Contar ou não sobre o Papai Noel?

FELIZ NATAL HO HO HO, chegou o Antonio falando da creche!

Eu percebi que desde novembro ele vem trazendo coisas para casa sobre o natal: árvore de natal, Papai Noel, lista de presentes, boneco de neve…

Logo para mim, a mãe socióloga, chata, crítica, politizada… Os filhos vêem para nos dar uma sacudida e nos dizer que o que acreditamos e desejamos para a criação deles nem sempre vai ser do jeito que planejamos.

Bem, com 2 anos e 7 meses aconteceu o que eu sempre temi, falar sobre o Papai Noel. Tanto eu quanto o pai do Antonio somos espíritas-cristãos, então o Natal tem toda uma simbologia sobre o nascimento de Jesus e seus ensinamentos, momento de reflexão, de renascimento, de transformar o homem velho no homem novo.

Como lidar com a concorrência do Papai Noel que grita em vermelho em todos os cantos que vou com ele? Os desenhos, as pessoas, as lojas, tudo tem o bom velhinho, os presentes e polo norte. AHHHHH!!!!!

Bom, estou tentando lidar de forma mais natural possível, sempre que ele comenta explico sobre o Papai Noel mas destaco a nossa crença “o nascimento de Jesus e a simbologia dos presentes”. Já que Papai Noel está nos desenhos, nos bonecos, nas músicas, confraternizações de final de ano e etc, não tive coragem de dizer que ele não existe e acabar com a doce inocência dele mas aos poucos vou introduzindo os elementos mais importantes para ele, os ensinamentos cristãos, a importância do natal como uma data simbólica de quem veio para nos dar o maior exemplo na Terra.

O Natal é uma festa cristã, comemorada em sua maior parte no lado ocidental do mundo. Uma festa simbólica, pois alguns estudiosos questionam a data e história que nos é contada ano após ano. Mas como tudo que pertence ao sistema capitalista é transformado em mercadoria, o apelo para consumo é grande, é desleal se podemos dizer assim… Tento de alguma forma “blindar” o Antonio disso, não frequentando tanto shoppings, não vendo TV aberta (santa Netflix!) e não valorizando quando ele chega com as novidades do “bom velhinho”. Estamos sobrevivendo ao primeiro natal em que ele realmente está entendendo e reproduzindo os conceitos vivenciados fora de casa.

 

Com carinho,

Lilica.