que realizemos o seu desejo. É claaaaro que eu não vou cair nas artimanhas dele, né? Então, espera você estar beeeem cansada, com fome, com sono, irritada pra ver se você não é capaz de fazer de tudo pra não ouvir nenhum chorinho…

  1. “Filho meu não fará escândalo na rua”

Verdade! Afinal, escândalo e cena só quem faz são os filhos dos outros… pobre ilusão. Espera até chegar a fase dos terrible two e a gente volta a conversar…

  1. “Não vou deixar ele dormir na minha cama”

Na teoria você está certa, ainda mais depois que a criança já está maior, afinal, ela deve aprender aonde é o lugar dela (o quartinho) e que este espaço é o dos pais. Mas algum dia, você inevitavelmente vai deixá-lo ficar na sua cama, seja para poupar o seu trabalho de levantar inúmeras vezes na madrugada para buscá-lo para amamentar, para consolar num choro da madrugada ou até mesmo porque dormir ao lado deles é I-R-R-E-S-I-ST-I-V-E-L-M-E-N-TE delicioso (e aquele cheirinho de leite??? Ahhhh!!!)

  1. “Não vou mudar a minha rotina por causa de filho”

O ideal é que a criança se adapte a rotina familiar e se reconheça como mais um membro dela, mas não se iluda, os primeiros dois anos serão muito intensos e você precisará se adaptar as necessidades do seu filho.

  1. “Não vou deixar de sair com os amigos”

No melhor dos mundos, os pais não deveriam se afastar dos amigos, nem deixar de frequentar os lugares de antes, maaaaaasss…. você verá que sair com amigos que não tem filhos começa a ser exercício de paciência enorme que consiste em: sair correndo atrás do filho, comer a comida fria, sair mais cedo dos lugares porque seu filho está dormindo, ter conversas pela metade. E vamos combinar que tem lugares que não combinam com crianças pequenas, né?

  1. “Meu filho não vai comer besteiras”

Não importa o maior dos seus esforços em fazer a melhor e mais completa das refeições para ele, porque um dia ele vai provar alguma besteirinha. Seja em um aniversário, seja com uma avó que oferece escondido da mãe aquele brigadeiro ou até mesmo um coleguinha que a mãe já deixa que ele coma mil bobagens oferecerá a ele.

 

E vocês? O que diziam que não fariam antes de serem pais?

Beijos carinhosos,

Nana.