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Expectativas Maternas

Existe fórmula para educar meu(minha) filho(a)?

Muitas amigas, conhecidas e até mesmo mães que nos escrevem através do blog, têm uma pergunta recorrente: como você educa seu filho? Quais teorias usa? Existe algum método específico? Por isso, resolvi escrever esse texto para esclarecer meu ponto de vista em relação a educação do Antonio e dividir com vocês minha forma de pensar e até enxergar a vida.

Desde antes de engravidar eu já pesquisava sobre parto, alimentação e educação, sempre tive uma simpatia muito grande com o método montessoriano, sempre quis dar uma boa alimentação ao meu filho, sem muito industrializados, gorduras trans, açúcar; sempre pensei em fazer diferente da forma que fui educada na década de 80, sem muita informação e reflexão sobre a infância e as necessidades da criança.

Pois bem, desde antes de gestar o Antonio eu sou uma ávida pesquisadora sobre métodos, técnicas e formas de educar crianças, já testei muita coisa com meu filho mas tenho chegado cada vez mais a conclusão de que nenhuma teoria é totalmente aplicável a nossos filhos, a nossa rotina, a peculiaridade de cada família.

Então, pesquiso, leio, estou sempre interessada em novos pensamentos sobre criação, alimentação, desfralde, escolarização mas tento encaixar o possível dentro da minha rotina, dentro da estrutura da minha família e da minha realidade (mãe solo). Não me frustro ou me cobro caso não consiga exatamente como desejava, afinal, não somos perfeitas, temos nossas limitações e nossos filhos nos indicam como são.

Troco sempre com a Nana (minha parceira do blog), com a minha irmã que também tem filha da idade do Antonio, amigas mães, a Tati (psicóloga do blog) para ouvir outros pensamentos, visões e posturas, mas nunca comparando filhos, me comparando como mãe, pois isso é a maior furada.

Adoro dar exemplos meu, para que fique bem claro o que estou escrevendo para vocês. Quando meu filho começou a introdução alimentar, eu li sobre o método BLW, achei interessante mas não consegui aplica-lo por completo. Eu ficava sozinha com ele, não tinha ajuda de ninguém, como administrar casa, cuidar de filho e de toda a sujeirada que esse método acaba gerando?

Então eu dava os pedaços das frutas mais durinhas, que ele conseguia segurar. E as refeições principais que eram sempre tensas e mais demoradas eu segui somente amassando os legumes em pedaços grandes. Foi o que eu consegui na época. Me culpo? De forma alguma, fiz o melhor que estava ao meu alcance naquele momento. Se algum dia eu tivesse o segundo filho com uma estrutura de vida diferente, talvez repensasse a forma de fazer com o mais novo, mas com o primeiro não rolou e tudo bem.

Eu tenho lido bastante sobre a educação positiva, tenho seguido perfis de mães e estudiosas sobre esse método e tenho me interessado. Algumas coisas já consegui aplicar aqui em casa e já me sinto uma vitoriosa mas ainda não consigo aplicar muitos pontos do método.

A gente busca informação, absorve o que tem certa concordância e aplica o que cabe dentro da nossa realidade. Esse é o mantra e tem dado certo. Nada melhor do que você, mãe, que conhece seu filho e enxerga suas limitações e segue suas intuições para saber até onde consegue chegar. O importante é você estar fazendo o melhor para o seu filho, tentando acertar sempre, mesmo caindo de vez em quando.

Bora botar a mão na massa?

Com carinho,

Lilica.