7 Dicas valiosas para os primeiros dias do bebê em casa

Mamães, quando eu tinha um bebê de quase 4 meses, eu escrevi para vocês algumas dicas que, para mim foram muito valiosas e realmente me ajudaram a passar por esse momento tão delicado e difícil de nossas vidas que é a chegada à casa com o seu bebê, sem a ajuda das enfermeiras e médicos do hospital.

1- Você vai precisar de ajuda!

Você não é super heroína e mesmo que tenha ajuda do seu marido/namorado/companheiro vocês não irão dar conta sozinhos de tudo, então aceite ajuda. Pode ser de uma vizinha, de uma amiga, da mãe, sogra, ou contratar alguém mesmo. Não estou falando sobre arrumar a casa, mas itens básicos de sobrevivência como comer, dormir, ir ao banheiro e tomar banho. Me lembro que os primeiros 15 dias foram os piores!

2- É bom ouvir conselhos mas filtre-os.

Conselho se fosse bom ninguém dava vendia, né? Pois é… O que funcionou para um, pode não funcionar para outros, então escute os conselhos com parcimônia, filtre o que achar desnecessário ou te agrida. Você não precisa passar por nada que não queira, sem contar que ficamos muito sensíveis, então um conselho mal dado, as vezes atrapalha mais do que ajuda.

3- Tenha alguém de confiança para conversar e desabafar.

Nos quinze primeiros dias de vida do meu filho, eu chorei todos os dias, as vezes mais de uma vez por dia. Simplesmente não tinha motivo, ele era saudável, mamava bem, não tive problema de pega, nem com o bico do peito, tudo estava nos conformes, mas eu me sentia muito frágil, insegura, sensível mesmo. Então tenha alguém com que você possa conversar, possa ter um ombro amigo, muitas vezes o que mais precisamos é ser ouvida.

4- Escolha um bom pediatra e confie nele.

Eu engravidei junto com a minha irmã, tínhamos 15 dias de diferença e o que mais me chamou atenção foi as diferenças de pensamentos e atitudes de nossos médicos obstetras. A minha passava ultrassonografia todos os meses, o dela não, a minha pediu para tomar vacina no final da gestação, o dela não, e assim percebemos diferenças durante todo o pré-natal. A mesma coisa está acontecendo com o pediatra: o meu indica clínica particular para vacinar com determinadas vacinas, o dela não, o meu passou vitamina, o dela não. Então, se você ficar comparando o que o pediatra da sua filha/o faz em relação ao dos colegas e parentes você irá surtar. Escolha um pediatra bom, de referencia e confie bastante nele, isso irá te confortar e fará você se sentir segura em diversos momentos em que divergir dos outros.

5- Descanse sempre que possível.

Você já deve ter ouvido muito isso, principalmente se está grávida. Eu ouvi de diversas pessoas: “durma quando ele dormir”. Como meu filho nasceu trocando a noite pelo dia e nos primeiros dias eu me senti exausta com a nova rotina, eu literalmente fiz isso. Quando ele dormia, eu e meu marido (que tirou férias para me ajudar) dormíamos. Eu simplesmente deixava a casa do jeito que estava, muitas vezes trocava a comida pelo sono. Como tive ajuda da minha sogra, da minha mãe e também de uma faxineira que vinha duas vezes na semana, elas se revezavam para estar conosco, traziam comida, lavavam a louça, traziam frutas, biscoitos. Não adianta sua casa está em ordem se na hora de amamentar ou ficar acordada a noite você não ter energia e paciência com esse serzinho que chegou ao mundo. Mesmo que você não tenha ajuda nenhuma, deixe tudo para lá e vá descansar, nem que seja uma parte do dia, pois recém-nascidos costumam dormir muito.

6- Saiba falar NÃO as visitas

Cada um reage de um jeito em relação a receber ou não visitas em casa. Eu e meu marido particularmente não quisemos. Estávamos no nosso primeiro filho e dentro de um mês iríamos nos mudar (imaginem o estado da casa!). Além disso, Antonio nasceu trocando o dia pela noite e teve muita cólica e gases a partir dos 15 dias de vida. Então optamos por não recebermos visitas em casa no primeiro momento, mas mesmo não convidando, muitas pessoas se ofereciam para visita-lo, as vezes já dizendo dia e hora. Ainda bem conseguimos dizer não, óbvio explicando os motivos e dizendo que assim que estivéssemos menos enrolados convidaríamos as pessoas. Quando nosso bebê completou 2 meses e meio nos sentimos mais confiantes, já na casa nova, mais ou menos organizada, começamos a receber as visitas e foi a melhor coisa que fizemos, pois tivemos privacidade e não tivemos que nos preocupar que roupa estávamos vestindo ou se a casa estava arrumada. As pessoas que foram antes desse período vieram para ajudar lavando louça, cozinhando, colocando roupa na corda, e não para fazer visita.

7 – Paciência na amamentação

Essa dica vai principalmente para as mães de primeira viagem. Calma! A amamentação não é fácil, é algo que requer paciência, perseverança e ajuda. Se você estiver insegura, mesmo com todas as dicas e ajuda que recebeu no hospital, não se acanhe em contratar uma pessoa (geralmente enfermeira) especializada em amamentação, ela vai te ajudar, te ensinar, te acalmar e você verá uma luz no fim do túnel. Se o bico do seio rachar, o leite demorar a descer, a pega estiver incorreta, tudo isso tem solução. Você só não pode se desesperar porque passará insegurança para o bebê e irá acabar cedendo ao leite industrializado e este não é o mais completo para o seu bebê, principalmente nos primeiros meses de vida.

Espero ter ajudado você,

Lilica.