A danada da culpa materna

Qual mãe não sentiu culpa uma vez na vida?

Começando pela gestação quando descobriu a gravidez tardiamente e não tomou ácido fólico desde o início, quando não fez exercícios, quando tem desejo de beber uma cerveja e vai na ânsia e depois fica pensando que não deveria ter feito aquilo.

Pois bem, o bebê nasce e as culpas só aumentam: não conseguiu amamentar o tempo que desejava, não conseguiu tirar o filho do seu quarto e ele já tem mais de 2 anos, por motivo de cansaço ou necessidade deu papinha industrializada, ter que voltar a trabalhar e o bebê passa o dia todo na creche… existem muitas outras culpas que eu ficaria listando aqui para vocês.

Toda mãe já sentiu culpa, da mais boba a mais séria (como deixar o bebê cair da cama ou do berço, por exemplo), a culpa parece fazer parte da condição materna. Parece que uma vozinha nos diz: “Ah é, vai se tornar mãe? Então toma um pouquinho de culpa aí para você se sentir mal de vez em quando!” Não é assim que acontece? Já sabendo que é algo bem comum as mães sentirem, vamos analisar por que a danada da culpa está sempre conosco?

Primeiro de tudo, não somos perfeitas e erramos sim! Vamos assumir nossas imperfeições, esquecemos de dar o remédio, trocamos a comida pelo leite que é muito mais fácil, deixamos os filhos vendo tv para ter um pouco de sossego, emprestamos nosso celular para acabar com o chororô, ligamos na Galinha Pintadinha para conseguirmos almoçar (e mesmo assim bem rápido). Esses pequenos “erros” que cometemos constantemente nos faz sentir, muitas vezes, a pior mãe do mundo, mas você não é. Tenha certeza disso!

Segundo ponto, a sociedade nos cobra muito um modelo a ser seguido, mas muitas vezes não conseguimos ou não queremos mesmo esse padrão. Mas não é por esse motivo que deixamos de ser boas mães. Tenho um pensamento sobre isso: somos as melhores mães que nossos filhos poderiam ter! Sabe por quê? Porque são nossos filhos, nunca seriam de outras pessoas, então fazemos o nosso melhor sempre. Mesmo que não chegue perto do que a vizinha ou a amiga faz, cada uma tem um pensamento, uma educação e um limite.

Acredito que se encararmos essa culpa de forma mais racional e menos dramática, fica mais fácil entende-la e encará-la, de forma mais natural possível. Somos mulheres, mães, seres humanos passíveis de erros e vamos lidando com eles o tempo todo, a cada erro, uma reflexão e um aprendizado. Agora, vamos deixar um pouco o peso da culpa de lado? Já carregamos coisas demais em nossas costas.

 

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