Como ficam os relacionamentos após a chegada dos filhos?

Mamães e papais,

hoje o assunto é sério, vamos falar sobre como ficam os relacionamentos após a chegada de um filho. Resolvi escrever sobre esse tema pois senti na pele que não é nada fácil, também conversei com diversas amigas, irmã, conhecidas e a grande maioria teve a mesma dificuldade no casamento, namoro, relacionamento depois que o bebê nasceu. Aqui eu não irei me restringir somente a vida sexual do casal, mas todo o conjunto que faz parte de um bom relacionamento.

Como já citei acima, grande parte dos casais passa por dificuldades de relacionamento após a chegada do bebê. Você leitor(a) que está se identificando com essa introdução, você não está sozinho(a)! Já parou para se questionar o por que dos conflitos começarem ou aumentarem depois dos filhos? Eu (Lilica) juntamente com a Nana conversamos longamente sobre o assunto e tivemos algumas reflexões acerca do assunto:

  • Exaustão: um bebê recém nascido requer muitos cuidados, muitas vezes ele troca a noite pelo dia, tem muitas cólicas, ficamos entre diversas tarefas domésticas, mal sobrando tempo para nós mesmos. Tudo isso nos deixa muito, muito cansados, mesmo quando falam para dormir quando o bebê dorme, nem todo mundo pode ter esse luxo, ficando muito cansado com a rotina.
  • Falta de tempo: Com tantas atividades que temos que realizar com a casa, bebê, alimentação, mercado, que vivemos basicamente para o bebê, principalmente nos primeiros meses de vida dele.
  • Divergência de opinião: Nem sempre os pais combinam em tudo quando está relacionado o bebê, se vai mamar exclusivamente os 6 meses, se vai usar leite artificial, se receberão visitas ou não, se a sogra irá ajudar ou não, por isso discussões são frequentes.
  • Sobrecarga de trabalho: como a mulher gesta, pari e amamenta o filho, ela fica em casa por pelo menos 4 meses (garantido pelos direitos trabalhistas) e o marido vai trabalhar logo nos primeiros dias de vida do bebê, gerando assim uma sobrecarga de trabalho para as mamães que já estão em um momento delicado, que é o pós parto.
  • Falta de paciência um com o outro: como ambos ficam cansados e sobrecarregados, um começa a ter menos paciência com o outro, surgindo brigas e discussões por qualquer bobeira.
  • Privação de sono: dormimos pouco nos primeiros meses, mesmo o bebê dormindo relativamente bem a noite, geralmente ele acorda para mamar de madrugada, deixando as mulheres exaustas. Quando tiram os cochilos diurnos, temos tantos afazeres que acabamos não dormindo junto com o bebê e ficando com muito sono.
  • Aumento de gastos: mesmo com uma gestação planejada um filho gera muitos gastos, tudo para bebê custa caro, e hoje temos muitos objetos que são uma mão na roda, então acabamos cedendo e comprando os produtos para os bebês. Isso pode abalar o orçamento do casal e gerar desacordos.
  • O casal fica de lado: como os pais cuidam do filho, da casa, trabalham e geralmente dão conta de tudo, acabam ficando de lado. Muitas vezes o berço fica no quarto dos pais nos primeiros meses ou então os mesmos fazem cama compartilhada, tirando a liberdade dos pais de terem sua vida a dois como antes.
  • Puerpério: a mulher fica muito sensível depois que nasce o bebê, eu chorei durante 1 mês, sem motivo aparente, estava tudo bem comigo e com o meu filho. Os hormônios que estavam altos, caem de repente, mudando o humor das recém mamães. Ainda junta todos os itens acima, aí que ferrou tudo mesmo!

Se você se enxergou em um ou mais itens que citei acima, calma! Sua situação tem saída. O casal precisa entender que essa fase é passageira e precisa de muita paciência um com o outro para não surtar. É o que todos dizem: “vai passar, tudo vai melhorar”.

Uma dica que funcionou aqui em casa: eu estava ficando muito sobrecarregada por cuidar do bebê, da casa, da alimentação e ainda tinha que cuidar de mim para não me sentir pior do que estava, então, conversamos sério, eu e meu marido e pedi a ele que nós dividíssemos as tarefas do bebê e da casa. Como fico mais com o bebê durante a semana (pois meu marido trabalha todos os dias e eu apenas dois dias na semana), combinamos que os finais de semana ele assumiria muito mais o bebê, porque eu já estaria exausta da semana inteira.

E assim tem dado certo, muita conversa, paciência, ajuda mútua e perdão (caso um ou outro exagere na discussão). Ahhh e não esqueçam de tentar arranjar um tempo para o casal, pois é essencial para manter a cumplicidade, a amizade, o companheirismo e o relacionamento como marido e mulher. Mãos à obra!

Lilica.

 

Se você quiser ler mais sobre como fica a vida sexual do casal após o parto, clique aqui!

 

E se o relacionamento não deu mais certo, a gente tem um texto aqui.